sábado, 27 de fevereiro de 2010

E vi uns olhões gigantes, profundos, carregados de um vazio que nenhum universo conhece... e o meu coração sintonizou contigo, bebeu a tua dor, rezou por ti... e agora neste momento procuro debaixo da mesa, atrás de um quadro, ao lado da minha alma... e percebo que metade de mim ficou contigo nesse quarto.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Se Portugal está numa de se assumir, então aqui vou eu

Para os dias de hoje eu sou estereotipada na prateleira dos incultos... aliás, sou praticamente analfabeta! Porque não devoro jornais, nem fóruns económicos, nem teatros ou exposições...
Porque se me arrepiam os pelitos dos braços só de pensar em enfiar-me numa galeria qualquer, a regalar a vista com arte modernóesquizofrenica, atrás de uma guia carregada de frustrações sexuais com 3 japonocas, 4 friques, e 3 senhores de meia idade... quando lá fora transborda ar puro, esplanadas carregadas de cerveja, pessoas a viver... Epá não há nada a fazer... Não curto dessas cenas de cultura! Pronto, assumi-me. Saí do armário feita doidona.
Hoje em dia tenho tão pouco tempo para mim, que, a fazer uma das coisas que mais gosto na vida, que é precisamente ler, não me vou por a ler as baboseiras pessimistas que para aí se escrevem, com brutos romances na mesa de cabeceira, carentes da minha atenção! Nem tão pouco me vou enfiar no CCB para exposições de fotografias de mulheres altamente sinistras do nosso mui nobre berardo (morzinho, não me arrastas para outra destas, tji garanto!), quando posso sentar o rabiosque na areia num guicho qualquer, só a ver o mar... E mais! A partir de hoje vou ser odiada na blogosfera, mas estou numa de me assumir... estão preparados? Então aqui vai..........
ODEIO ir ao cinema! detesto, iac! enfiar-me numa sala escura cheiadopovão a mascar pipocas, e eu, absolutamente "àrasca" para fumar, desesperada por um intervalo que às vezes não vem! Quando posso botar do pijamão de flanela, esticar o pernil no sofá, abracadinha a um maço de tabaco e ao meu mais que tudo... com direito a paragens para ir a casa de banho, encher a chavena de chá ou atender o telemovel...
E pronto... Era isto. A mim basta-me passar os olhos nas manchetes online, e ouvir o telejornal enquanto engomo feita sopeira. Mais que isto, não obrigada! Que aqui o je nasceu para ver o céu, rir, conversar, e beber cervejas ao por de sol!
Tenho dito.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Alguém viu ontem a entrevista do senhor primeiro ministro com o tabacum Miguel Sousa Tavares? Hum? Is it just me, ou o panilas começa a meter medo?...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

veio uma onda de bombons gandi gandi, que encheu a minha alma de coisas boas... esperança acesa de novo! ufa, já não era sem tempo!!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ele há polvo...

7 da manhã, à porta do quiosque, tuga cusco pede esbaforido:
- Ufa, cheguei mesmo a tempo! Queria o jornal Sol por favor.
- Também eu - responde o monhesito do quiosque - parece que um polvo o levou...
Confesso caros leitores, que tenho a minha dose qb de faxa... confesso que me tira do sério a falta de sobriedade e seriedade do jornalismo português, recheado dessas mouras guedes que para aí andam, nos intervalos das injecções de botox, grunhindo barbaridades carregadas de insinuações mal fundamentadas e com falta de imparcialidade.
Confesso que fiquei doente com a impunidade com o jornalismo entrou e rebentou em casos como o da pequena Maddie, sem medo nem piedade, assaltando em fúria a casa da pequenina, a vida dos pais, os empregados do restaurante... Se havia possibilidade de apanhar o filhodaputa que a levou, aí numa fronteira qualquer, puft! ela desapareceu à conta dos gritos estridentes dos jornais e jornalistas sobre todos os passos da polícia.
Ainda assim...
Ainda assim o sonsinho do panilas socrates, com aquele ar a roçar o despassarado, de voz estudada e mãos aos tremeliques, assustadinho que nem cachorrinho na presença de qualquer jornalista... Nhac! Vem por trás e começa às rasteiras aos jornalistas e ao jornalismo, sem dó nem piedade, "refazendo" a nossa tão querida liberdade de expressão...
Cheio de tentáculos, o panilas aprova-nos o casamento gay, mete-nos todos as turras e discussões com paneleirices que não interessam a ninguém, e desata à unhada forte e feia nos princípios base da nossa democracia...
Nos entretantos, entre escandalos e polémicas, será que alguém está a tentar resolver a crise deste nosso portugal?Estará algum membro daquela triste e deprimente bancada da Assembleia da Républica a analisar o péssimo estado da nossa Nação? Não me cheira.. entre polvos e orçamentos de estado aprovados e reprovados, fica a faltar tempo para a política...
E o tuga... encolhe os ombros, vai à caça do Sol, não o encontra, e segue caminho para o emprego, como sempre fez, todas as 7 da manhãs...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Saudade

Então e quando a saudade assalta o coração, de forma feroz, imponente, sofucante, exigente? Quando nos suga toda e qualquer energia, não deixando que nada se imponha, impondo-se ela de forma absoluta e ditadora do nosso ser?
Este sentimento português, que no assalta o humor, vandaliza-nos a alma, currompe-nos a alegria... Centra o coração nas lembranças, distorce-as numa reviravolta absurda, temperando com uma tristeza nostálgica todas as memórias alegres.
Sábia Cesária, Ai saudade, saudade... saudade não ter saudade...
Vou mudar de nacionalidade, pode ser que não te sinta mais...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PERDIDÓDEPENDENTE

Ás vezes sinto-me absolutamente mentacapta! Juro. Julgo que sou mega racional, mega inteligente, mega etc... e depois caio nas teias de uma série, escrita por um bando de charrados, que brincam àquele jogo que brincavamos em pequenenos, em que se escreviam 4 linhas de uma história, dobrava-se o papel deixando à vista só a última linha, e passava-se ao próximo para continuar. E mesmo assim lá estou eu e o meu deus grego, debaixo da manta, a suster a respiração numa ansiedade doentia, olhão esbugalhado sem se quer nos permitirmos de pestanejar, não vá a malta perder qualquer pormenor indespensável para perceber a história (qual história men???)
E assim fiquei perdida. Assim me tornei uma mulher dependente, eu que me julgava mega tudo, mega anti essas cenas...
Ontem à noite, eu, que se ferro os olhos não há forma de me acordarem, saltei do meu 1º sono, de coração aos saltos, quando ouvi o anuncio de início... disto (cliquem aqui).
E que deus nosso senhor me proteja e guarde a sanidade mental até ao final desta final season!! ÁMEN!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Avózinha de mê coração

- Bom dia.
- Bom dia menina, então o que vai ser hoje?
- Hum... sabe tenho estado a ver a minha avó, e queria aquilo que ela tem pff.
- Vai ter de ser mais especifica menina, a sua avó tem tanta coisa...
- Sim, eu sei, a minha avó é a maior, mas o que eu queria é o tempero que faz dela uma receita tão maravilhosa!
- Como assim?... A boa disposição? A força? A persistência? O humor?
- Não, não, que quero aquilo que lhe dá isso tudo! Aquilo que a transforma no sorriso quando tudo está triste, no sol quando está chover... aquilo que a faz transformar cada ano que a tenta derrubar em mais um acumular de coisas boas... Eu queria mesmo era aquela sabedoria de vida, aquela entrega recheada de bom humor, aquela veracidade em tudo o que diz sem nunca magoar ninguém... Queria saber dar o colo maravilhoso que ela sempre dá apesar dos seus quase 90 anos...
- Hum... acho que estou a ver...
- É que a minha avó consegue sempre supreender sabe? Saboreia cada golinho de vida com prazer, relembra o passado com carinho mas nunca com aquele saudosismo de quem envelhece. E apesar de quase 90 anos, continua a saber viver a vida como ninguém! Homens bonitos regalam-lhe os olhos, um copinho de wisky com um pratinho de azeitonas a ver o telejornal aquece-lhe a alma. Lê Nitche, lê João Paulo II, lê romances... vive tudo com paixão, ama tudo até à exaustão. E no entanto permanece sempre na sua serenidade calma mas nunca amorfa...
- Ai menina, o que a menina quer não lhe posso dar.. Tem de a sentir, conquistar, alimentar...
- ?...
- A menina queria fé... e isso ninguém nos oferece, a gente conquista!
- Ah...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aberto João Jardim, o escáfias - Dá-me guito meu panilas
Sócrates, o filósofo rabeta - Não DOU
Bancada de analfabetos em São Bento - Ai dás dás!!
Sócrates, o filósofo rabeta - Snif... Maus... Já não sou mais vosso amigo, já não brinco mais convosco!

Arrefinfa-lhe, e assim se faz política no meu Portugal...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E depois há aqueles dias que a alma sai de cá de dentro e gruda toda peganhenta na focinheira, numa de "ai não me dás ouvidos? tão perái que já vais ver o que é bom pá tosse!!"
E a Tata assim de repente, assim sem aviso, sente-se mole... com dores de cabeça... o cabelito ralito parece que cola ao coro cabeludo. Tosse. Enjoo. E a Tata pensa "epa, queres ver que tou c'a neura?"
Tata vai a casa de banho. Tata lava as mãos. Tata morre de susto quando vê um ser amarélotransparente, de rosetas populares, olho mirradinho canino canino, borbulhinhas de origem neurótica que só se vêm de lupa mas sentem-se como senhoras grandes!
É definitivo.
Tata tá com a neura.
Dasse!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Querido São Pedro:

Meu fofucho barbudo...
Eu sei que estás velhaca, 2010 anos é obra, não é qualquer um!!! Também sei que essa cena de guardar o Portão Divino e distribuir chuvadas ou raios de sol, deve ter a sua dose de altamente secante, a roçar o fodidíssimo... Eh pah, oh cavaleco mas deixa lá de ser tuga e automotiva-te faxavor! Já não há saco para este tempo cinzento e gélido!
Com amor,
Tata

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Roda Viva, vida que roda

Fecho os olhos... primeiro ao de leve, depois cerro-os com força. Inspiro até ao limite dos meus pulmões, apuro os ouvidos, deixo as memórias nadarem sozinhas, sem controlo, sem porquê, sem se quê...
O dom da vida surpreende-me cada vez mais, à medida que vou amadurecendo, à medida que a própria vida me eleva, ou me derrota. É minha por um lado, por outro não me pertence. Ilude-me, crio constantes ilusões convencida que traço objectivos, cumpro planos, construo sonhos. E ela roda, sozinha, deixando-me sonhar umas vezes, deixando-me cair outras. A vida é minha mas não me pertence.
Nasço, creço, envelheço, morro. Acordo, arranjo-me, venho trabalhar, vou para casa, janto, durmo. E de vez em quando vem um trovão que me altera a rotina. De vez em quando vem um dia de sol que vira de pernas para o ar a roda viva. Eu acho que me conheço, mas surpreendo-me quase sempre com reacções inesperadas, sentimentos novos, emoções soberbas.
Amo-te vida. Mas às vezes és mazinha...