quarta-feira, 30 de maio de 2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

Mulher sofre, e eu ainda sofro mais

Hoje o dia está lindo, o céu é azul, os passarinhos cantam, estou feliz blablablabla.... Acima de tudo, ADONIS DA MINHA ALMA EU NÃO SEI VIVER SEM TI!!!!

Pois que ontem, depois da correria do final de dia com o meu Rabanadas, os dois exaustos da noite anterior em que ele voltou a virar sardinha fora de água na minha cama, Adonis liga-me pelas 8 a dizer que ainda estava a trabalhar e que ainda tinha de ir às compras do mês... Suspiro. Estou mesmo cansada e queria o meu homem em casa o mais cedo possível, mas acenti, é assim a vida. Ele disse que me ligava quando saísse para ver se sempre ia às compras ou não. Ás 9 liga. "Como é... queres que vá hoje ou amanhã?" Respondo que o meu inferno de miúdo mais querido tinha acabado de adormecer depois de me dar uma sova de xuxa, e que tarde por tarde, que fosse hoje se não tivesse muito cansado.
Deito-me na sala a ver a Fox (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh que saudades) com uma bolacha no buxo porque efectivamente no frigorífico e despensa apenas moravam 2 pacotes de manteiga. Adormeço pouco tempo depois.
Acordo. Olho á volta toda estremunhada. Situo-me. Sala. À espera do Adonis e dos 300 euros de compras mensais. Bocejo, espreguiço-me e olho para o relógio. 23.10.... ONZEEDEZ?!?!?!?! Ehcaraças mas o homem foi às compras a Marte ou quê?? Ligo-lhe. Toca toca toca voicemail. Dasssse mas tá parvo ou quê? Ligo. Toca toca toca voice mail. Engulo em seco. Levanto-me e vou para a sala de jantar para a janela tentar quebrar a ansiedade com um cigarro que fumo como quem suga a vida. Vejo uma chamada não atendida do Sogro às 22.00. Começo a tremer. 23.20. Olho para a janela meto o ouvido de fora à procura de uma sinal de um carro a chegar. Nada, só as ondas furiosas lá ao fundo e o meu coração a galope na garganta. Cabrão, mato-te se não me atendes desta. Ligo. Toca toca toca voicemail. Começo a ligar freneticamente. Sempre o mesmo. O ar falta-me. Fico no dilema se havia de devolver a chamada ao sogro ou não àquelas horas. Não aguento de ansiedade e ligo mesmo. Nada o sogro só queria falar do carro. No meu coração juro-vos que tinha a certeza que tinha acontecido alguma desgraça.O meu lado lunar dá de si de forma violenta e arrebatadora. Sabia no mais intimo de mim que, tanto amor e cumplicidade só poderiam acabar em desgraça. E agora?... O que faço à minha vida? Mas que porra de vida é a minha sem aquele homem?? Começo a chorar. Belisco-me a tentar acalmar-me. Calma, não sejas histérica, já sabes que as compras do mês são coisa para durar 2 horas ainda por cima feitas pelo meu homem que é uma máquina de comparar preços em busca do mais barato. Sim. Estou a flipar. Xalá acender outro cigarro. Ligo-lhe de novo. Nada. Caraças mas porque é que não atende se me ligou quando saiu?... E agora?... Medo, um medo profundo assalta-me o corpo a alma a mente, devora-me a racionalidade e os pensamentos. 
Heis se não quando o carro chega. 23.45. Adonis sai para abrir o portão e as pernas falham-me, expiro, suspiro, agradeço, tremo... e ameaço-o de morte. Saio lançada, corro-lhe para os braços, bato-lhe no peito, choro, choro com soluços e tudo. És a minha metade, és a minha vida, és tudo! Amo-te merda. E não sei viver sem ti.... 

Afinal Adonis diz que me ligou a dizer que ainda não tinha saído, e ao sair esqueceu-se invariavelmente do telefone a carregar no escritório. Cabresto. Tenho mais rugas por tua causa!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A minha mãe é hippie

Já aqui fiz um relato ou outro sobre o especime que me trouxe ao mundo. Mi madre é das hippies jenuinas que prái andam. Oriunda dos anos 70 é fã de calças largas e coloridas, panos ao pescoço e puseiras nos pés. Continua convencida que os Doors hão-de cá vir actuar, sonha com a India, borrifa-se de jasmim e colecciona pedras do castelo dos mouros.
A minha mãe vive num casinhoto amoroso à beira mar, coisa pequena, alias minúscula que tem direito a um mini jardim de inverno (vulgo varanda carregada de plantas), toneladas de bugigangas, duas tartarugas e um  cão que à primeira vista parece um boi e age como se fosse um cachorro de 3 meses.
Para além de toda esta trapalhada, a minha mãe faz-me o jantar, cuida-me do miúdo e ainda leva coices da minha avó, que agora mora na porta em frente à dela e lhe entra a todos os segundos pela sala a dentro a pedir satisfações. Maneiras que a vemos entre as passeatas ao urso polar que a arrasta pela praia fora, toneladas de roupa que trata para mim e para os meus avós, massagens aos pés dos pescadores reformados e aos quais não cobra porque são mais miseráveis que ela, idas às compras e Rabanadas à mistura, a sua ultima paixão. Última não. Penultima.
Há três dias atrás, vou com o Rabanadas a casa da minha mãe e ela arrasta-me para o quarto dela. Entro de lado, porque a porta não abre toda por causa de troncos com musgo que ela tem como decoração, passo por cima de um buda de madeira e chego ao seu cantinho, que é uma comoda com velas, fotografias, e santinhos, e no cantinho, perto da janela que dá para a praia está uma gaiola com um pardal pequenino.
_ Bebé olhe o piupiu da avó, NÃO É DE SE COMER??????
Digo que sim, que é, porque realmente tenho uma adoração por pássaros e em miúda criámos precisamente um pardaleco que de tão manso que era andava solto em casa e dormia no meu ombro enquanto eu fazia os TPC's. Mas relembro-a que é um bicho carente que tem de ser alimentado de 5 em 5 minutos.
_E eu não sei?! Ás 5 da manhã acordo com piupiupiu, e lá está ele esganado a abrir o bico.
Maneiras que lá andava ela feliz da vida com o piupiu numa caixinha atrás dela para todo o lado.
Hoje de manhã...
_ Tou. Olhe... O piupiu morreu.
Eu riu-me.
_Não se ria. Estou mesmo triste... Porque será que ele morreu? Estava a comer tão bem?... Estou mesmo triste juro...
_ Sei lá mãe, é dificil criar pardais..
_ Eu cá acho que foi frio... Ontem à noite tive mesmo para o deitar comigo que ele estava com as penas todas eriçadas, mas achei que se calhar "o senhor" (seu companheiro) não ia gostar... Merda. Tenho de começar a fazer aquilo que sinto!

Passaro. Bebé. Na cama. E eu sei que ela era capaz. Oh se sei! 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

- PARABÉNS AVÓ!
- Oh querida, obrigada, já lá vão 88 filha O-I-T-E-N-T-A-E-O-I-T-O!
- Bem sei, cruzes tanto ano! Olhe hoje vou aí com o Rabanadas dar-lhe um amasso nessas proteses!
- Ai que bom querida, venha venha, o avô está para ali a dormir desde manhã no sofá... Pena que dos meus admiradores só o "sr X" está vivo, se não aproveitava o avô dormir tão bem e era vê-los a fazerem fila aí à porta só para me saudarem!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dilemas

O menino cresce a olhos vistos. Um disparate de dentes que rebentam todos os dias, carequinha redonda que se vai cobrindo com vagos caracois, joelhos que saiem do chão para dar lugar a uns pésinhos taralhocos, pequenas palavras (ou sons que nos parecem palavras) em situações caricatas.
E está giro o miudo pah, tão giro que dá vontade de comer. Mordo-lhe os dedos dos pés e os joelhos gordos, beijo-lhe a boca e as bochechas, sugo-lhe cada pedacinho de bebé que vejo fugir à velocidade da luz. E a aventura que começa com os contornos de um filme de terror (noites que nunca mais acabam, cólicas, fome desvairada e uma maminha que não suporta tanta avidez, choros incompreensiveis, medo tanto medo no mar de ingnorância que navegamos quando atracamos no porto da maternidade pela primeira vez), começa a tornar-se cada vez mais divertida, cada vez mais informal, cada vez mais carregada de um amor que não acaba nunca. Adaptamo-nos a esta nova realidade em que os nossos desejos (de, por exemplo, aterrar no sofá botar da fox life abraçada a um maço de tabaco e um pacote de bolachas até nao poder mais) passam para 2º plano. Adaptamo-nos e, com o tempo a passar, eles, os pequenos ditadores, tambem se adaptam e vão ficando mais tolerantes com os horários e aquelas regras chatas dos bebés. Mas os desafios não param nunca.
Pois que agora deparo-me com o novo dilema. O que fazer a uma coisinha que não se aguenta de querida que dá mostras de ter um personalidade valente? O que fazer quando ralhamos, dizemos que não, e vemos um sobrolho arregalado uma mãosinha sapuda na cabeça e uma vozinha que grita "MAU MAU MAU?"... O que fazer quando a vontade é agarrar naquela coisa boa e comê-lo com beijos de tanta piada que tem?
Oh jesus, agora é dificil, porque o miúdo descobre piadinhas novas, sabe que tem uam graça descomunal, e não tem medo de N-A-D-A... Cheira que vou ter uma tarefa difícil, oh se vou, para pôr este miúdo nos eixos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Não gosto de dar enfase ao drama. Já gostei hoje não gosto. Cada vez mais ganho noção da pertinência da dor, da sua individualidade que deve sempre ser respeitada.
Mas não posso deixar de entregar o meu coração à lágrima... Não posso deixar de prestar uma homenagem, breve mas sentida do mais profundo de mim, àqueles que neste momento estão tristes... tão tristes.
Dói-me o coração por vocês...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dói-me o coração... há coisas que não deviam acontecer nunca. Há coisas que me provocam vómitos na alma e ter vontade de dar chutos na fé...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Estamos em Maio certo? É que assim de repente achei que estava em Novembro, com os pedregulhos de gelo que me cairam no ovni hoje de manhã e com aquelas vaga luz invernosa que me obrigou a ter os médios acesos.
Ah não, espera... em Novembro estava na praia...
EPAH oh Pedro vê lá se atinas que o meu Adonis faz 30 anos no Domingo (T-R-I-N-T-A)  e não tenho espaço fechado suficiente para receber a malta toda lá em casa!