segunda-feira, 30 de abril de 2012

aiquesono que eu tenho benzádeus....
que o miudo começa a atinar-me nas noites, vai daí resolvem estoirar 45 molares premolares e cisos tudo ao mesmo tempo e o despertador volta a dar de si todas as noites, mais do que uma vez...
eu até tinha pensado escrever sobre o estado na nação, mas a unica coisa que me ocorre é o meu adonis a propor comprarmos toneladas de arroz just incase...

aijasus

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Meu querido avô

Estás presente na minha memória desde sempre. És parte fulcral, uma das mais vincadas raízes que suporta o tronco que hoje me sustenta. Eras o abraço grande, o sorriso aluado, o companheiro crescido das fantasias de criança. Eras tu que me elevavas no ar, tu que me davas a maior moeda do teu bolso sempre que me caía um dente, tinha um mealheiro novo ou simplesmente queria uma pastilha… Eras tu que me levavas sempre ao quisque do jornal e me oferecias o que que eu quisesse, fosse livro de pintura, smurf com gomas ou lápis cor de rosa… foste tu também que incentivaste a minha sede de escrever, oferecendo-me o meu primeiro diário depois de recusado por todos… como me lembro dele, azul com uma  boneca sorridente, cadeado para ninguém me ler a alma e cheirinho a segredo de menina… Foste tu que me levaste na mais excêntrica viagem de barco à vela pela baía de Cascais, munidos apenas de bananas e pão (ração de marinheiro sempre disseste), robe de chambre e sandálias anti-peixe aranha. Sempre me carregaste o ego, tão mais do que merecia, sempre me mimaste sem receio do excesso. Ah meu querido avô, és imenso nessa tua sabedoria, és estrondoso na forma de amar… e hoje fazes 92 anos! Conto contigo outros 92! Parabéns!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Queria escrever sobre o amor... Esse nobre sentimento inspirador de tantas obras de arte, poemas, rasgos de coragem e atitudes altruistas. Queria escrever sobre isso. Sobre essa capacidade infinita de sentir sorrindo, sonhar chorando, esse desejo urgente do outro capaz de nos levar ao abismo.
Queria dar o meu testemunho, mais um apenas, lembrando-me sempre do que fui (e continuo a ser só que de forma mais madura). A eterna romântica desde que me lembro de ser gente, sempre apaixonada, sempre sonhando com a fuga num cavalo branco, largando tudo e todos para dar vida a esse sentimento de raízes platónicas.
Não há quem não chore por amor. Desde da aurora das hormonas que lançamos ao coração o desafio de procurar aquela metade, aquele outro que nos lê sem nada dizermos. E depois há as histórias e contos, impingidos desde que somos apenas crianças e sabemos apenas que o amor é o que o pai e a mãe sentem. Tudo impulsiona a fantasia, tudo torna este sentimento mais exacerbante e exigente. E de facto assim o é tantas vezes. Eu mesma me lancei outrora num abismo romântico e sofrido, um amor sem fronteiras alimentado de si mesmo, angustia sedenta de dor.
Tão bom ter crescido. Bem sei que tenho a rara sorte de amar e ser amada, de ser cumplice no cumprimento de tantos sonhos, mesmo aqueles que nunca me atrevi a sonhar.
Ainda assim acho que posso dizer. Amor não é largar tudo e todos. Amor não é passar por cima de quem quer que seja, não é içar a bandeira que nos torna impunes, salvos de qualquer consequencia só porque estamos apaixonados. Na base de um verdadeiro amor estão valores tão essenciais como respeito pelo próximo. Quando passamos por cima dos outros pela pessoa que dizemos amar, berrando ao mundo a coragem desse acto altruísta, é simplesmente o egoísmo que nos guia por esse caminho mais curto no alcance da prórpia felicidade. E que eu saiba o amor não é egoísta...


há tanto mais a dizer... mas não encontro palavras suficientes

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Perfeição é não ser perfeita!


Fico danada da vida com hipocrisia... Talvez tambem tenha os meus momentos hipócritas e nem dê por isso, mas quanto o meu sensor dispara fico fodida...
A necessidade das pessoas fazerem das suas personalidades as mais fortes e múltiplas, fazerem das suas vidas um filme barato de domingo a tarde, em que tudo é passarinhos e relva e crianças vestidas de igual penteadas e sorridentes a fazerem biscoitos com a mãe (tambem esta depilada, pele hidratada, manicure em dia e toilete perfeita). Esta merda dá comigo em doida.
Amo de paixão a vida que tenho. Mesmo. Amo a minha familia, sou desvairada pelo meu nenuco, aquele pequeno milagre que aterrou de paraquedas na minha vida, arrebatando o melhor de mim, impulsionando um amor tão maior que tudo. Opa mas está longe de ser perfeita. A correria do dia a dia às vezes atropela-me, às vezes lança-me num corropio desvairado em que eu perco a noção de mim mesma. O trabalho, a casa, o miúdo e a constante gestão estou a "dar atenção a mais estou a dar atenção a menos", as sopas, a vida social que tem de ser encaixada em tudo isto. E não é facil. E há dias que me sinto tão cansada que tenho vontade de me atirar para o chão desmaida. Porque temos de ser profissionais perfeitas, mães perfeitas, mulheres perfeitas, amigas perfeitas, uma puta de uma perfeitção que não acaba mais. É aqui que entram os discursos que me arrepiam a espinha. Pessoas perfeitas com filhos perfeitos empregos perfeitos vidas perfeitas. Pessoas que têm tempo para a casa, bolinhos caseiros, roupa dos meninos engomada, promoções a toda a hora pela impecabilidade profissional, cãozinho escovado e desparasitado quinzenalmente, casa que nunca viu cotão.
Pois. Comigo é estranhissimo, devo ser eu, mas a roupa nunca está em dia, o jantar é feito à pressão, o meu Bujix, desgraçado, não é escovado há meses, o meu filho faz birras e tem noites que não me deixa dormir. A casa normalmente está caótica, encontro sempre uma nódoa de sopa ou papa na camisa, e com o cansaço por vezes deixo escapar um mail importante de trabalho. Eh pa... mas é tão boa. Porque depois de um dia cansativo, de uma birra monumental para vestir o pijama à criança, de ter queimado o jantar, e ter errado no trabalho, posso gozar deliciada o pequeno prazer de cagar para a panela queimada, enfiar uma pizza no forno, abrir uma garrafa de vinho branco e conversar com a minha alma gêmea em frente à lareira até não aguentarmos mais. Não é sempre possível, mas quando acontece vale por tudo. Pena dos perfeitos, juro, vivem no cinzento, com medo do preto e sempre aspirando pelo branco!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Minha besta, pára de correr, ainda por cima sempre a olhar para trás, pára um bocadinho, escuta-me, ouve bem o que tenho para te dizer. É escusado andares nesse desenfreamento emocional, nesse constante olá sem o enfase correcto no á, não vale a pena saltares por cima desses altinhos, muito menos te interessa (olha o perigo!) ires nessa loucura com o olho de esguelha a ver o fumo que fica para trás.
De nada vale, ouve bem, porque tu, minha pega desvairada, corres depressa de mais, magoaste-te nas pedras bicudas que tropeças e nem se quer as vês caraças!
Pst, oh Vida dum cabresto.... acalma-te pah, vai mais devagarinho!

(e não é que falta menos de um mês para eusinha estar casada com um trin-tão?!... foda-se....)

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Anda bebé, anda à mãe"
E ele abre aquele sorrisão carregado de dentes aos estoiros, abre os braço para um abraço no qual cabe o mundo, e corre 5 passos taralhocos até cair no meu colo...