quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014

Os dias sobrepõem-se a uma velocidade alucinante. Os segundos atropelam-se, e nós sempre a correr, janeiro é oficial, estou grávida, fevereiro no aperto, ai jesus será que está tudo bem, dejavus de uma primeira gravidez de susto, março chega e traz a confirmação de que tudo está bem afinal, faz 3 anos o pimpolho (Três??? Como três???), doente e sem poder receber as coijasboas que é o que mais gosta na vida (salpico, gostas mais da mãe ou de chocolate? de chocolate mãe, tu não xe comes!), vem abril águas mil, a barriga a dar de si, e consigo o cansaço de quem mora longe de onde trabalha, tem um filho pequeno que inicia uma fase assustadora de pesadelos, e de repente é maio, a gravidez ralha-me com contrações inesperadas, vou de baixa e sou internada uma noite, o medo de novo, os incómodos de uma barriga pesada que não permite colo ao um piolho gorducho, com isto vem junho que é logo devorado por julho, o mês que nasce o meu Manuel, inspiração no meu avô aviador (como é possível não estares cá já há mais de um ano? Tenho tantas saudades suas…), a paixão de novo por um ser de três kilos (que chorava, oh jesus, o que chorava aquela criança), no meio disto as putas das hormonas, e cá fora a ruir o banco onde trabalho, agosto passa a correr, vem setembro, a criança acalma, começo a ganhar rédeas a esta nova vida, com olheiras, muitas olheiras, mas devagarinho a atinar, nisto atira-se o miúdo pintainho numa tosse, que piora de dia para dia, vamos ao hospital e tiram-me o miúdo dos braços, a correr para o SO, em isolamento que pode ser tosse convulsa, e confirma-se depois, 10 dias de internamento, noites num cadeirão, o medo, o instinto assassino de mãe perante um filho que sofre, vai-se outubro e vem novembro, regado ainda no medo daquela puta daquele mês, cuidados mil, dias minúsculos, e de repente é dezembro, como pode ser, começo já a trabalhar? E começo mesmo, mas não de onde saí, trabalho agora num “banco bom” seja lá o que isso for. E foi o natal. E eis-me aqui. No final de 2014, a entrar em 2015. Estou cansada. Um bocado assustada também. E olho rapidamente para estes meses que passaram, que meses que fizeram 2014, me deram mais um filho, me atiraram no medo do desemprego, que mudou, afinal, tanta coisa na minha vida, e fico com uma vontade louca de te beijar na boca. Minha brasa… és o melhor da minha vida… obrigada 2014 por reforçares uma coisa tão boa.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aperto

Deixei dois texugos no quentinho para sair de madrugada rumo ao trabalho... E seja o que deus quiser!