Estou em modo fúria profunda mas não posso dizer porquê porque toda a gente sabe quem sou e toda a família/amigos me leêm por isso fica chato dizer certas coisas sobre certas pessoas mas se pudesse agora agarrava numa garrafa e mandava à mona de uma pessoa depois de lhe despejar na focinheira umas quantas verdades que me sufocam a garganta.... é isto que dá não ser uma alter ego tipo ane de amestardam caralho.

Uma pessoa sai de casa, até se está a sentir gira, cabelo em ordem, base bem espalhada, toilete bem escolhida (que às vezes a escolha na escuridão da manhã não corre bem) e derepente dá com uma nódoa brutal de gordura nas calças e lá se vai o ego por àgua abaixo... está mesmo na altura de mudar de óculos, isto de ser praticamente cega dá cabo do estilo!

É de noticias destas que o país precisa... antes rir que chorar!

diz que vou para barcelona daqui a umas horinhas.... diz que tenho o coração do tamanho de uma ervilha seca por deixar por cá rabanadas e meu adonis... aicanerboso

É bom, mesmo bom ver a vida dar voltas e reviravoltas, ver o tempo passar-nos, crescer-nos, mudar-nos... tudo mudou, a liberdade de outrora tem fronteiras, tem de ser negociada, organizada, prevista. A alegria triunfante de ser mãe impõe horários, regras, disciplina. Obriga-nos a prever tudo, correr, tropeçar, correr, correr.... Mas é bom, estupidamente bom, saber que, apesar de tudo isto, da vida mudar e impor-nos uma nova forma de a levar em frente, chegamos a casa para uma noite a sós com o marido, e encontramos na parede de ardósia da cozinha uma mensagem intima, quentinha, só para mim... um convite à sedução, uma entrada em grande. É delicioso sentir um formigueiro na barriga enquanto acendemos a lareira, escolhemos o melhor vestido, colocamos aquele baton, acendemos velas pela sala fora. Sei que a felicidade é minha quando não paro de olhar para o relógio na expectatica crescente de o ver chegar. Triunfo no amor quando ele entra, monido do melhor sorriso, com um jantar para dois e um, bom vinho branco, e eu acho que até coro, nervosa, expectante....
É bom, tão estupidamente bom olharmo-nos como se fossemos adolescentes, conversarmos horas a fio como se não nos vissemos há meses....
É bom meu Adonis, meu marido, meu amante e amigo, ver a vida passar ao teu lado, cair e levantar-me, rir e chorar, ver tudo mutar, tudo alterar, e o meu amor por ti ser sempre regado pela paixão de outrora, de quando tinhamos 18 anos e a vida era ainda uma promessa...
Amo-te, já te disse?

Queria falar do cavaco e da polémica das suas declarações à lá "nunca me engano e raramente tenho dúvidas". Queria contar-vos que este fim de semana abandono Adonis e Rabanadas para partir rumo a Barcelona só com fêmeas. Queria dizer-vos que com os sapos veio o primeiro dente ao Salpico, não de baixo mas de cima que o menino é todo às avessas.
Mas não consigo... Por muito que queira não consigo. Tenho três abcessos gigantes, tal e qual vulcões em erupção a explodirem-me na boca, maneiras que toda a minha (já por si aluada) capacidade de racíocinio está concentrada nas dores e na minha falta de tolerância à mesma... Vou ali mamar mais um antibiótico e já volto. Aicadores...

"Mãe do Salvador? Tem de o vir buscar, acho que o menino está com sapinhos..."
Sapinhos?? SAPINHOS??? What the Fuck is that???
Ai tadinho do menino.. ai o meu menino....
"Tou mãe, pode ir buscar o Salpico e levá-lo ao centro de saúde? acho que ele está com sapinhos..."
"Chefe, tenho de dar de frosques, ligaram-me da creche..."

Saio desesperada, a correr. Ai o meu menino... ligo 20 vezes a mãe pelo caminho, Já está no centro de saúde, como é que ele está, tadinho, chora muito? Tou, e agora já está? Vão conseguir atendê-lo? Está bem até já. Tou, então já atenderam? Ah ok, depois passe-me ao médico... foda-se o comboio nunca mais arranca tadixo do meu besnico com repteis na boca. Tou olá dotor, sim, teve um disgnóstico cardíaco mas teve alta aos 6 meses. Não, não toma nenhuma medicação, obrigada... Tou mãe, então como é que ele está? Sim, já falamos. Chego a estação, pé no acelerador. Ai o meu menino não tarda tem girinos a sair pelo nariz tadixo. Finalmente chego... Rabanadas no ovo, ar miserável, rouco até mais não, sorri-me amarelo... Para além de lagartixas na boca, ele é ouvidos ele é nariz ele é garganta... Muito mimo nos próximos dias e atenção que é natural que não queira comer (Não queira comer como? Em vez de 4 conchas de sopa só quer 3 e meia?)

Sou mãe de um primeiro filho.
Ponto.
Final.
Parágrafo.

Tentei sacar da net a nova publicidade do niquitin menta que está disposta cartaz sim cartaz não pelas estações de comboio fora. Mas não encontro o que é uma merda porque assim este post perde quase toda a piada. Mas quero mesmo comentar aquilo porque acho que não podia estar mais brilhante. É um cartoon de uma rapariga com um isqueiro aceso a sorrir. O slogan é uma estupidez qualquer do género "deixe de fumar com o niquitin ai que alegria não custa nada e ficamos tão felizes e saudaveis e ricos". Até aqui tudo bem, podia ser uma merdice qualquer para deixar de fumar igual a tantas outras. Mas depois o cartoon desmente tudo. A rapariga sorri, é verdade, mas a expressão dos olhos é de verdadeiro desespero. A cor da pele é levemente arrocheada, efeito ou do tabaco ou da raiva que toda ela transparece. E o sorriso de dentola bem cerrada? Ela não fala mas eu ouço-a "Conacaralho quem é que me convenceu a aderir a esta merda foda-se já devia saber que para além de custar um balúrdio a vontade de cortar goelas não ia desaparecer, deixa lá apagar o isqueiro mandar esta puta desta embalagem pó lixo e comprar um maço de ventil para fumar de enfiada, tou que não me aguento isto é pior que naifadas nas costas". E eu pisco-lhe sempre o olho e respondo também para dentro: "Obrigada cartoon esquizofrénico, seguirei o teu conselho refundido e jamais largarei o tabaco. Amen"
Senhores da publicidade, leiam-me. A sério. Aquela merda daquele anúncio só dá vontade de acender um cigarro a ver se mata o ar angustiado do boneco.

Daqui a pouco bazo. Descida em marcha rápida até ao comboio, ligeiro fio de baba até sintra, caminhada até ao carro, acelerada até casa, arrumadela das malas de ontem por aí espalhadas, sopásio a fazer na bimbalhada, rumo à creche buscar o rabanadas.... até já

O fim de semana foi de arraso. Local de sonho desde há tantos anos, com direito a sol, praia e imperiais. Momentos a 3 que começam a saber maravilhosamente bem. Tempo para amar cada um dos dois homens da minha vida. Sem pressas. Sem pressões.
Pena o regresso. O homem pequenino da minha vida embicou que não ia dormir e resolveu mostrar-nos o calibre dos seus pulmõezinhos.... 4 horas de puro berreiro. Adormeceu a 2 minutos de casa.

Fora isso. A minha vida encarrilou. E sinto cá dentro uma inspiração crescente, só não sei ainda bem para quê...

Tata ta contente. Tata maluca RUMO A COSTA VICENTINA ESTE FIM DE SEMANA. Tata crescida, tata fim de semana em FA-MI-LI-A marido e filho à beira mar passeando....
opa cabom

Ontem dia fabulástico, almoço no jardim com amigos e criançada. Salpicada rabanada feito doido no andarilho. Ele é palminhas, ele é grunhidos, ele é saltinhos.
Espumante e vinho. Grelhados e cigarros. Birras e risos. Salpicadas num xitex, tá quieto dormir a sesta.
Tá-se.

(andava para aí a gabar-me de noites completas, rabanadas já me lixou o esquema e acordou-me hoje de 2 em 2 horas.... cabresto mailindo)

Hoje sinto-me estupidamente bem. Ainda por cima não lavei a cabeça que é sempre um dia que me faz sentir mais nhecas. Mas não, estou bem. Mesmo bem.
Nós fêmeas temos essa cena inexplicável. Se estamos em baixo sentimo-nos um coiro. Se estamos felizes sentimo-nos fabulásticas. E hoje sinto-me fabulástica. Apesar de não ter lavado o cabelo que é sempre um dia que me sinto nhecas.
E é optimo, porque além de nos sentirmos maravilhosas, também nos sentimos impulsionadas a maravilhar. E a amar. Uma disponibilidade mental para lá do normal. Tinha mesmo saudades de me sentir leve e solta.
Já vos disse que dormi 9 horas? aliás que há quase uma semana que ando a dormir 9 horas?
Pois...

Numa de paneleirices

Trago na alma poucas pessoas. Muito poucas mesmo. Considero-me bastante sociável até, conheço muita gente, no facebook tenho montes de "amigos" e nos anos recebo bastantes telefonemas ou sms's.
Gosto de me rir, de conversar, de sair (dentro daquilo que o meu inveitável sono às 10.30 da noite antes de ser mãe e às 9.30 depois de ser mãe me permite). Gosto de saber das pessoas, como estão, o que fazem onde moram....
E depois há aquele nicho pequenino, pelo qual dava três dedos da minha mão direita. Aquelas pessoas que entraram na minha vida, umas há pouco tempo, outras há muito, e que de uma maneira ou de outra ganharam o meu amor. Porque não me interessa mesmo se me ligam todos os dias, se me oferecem presentes nos anos, ou se se lembram de me dar os parabéns quando faço anos de casada. Quem me conhece sabe bem que me estou a cagar para essas merdas. A verdade é que o lugar cativo no meu coração é conquistado às vezes por um só gesto que me marca, uma entrega diferente. São sempre pessoas que admiro, até chego a invejar.
Quem o é sabe que o é. E tenho a certeza que, quando leres isto loirinha da minha alma, vais saber que estás neste pequeno nicho, com direito a 3 dedos da minha mão direita.
Esta é uma declaração de amor disfarçada. Para ti xuxu. Porque a cada dia que passa te admiro mais.

Adenda: Salpicadas rabanadas, dono das minhas noites, rugas e esterias pós parto, por ti não era três dedos que dava mas toda eu me atirava para uma fogueira vestida de nylon. Adónis do meu coração, tu és metade de mim por isso não contas :)

DOU CONSTIPADA... DENHO O DARIZ ENDUPIDO... SOU DÃO FITEIRA POR ISSO SINDO-ME A MORRER....

Este ano foi calminho. Sabe bem não cordar em casa alheia ao 12:00, tudo de pantanas com malta a dormir em sofás, latas de cerveja e beatas no chão. Sabe mesmo bem ver a manhã de dia 01 em casa.