quinta-feira, 3 de abril de 2014

Amor em forma de tempo

O tempo embrulha-se, mole, peganhento, urgente. Já é abril, achava-me ainda em janeiro. Ainda ontem era anteontem caraças….
24 semanas.
A espera parece infinita. Mas mais real agora, barriga empinada resolveu crescer em dias depois de meses envergonhada. E tem vida própria, estranho, é como se deixasse de ser dona de mim, com tudo aquilo que tem de maravilhoso e assustador.
Os dias desenrolam-se, coisas de ontem parecem de há mil anos, coisas antigas parecem de agora. O tempo, esse mestre da ilusão, engana-me.
24 semanas…
Há coisas que não mudam. Mentira. Tudo muda. Amo-te sabes? Não sei se são esses olhos que riem, cor de montanha e mar. Não sei se é por sermos um apenas, multiplicado agora em mais dois. Mas amo-te. Às vezes não mostro, bem sei. Sou vaidosa.
24 semanas é a entrada nos 6 meses não é?
Tudo passa, estou certa. Está a ser duro agora, há coisas que eu queria saber a solução tipo 1+1=2 mas às vezes a vida é puta e dá 3. Não interessa nada. Amo-te. Sei que não mostro, que sou mula como um raio. E vaidosa. Mas amo-te. E isso, dá-me ideia, que por mais que o tempo se arme em cabrão, não passa.