quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014

Os dias sobrepõem-se a uma velocidade alucinante. Os segundos atropelam-se, e nós sempre a correr, janeiro é oficial, estou grávida, fevereiro no aperto, ai jesus será que está tudo bem, dejavus de uma primeira gravidez de susto, março chega e traz a confirmação de que tudo está bem afinal, faz 3 anos o pimpolho (Três??? Como três???), doente e sem poder receber as coijasboas que é o que mais gosta na vida (salpico, gostas mais da mãe ou de chocolate? de chocolate mãe, tu não xe comes!), vem abril águas mil, a barriga a dar de si, e consigo o cansaço de quem mora longe de onde trabalha, tem um filho pequeno que inicia uma fase assustadora de pesadelos, e de repente é maio, a gravidez ralha-me com contrações inesperadas, vou de baixa e sou internada uma noite, o medo de novo, os incómodos de uma barriga pesada que não permite colo ao um piolho gorducho, com isto vem junho que é logo devorado por julho, o mês que nasce o meu Manuel, inspiração no meu avô aviador (como é possível não estares cá já há mais de um ano? Tenho tantas saudades suas…), a paixão de novo por um ser de três kilos (que chorava, oh jesus, o que chorava aquela criança), no meio disto as putas das hormonas, e cá fora a ruir o banco onde trabalho, agosto passa a correr, vem setembro, a criança acalma, começo a ganhar rédeas a esta nova vida, com olheiras, muitas olheiras, mas devagarinho a atinar, nisto atira-se o miúdo pintainho numa tosse, que piora de dia para dia, vamos ao hospital e tiram-me o miúdo dos braços, a correr para o SO, em isolamento que pode ser tosse convulsa, e confirma-se depois, 10 dias de internamento, noites num cadeirão, o medo, o instinto assassino de mãe perante um filho que sofre, vai-se outubro e vem novembro, regado ainda no medo daquela puta daquele mês, cuidados mil, dias minúsculos, e de repente é dezembro, como pode ser, começo já a trabalhar? E começo mesmo, mas não de onde saí, trabalho agora num “banco bom” seja lá o que isso for. E foi o natal. E eis-me aqui. No final de 2014, a entrar em 2015. Estou cansada. Um bocado assustada também. E olho rapidamente para estes meses que passaram, que meses que fizeram 2014, me deram mais um filho, me atiraram no medo do desemprego, que mudou, afinal, tanta coisa na minha vida, e fico com uma vontade louca de te beijar na boca. Minha brasa… és o melhor da minha vida… obrigada 2014 por reforçares uma coisa tão boa.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aperto

Deixei dois texugos no quentinho para sair de madrugada rumo ao trabalho... E seja o que deus quiser!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Fim do dia e estou tão cansada... E ainda, ou talvez por isso mesmo, sou só mãe a full time. Fim do dia e eu só quero esticar o pernil, ver um bom filme de pijama. Mas ainda há os banhos, o jantar, o pequenino não quer beber o biberão, tenho de me levantar e dá-lo a passear e a cantar enquanto ele se acalma. O mais velho quer atenção e berra do alto dos seus três anos: és feia. E é fim do dia, e eu estou tão cansada. Ignoro o insulto e pergunto como correu o dia na escola. O pequenino como parei de o embalar cospe o biberão e empina-se ao meu colo, tal e qual peixe fora de água. Doiem-me as costas e tenho mais 7 nódoas de leite na camisola que hoje resolvi pôr mais bonita. És feia não xou teu amigo. Concentro-me no pequeno e ignoro mais uma vez um insulto. Ora que porra fui buscá-lo à escola, andamos de baloiço, comprei-lhe duas pastilhas e deixei-o jogar no meu computador. Sou feia porquê? Desisto do biberão e meto o pequenino na cadeira. Ele grunhe e empina-se, forço a chucha com aero om. Cala-se por fim. É final do dia e eu estou tão cansada. Sento-me ao lado do mais velho. Então meu amor o que estás a jogar? Xai daqui, és feia. O pequenino começa a chorar. Levanto-me tiro o computador ao mais velho, agarro-o com força por um braço e sento-o à mesa. ACABOU-SE! Ele estranha o tom e chora, bem alto, chora de forma estridente amuado. O pequenino chora. ACABOU-SE! Agarro no pequeno meto-o na cama, ligo o intercomunicadir e fecho a porta. O mais velho vê que não estou a brincar e cala-se. ACABOU-SE! Meto-lhe o prato à frente, chocos, sei que não gosta. Ele soluça, agarra do garfo e come olhando-me de lado. ACABOU-SE! O pequenino adormece, vejo no intercomunicador. O mais velho pede-me ajuda para comer. Sento-me ao seu lado e sim, ajudo, claro que ajudo. Mas acabou-se esta merda.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quando nos deixam, assim derepente, sem qualquer tipo de aviso ou preparação prévio, fica entalado na garganta aquele adeus que não se disse, aquele olá que ficou perdido. As pessoas, quando nos deixam assim derepente, sem qualquer aviso ou preparação prévia, deixam-nos um vazio no coração de um espaço que nem nos dávamos conta de como ocupavam. 
A vida e curta demais. Um dia estaremos todos juntos outra vez... De um beijinho ao avo por mim minha querida tia verónica...

Desculpem a falta de acentos mas estou a escrever do tlm...

sábado, 25 de outubro de 2014

Finalmente em casa

Lições de vida nestes dez dias de internamento do meu pintainho pequenino:
O hospital de cascais passou a ser a minha referência para todo e qualquer problema com as minhas crias. Absolutamente espetaculares todas as pessoas que nos atenderam!
Não dormir deixou de ser um problema depois de tantos dias numa cadeira a saltar a cada suspiro da cria. Agora se durmo uma hora seguida estou pronta para uma maratona de 24 horas a dançar kizomba.
Nada, mas mesmo nada nesta vida e mais importante que a saúde dos nossos filhos. Na teoria todos sabemos isto mas sentir na pele a coisa ganha uma outra dimensão. 
Amadureci para aí 145 anos por isso tratem-me com respeito.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Teoria da relatividade

Está tudo bem, ele dorme sossegado, adormece sozinho agarrado ao seu coelhinho, às vezes acorda, sorri para mim, e volta a adormecer. Aqui já me gabaram o menino, ai mãe que bom bebê só tem 3 meses? Abençoada criança! Ai mãe que é um regalo vir aqui só para o ver sorrir, tão sossegadinho mãe, a gente nem o ouve!
E eu fico inchada, com olheiras mas inchada claro... E é engraçado pensar que trocava todos estes elogios pelo meu trombone/dorme no colo/ só me calo a comer de hora a hora que estava saudável em casa há dois meses atrás...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Parece que há alturas que a vida nos põe à prova. Achamos que a nossa camioneta só dá para 100 kg de areia, nem mais meia grama, e afinal, vai-se a ver e toma lá 18 toneladas e agora salta a ver se não consegues. E realmente conseguimos. parece que um coração elástico de mãe multiplica-nos a força em sintonia com este amor lindo, estranho e às vezes sufocante.
3 meses de Manuel... Não me assustes outra vez assim, está bem?

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

Quando achamos que não é possível estar mais cansada... Aproxima-se a perspectiva da noite... Oh céus...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Setembro

Lá fora chove e está vento. Moro longe de prédios por isso sente-se logo um temporal nestas condições. Parece que o verão se foi de vez apesar do calor. E esta despedida, nos dias mais curtos, nas praias novamente vazias, nas janelas sarapintadas de água traz consigo a neura do fim antes do recomeço. Odeio esta sensação. Mais pesada agora que estou trancada em casa numa vida regrada de três em três horas quando tudo corre bem. Às vezes parece que vivo ansiando o amanhã e de repente o hoje já se foi e afinal era tão bom....
Esta nostalgia é viciante e assassina. Vou beber um copo de vinho. De janela aberta.
Na verdade sempre gostei do som da chuva, porque não bebê-lo até ao fim?

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Às vezes acho que sou má mãe. Que sou egoísta porque sinto falta do meu tempo e do meu espaço. Às vezes acho que sou má mãe porque tenho momentos em que as costas me doem e eu sinto falta de outro som para além do choro de uma criança. Acho muitas vezes, bem mais do que as que queria, que não nasci para isto, que preciso de ar, de sair, de pensar em algo que não as vezes que o menino cagou. Foda-se que tenho tantos momentos que me sinto uma merda, que quero fugir, fumar uma porra de um cigarro, de me sentar 3 minutos seguidos. Que estou farta de fraldas, farta de me sentir um farrapo humano cujo maior desejo é dormir 3h seguidas. Tenho momentos que estou tão farta desta merda toda! Mas depois eles sorriem. O mais velho chama-me pinxeja, e o pequenino ri-se só com um lado da boca quando lhe pego pela milésima vez... E então acho que não sei fazer mais nada a não ser fazê-los felizes...
Cabrões.

sábado, 30 de agosto de 2014

Eu queria contar-vos as novidades de uma forma cômica e leve. Mas não há nada de cômico e muito menos de leve no desejo urgente de uma boa noite de sono. Sendo que uma boa noite de sono para mim agora seriam 3 intervalos de 3 horas seguidos. Eu já não peço que o meu filho durma toda a noite, credo, não sou tão ambiciosa. Queria só 3 intervalos seguido de 3 horas...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Um mês...

Um mês de ti Manuel. Um mês de descoberta, um mês de colo excessivo, um mês do teu cheirinho que é tão bom. Meu pequeno e barulhento trombone. Cresce depressa, preciso urgentemente de um sorriso teu.

sábado, 9 de agosto de 2014

Como é possível uma criança chorar tanto?!
Mães de chorões acusem-se e confortem-me!
Mães de santos come e dorme: ide-vos f**er.

Assinado Tata, à beira de um colapso nervoso

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Update

O Manuel mama de duas do duas horas. E acorda pelo meio.
O salpico está com febre.
A instituição para a qual trabalho morreu e agora chama-se novo banco.
Estou oficialmente apavorada.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Lembram-se do que penei com o meu primeiro filho para dormir? Que só queria colo e tinha cólicas e o camano?
Pois...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Olá, o meu nome é tata e sou oficialmente mãe de dois filhos.


Dia 16, conforme agendado, lá fui eu para o hospital. De manhã, o meu adonis levou o meu salpiquinho de gente a escola. Quando vi o carro partir, partiu-se também o meu coração, naquele adeus despegado e seguro do meu filho mais velho. E eu, pançuda e nervosa, a saber que aquele seria o dia que mudaria a sua vida de filho único para sempre.
O parto correu bem, num curto espaço de tempo, que juntou lágrimas, tremores incontroláveis, e por fim aquele choro tão forte que assinalou a chegada do Manuel ao mundo. E eu, toda eu hormonas, num misto de medo, pânico, amor inigualável, chorei todas as lágrimas de uma vida quando o vi pela primeira vez.
Ser mulher é fodido. Não falo pelas dores físicas, mesmo eu que sou a maior paneleira desta terra. Falo do choque brutal a que somos expostas nisto de ser mãe. Falo do medo, do amor tão forte que dói. O meu salpico reagiu maravilhosamente à chegada do mano. O dia que nos foi ver, lá se catapultou novamente uma catarata imensa de emoção e amor, ao vê-lo sorrir nervoso para o Mano. 'O Mano já chegou!' Chegou sim salpico. E sei que será o melhor presente que te poderia ter dado na vida. Mas neste momento, oscilo balançante na alegria imensa, e na a dor sempre que me afastas um bocadinho, defendendo-te do meu inevitável afastamento que vem desde o final da gravidez.
Putas de hormonas.
Mas estou feliz. Vou agora ali chorar um bocadinho, acabei de ver uma mosca suicidar-se de encontro ao vidro da sala.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A dia e meio de te ver

Count down à séria. Depois de amanhã por esta hora lá estarei eu toda grog com o Manuel nos braços. Estou nervosa como qualquer paneleira que tem medo de hospitais que se preze estaria, mas neste momento o mau estar físico suplanta, e de que maneira, o pavor. Dói-me toda e qualquer articulação deste mutilado corpinho, dói-me a bacia e os rins, tenho as mãos inchadas. Mais que tudo tenho a alma num nervosismo histérico de fêmea mãe, numa curiosidade carregada de beijos por dar ao que lá vem, e numa nostalgia profunda pelo que isso alterará a vida do que já cá está....
Ai tempo de um cabrao... Não sei se te quero urgente, se te quero lento...

sábado, 5 de julho de 2014

Ponto de situação

Falta uma semana e 3 dias.
Fui finalmente pôr as patas na areia.
Engordei até agora 8 kg.
Estou num misto de medo e xitex.
Agora já não há nada a temer, já tenho data marcada mas se o Manuel nos quiser conheces mais cedo pode vir!
O meu salpico goza os últimos momentos como filho único e isso dá-me uma ligeira vontade de chorar.
Estou calma. E feliz. Numa espera que é agora doce...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Uma vez mais à espera. Odeio esperar, já vos disse?
As coisas momentâneas tem um poder sobre mim terrível, de inevitabilidade e eternidade. Assim, quando estou a sofrer sofro de corpo e alma, como se o destino me estivesse a colocar naquela situação de forma eterna. Por isso  lido tão mal com a espera. Ah que só faltam 4 semanas, tem paciência. Paciência uma porra. 4 semanas com medo, com dores, 4 semanas a ver o tempo ir devagarinho como tudo custa-me uma vida. Se vale a pena? Sou impaciente mas não sou estúpida, claro que vale. Olho para a minha amostrinha de gente, coisa mais querida, tão preocupado com a mãe, e sei que vale a pena. Vale isto que estou a passar e muito mais. Mas não é por isso que passa a ser fácil.
Bom, estive internada, contrações fortes, depois daquele enxovalho de maleitas que me deixaram de banda. E eu sou uma pessoa que lida mal, muito mal, não só com a espera mas com os hospitais também. O que torna o tempo de espera num hospital um verdadeiro terror. Já estou de volta a casa, sossegadinha como manda a lei, aliviada, mas sempre cm aquela pontadinha de ai Jesus e se?
Sabiam que os elefantes estão dois anos prenhos? Tá-se bem... afinal tá-se beeeeeeeem.......

(visita do nenuco, delirou com a cama articulada e mostrou 258 vezes à enfermeira o meu soro: Óia o dódoi da mãe xôdotoia, ÓIA!!!)

domingo, 8 de junho de 2014

De baixa...

Como aproveitar uma baixa de gravidez para suporto repouso? Começa-se com um filho mais velho doente, segue-se uma gastroenterite e finaliza-se com umas dores de costas de me fazerem chorar feita criança...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Bandidos, é agora ou nunca

É assim. Aproveitar que vamos cá andar com finais de champions, rock in rios e afins, que os aeroportos nos despejam cá milhares de pessoas cheias da guito nos bolsos, para lançar uma operação policial especialérrima, que é nada mais nada menos do que...... recolher tam(inspira)pinhas(expira). E para quê, perguntam vocês?? Então para fazer uma importantíssima Bandeira de Portugal de tam(inspira)pas(expira), ora para que é que haveria de ser?!
Agora vou só ali à casa de banho porque estou com algumas contrações histéricas e venho já.
Divirtam-se a ler a notícias abaixo.

ins-pi-ra

São polícias, mas saíram do patrulhamento para dar "caça" às tampinhas. São precisas 20 toneladas para fazer uma bandeira de Portugal gigante para o dia 10 de Junho.

O projecto, denominado "Bandeira da Esperança" e anunciado pelo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, visa apoiar a selecção nacional de futebol e algumas instituições de solidariedade social, mas tem também outro intuito: que a bandeira entre no livro de recordes do Guinness.
O problema, diz o Sindicato Unificado de Polícias (SUP), é que os polícias envolvidos na iniciativa não são voluntários e até perderam o direito às folgas. À Renascença, o presidente do sindicato, Peixoto Rodrigues, diz que nunca pensou que o envolvimento "chegasse ao ponto de colocar cerca de 15 polícias diariamente a separar tampinhas".
"A polícia retirou elementos da área operacional, cortando-lhes até as folgas, para estarem a fazer aquele serviço, que não faz parte dos conteúdos funcionais da polícia e em nada contribui para uma boa imagem dos polícias e da PSP", critica.
Peixoto Rodrigues lamenta que, "quando recentemente a polícia apresentou uma nova imagem, continua-se a assistir, internamente, a este tipo de comportamentos".
O presidente do SUP diz ainda à Renascença que já se queixou ao Comando de Lisboa e, na reunião que teve, ficou com a ideia que a direcção não sabia que o trabalho não está a ser feito de forma voluntária.
Peixoto Rodrigues afirma que avançou com a denúncia porque recebeu "telefonicamente e pessoalmente queixas de elementos policiais que se sentem de alguma forma constrangidos por estarem a fazerem aquele tipo de serviço e até se sentem humilhados".
Contactado pela Renascença, fonte oficial do comando da PSP promete investigar se há agentes a separar tampas contra a sua vontade, mas sublinha que se trata de um projecto altruísta e humanitário, que deve ser concretizado de forma voluntária

quinta-feira, 22 de maio de 2014

90 anos de vóvó

- Tou, mãe? Estã com a avó?
- Sim, diga.
- Olhe, diga à avó que o presente de anos da avó chega segunda feira. (silêncio) Diga-lhe que mandei vir de espanha a Vogue com o Critiano Ronaldo tooodo nu!!!
(Mãe foi repetindo enquanto eu falava, oiço avó lá atrás)
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

(pausa para respirar do xitex. e finaliza da seguinte forma)
- Pena aquela Irina à frente.....Não faz mal, recorto-lhe a cara e meto a minha!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Maravilhas da prenhez

Estou de 31 semanas de um puto que me ocupa todo o tronco, tou que não me aguento, entre pontapés, contrações e dores estranhas. Tenho imensa fome constantemente depois como uma merda de um tremoço e fico com uma azia que até ando de lado, uma merda de um fogo que se me sobe por aqui a cima. À noite para me virar na cama estou a pensar montar um guindaste que me auxilie, porque de cada vez que o faço acordo e o esforço é tal que parece que acabei de correr uma maratona. já para nao falar de cãibras sinistras, que me fazem atirar da cama baixo aos grunhos de dor, e o Adonis, desgraçado sem perceber nada, a achar que estou em pleno trabalho de parto, aos coices no chão tipo foca fora de água.


Estou de 31 semanas, praticamente a rebentar pelas costuras. Quando morrer a primeira coisa que pergunto a Deus é o porquê de tanto tempo nisto.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Coisas que não faço questão de ouvir

AHHHH CREDO AGORA É QUE TE VI, OLHMÉSSAS MAMAS, E ESSA BARRIGA, TÁS TÃO GRÁVIDA MULHER, CREDO
Não. Não fico feliz. Mesmo. Foda-se.

TÁS A COMER DE NOVO?
Não estou a estou a contar acaros caralho, não se vê logo?

terça-feira, 13 de maio de 2014

Saudades com um ano

Passei de criança a mulher com uma base católica. Cresci a saber rezar o terço, a oração dos fiéis na missa, a saber quando me devo levantar e sentar. Cresci orientada para aquilo que a Igreja nos prega, fui batizada, fiz primeira comuninhão, profissão de fé e crisma. Na altura de me juntar com a pessoa que amo, fiz questão de ser abençoada numa igreja, com comunhão e oração na altura de trocar as alianças. Tenho por isso enraizada no meu coração a cultura critã.
Fé.
Fé é diferente.
Tenho alturas em que a sinto de tal forma que parece que a posso agarrar e mostrar ao mundo. Tenho outras que não a sinto, prevejo-a apenas, mais com esperança do que com crença. Pilar de fé, para mim, foram e são os meus avós. E hoje, dia da Nossa Senhora dos portugueses faz um ano que tive de passar a olhar para esse pilar com os olhos do coração. E o meu coração, às vezes, fecha-me os olhos à bruta deixando-me às escuras.
Tenho saudades, tantas saudades que dói...
No dia de Nossa Senhora, símbolo de mãe, alvo de uma enorme devoção do meu avô, relembro o dia em que a minha vida ficou mais pobre, sem aquele pai ao quadrado, sem aquele poço sem fundo de bondade, altruísmo, e orgulho nos seus.
Hoje, é o seu dia avô Manuel. O dia de Nossa Senhora de Fátima.
Olhe por mim sim?

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A última vez que escrevi estava de 24 semanas, certo? E agora pimbas, vai-se a ver e já estou nas 28, entrei por isso no último trimestre de sofri… gravidez. Tenho azia à noite, e doem-me ossos que não sabia que tinha, além disso, combater birras de crias de 17 kilos com uma pança que não me deixa ver os pés torna tudo mais... vá, desafiante.


Estou feliz…

Falei-vos vagamente que o meu Rabanadas começou com pesadelos. Não sei quem sofria mais, se ele se nós, mas andamos aí 2 mesitos aflitos, oh meu Deus que ele não é feliz, ai Jesus que agora tem medos, onde já se viu, filho meu com medos, e o puto, cabrão como só um puto de 3 anos pode ser, passou do medo real, ao espera aí que se abriu aqui uma janela de oportunidades para ser o boss. E então, entre olheiras e noites interrompidas, colchões no chão e leites a meio da noite, começamos a perceber que estávamos a ser totalmente manipulados por aquele pequeno adorável ser. Salpico não lambas o chão, AI MÃE ÓIA OS LEÕES MÃÃÃÃE, pronto lambe lá a merda do chão.

Estou mesmo mesmo feliz caraças.

A minha barriga está a sofrer uma metamorfose assustadora. Ontem quando adormeci chegava aos pés, hoje de manhã não consigo calçar meias. E mexe-se, tanto mas tanto. Só que custa-me andar, e tenho sono e azia, custa-me o colo que o meu caracolinhos de sol ainda pede.

Às vezes à noite riu-me sozinha com a mão na barriga.

Vai daí que abrimos guerra. Um, dois, três, diga lá outra vez. ACABOU-SE. Xaupico ké, xaupico pode e xaupico manda, foi um reinado que terminou (pausou, eu sei, nós adoramos eternizar estes sucessos). E não é que o puto percebeu. Aceitou. E obedeceu?

Faltam dois meses e meio. E estou feliz à séria.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Amor em forma de tempo

O tempo embrulha-se, mole, peganhento, urgente. Já é abril, achava-me ainda em janeiro. Ainda ontem era anteontem caraças….
24 semanas.
A espera parece infinita. Mas mais real agora, barriga empinada resolveu crescer em dias depois de meses envergonhada. E tem vida própria, estranho, é como se deixasse de ser dona de mim, com tudo aquilo que tem de maravilhoso e assustador.
Os dias desenrolam-se, coisas de ontem parecem de há mil anos, coisas antigas parecem de agora. O tempo, esse mestre da ilusão, engana-me.
24 semanas…
Há coisas que não mudam. Mentira. Tudo muda. Amo-te sabes? Não sei se são esses olhos que riem, cor de montanha e mar. Não sei se é por sermos um apenas, multiplicado agora em mais dois. Mas amo-te. Às vezes não mostro, bem sei. Sou vaidosa.
24 semanas é a entrada nos 6 meses não é?
Tudo passa, estou certa. Está a ser duro agora, há coisas que eu queria saber a solução tipo 1+1=2 mas às vezes a vida é puta e dá 3. Não interessa nada. Amo-te. Sei que não mostro, que sou mula como um raio. E vaidosa. Mas amo-te. E isso, dá-me ideia, que por mais que o tempo se arme em cabrão, não passa.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ser mãe e o caraças....

Toda a gente fala das maravilhas da maternidade. Porque é realmente algo soberbo, tipo tsunami imprevisto num dia calmo de verão. É calor e orgulho, é o espanto, a novidade a todos os segundos, é a alegria de os ver crescer.
Mas depois somos vaidosos, que somos, e toca de exagerar, toca de os achar melhor que os outros, no fundo nem são eles que são melhores, somos nós que somos para lá de espetaculares a amá-los e educá-los, e por isso temos filhos que são exemplares e comportam-se e têm graça e são sobredotados.
Agora venho eu estragar esta merda toda. Não se iludam futuras mães, ser mãe não é ler um livro numa tarde de sol, com um amor de um bebé num berço a dormir descansadamente, e todas nós a transpirarmos primavera e amor e calma e serenidade. Ser mãe é olheiras, muitas olheiras. Porque a maternidade coloca lado a lado numa luta frenética e constante o amor e o medo. Foda-se que medo. Medo que caiam. Medo que tenham fome. Medo que não durmam. Que se habituem mal quando os mimamos. Que se traumatizem quando os educamos. Olho para o meu filho, três anos feitos, diz caiáio, come sozinho, diz olá na rua a pessoas que não conhece, e sinto um amor desmedido, um orgulho gordo e pleno, que sim, o puto é mesmo giro, é aliás o mais giro. Mas faz birras. E pede, muito, a toda hora, que quer colo, que quer atenção, que quer chocolate, que quer quer quer e mais e mais e mais.
E às vezes estou cansada, e assustada, porque nunca sei se lhe diga que não, se lhe diga que sim, estou sempre naquele nim, incerta das decisões que tomo, indecisa nas minhas certezas. Ser mãe é fodido. É mesmo. Principalmente quando se é como eu, meia quadrada, gosto de cada macaco no seu galho, das coisas organizadas e previsíveis. Vem-me aquela coisinha gorda de caracóis (e uma outra que cresce dentro de mim), que sorri com covinhas (já vos falei daquelas covinhas?), que me abraça e diz “amo voxê”, que me tapa quando estou deitada e diz “xaupico fica aqui um miquinho com a mãe tá bem?” Que diz que o meu nome é mãe pinxeza, que se ri tanto que fica com soluços, que brinca a fazer arroz com cáni, que é assim, só e mais nada, a coisa mais espetacular deste mundo, e abala o meu mundo, vira-o de pernas para o ar, tira-me o ar de espanto e pavor, faz-me rever prioridades é hábitos, torna-me, enfim, a mulher mais assustada e mais feliz (e exausta... tão exausta) deste mundo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Check up de prenha - o desastre, o HORROR

Agora que sou uma grávida normal, ou seja, que me posso concentrar em futilidades como o peso e a pele e o cabelo, cá entro eu com hormonalmente capaz de matar um boi à dentada.

Andei ali 5 meses toda bem comportadinha (ou nervosinha, vá) emagrece umas gramas num mês, engorda outras noutro, tudo muito bonito. Chego hoje à consulta, lá vou eu tipo gado ao controlo habitual: tensão, coração do bebe, agora salte lá para a balança. E eu, habituada a ouvir palminhas nesta fase da consulta ouço “EH LÁ!! O que aconteceu este mês, três quilo de enfiada??”
E eu, sorrio, engasgo-me, coro, três, como três, são mesmo três, viu bem, três??? TRÊS?
Sim, três minha menina, vamo lá a fechar a goela.
Venho chorosa para o escritório, paro para marcar almoço, e enquanto desabafo infelicíssima a minha desgraça, peço, para despedida, um frango com batatas fritas. Muitas, que estou deprimida.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Mãzinha, diz-me tu, a quem saio eu afinal?...

A minha rica mãezinha é uma pessoa saudável e ponderada que mama kefir em vez de leite, ou então farta-se e engole 18 bolas de Berlim com 45 cafés depois de 3 dias de jejum em memória do Gandhi. Mamãe reza o terço em frente a uma foto do Dalai lama, dorme 15 sestas porque tem insónias à noite, não toma comprimidos mas dá-nos antibióticos que tem escondidos na carteira ao primeiro espirro.

Isto para vos contar, que a 4 meses de eu dar à luz, com uma amor de uma criancinha que descobriu não sei o quê e agora tem pesadelos, mamãe resolveu, depois de 55 anos sem mexer a peida e 7 maços de tabaco no bucho ao dia, começar a fazer ginastica. Ontem foi o seu primeiro dia. Hoje deu entrada no ginásio as 8.30. E saiu. Às. 13. Da tarde.

Teme-se o pior.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Não sei se vos cheguei a dizer mas...

Na minha primeira gravidez passei os primeiros 4 meses e meio descansadinha da vida, e os restantes em modo automáticópânico. Desta feita, estou desde que fiz o teste de gravidez num aimãeaimãeaimãe dos diabos, e na semana passada relaxei. A mesma ecografia a partir a minha gravidez em duas metades opostas.


Não vos contei mas fui ver o meu Manuel na semana passada. Penso que perdi cerca de 4,5 kg nesse dia, o que numa gravidez afinal é bom, mas o pior é que acho que também envelheci. Para aí 45 anos. O que faz de mim uma grávida magra e velha. Mas continuando, fui ver o meu Manuel. Entrei naquela sala escura a saborear o meu coração que batia a galope debaixo da língua fazendo-me balbuciar sons pré históricos feita adolescente à frente do brad pit, qualquer coisa como blercgerafclomen em vez de olá doutora. Deitei-me na maca fechei os olhos, e apertei as mãos suadas e geladas. É agora. Seja o que Deus quiser.

E quis Deus que a médica fosse anormalmente paciente, a companhia (que infelizmente não pode ser o meu deus grego) fosse anormalmente reconfortante, e as notícias fossem anormalmente maravilhosas.

É estranho passar tanto tempo numa expectativa disfarçada, num pânico miudinho e frenético e ter de repente, numa horinha apenas depois de 21 longas semanas, uma saída em cascata dos poros de tanta coisa recalcada. A descarga é tão grande que equivale a uma corrida. Ao pé coxinho. Enfiada num fato de ski. Na ponte Vasco da Gama. Ao meio dia de um dia de agosto.

E a felicidade vem em forma de copo de água fresco e cama com lençóis de linho depois da maratona. Uma descarga brutal de tanto tempo de espera, tanto medo guardado, tanta paranóia estúpida.

Cheguei a casa e desmaiei na cama, e acordei no dia seguinte…. grávida do meu segundo filho.

Já vos disse que estou grávida?

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dia do pai

Hoje é o dia do pai.
Tenho o meu Adonis, aquele deus grego que para além de ser um bife do lombo que benzádeus, consegue ser o melhor pai do mundo.
E depois tenho o meu pai. Que é o meu pai. Também ele o melhor pai do mundo.
Quando se tem um pai como o meu fica difícil atingir assim o patamar de “fonix como é que o mundo inteiro cresceu se não teve um pai como o meu?” É que não é só o melhor. É completamente exclusivo e único e louco e maravilhoso. É exagerado, histérico, saudavelmente descompensado, incrivelmente genuíno, enfim, é o meu pai, um homem de poucos afetos mas com o coração maior que a via lactea.
Aqui há tempos discutia com umas amigas o frustrante que deve ser crescermos e termos de repente os nossos filhos a querem por e dispor nas nossas vidas. Estou aqui a imaginar o meu salpico a dizer-me que não posso fumar, e tenho de beber menos mínis e o caraças. Yeah right.
 Mas falávamos disso e diziam as minhas amigas (com óbvia razão) que quando diziam este género de coisas era para bem dos pais, aquele irresponsáveis (que nos criaram sabe deus como) e não fazem nada bem.
Eu não concordo. Enfim, podemos dar uns inputs ao de leve, mas caraças ainda ontem nos limpavam o rabo e agora andamos aqui a mandá-los ir ao médico e a sair de casa e a dormir e a não beber. Para exemplificar, contei-lhes um conversa tipo com o meu pai. Que deixou de fumar e beber aqui há uns tempos, mas sendo ele, lá está, o meu pai, compensou tudo isso com uma fome que não lembra ao urso polar. E anafou um bocadinho (nada de especial, só para ai uns 20 ou 50 kg). E às vezes, digo assim levezinho, oh paizinho rico de minha alma, não beba tanta coca-cola. Ao que ele me responde, com toda a legitimidade, carinho e autoridade que lhe competem: “Vá para o caralho”.
Pimbas. É assim que quero ser também. Porque tenho o melhor pai deste mundo… Gosto tanto de si paizinho....

terça-feira, 18 de março de 2014

E agora título para isto?

Ajudem-me almas. O que acontece aos neurónios de uma fêmea neste momento único, mágico e magnifico que é o de conceber uma criança? Hum? Ás vezes chego a ter medo de me perder a vir para o trabalho. Mas não era sobre isto que vos queria falar. Esta merda da Ucrânia e da Rússia está a começar a acagaçar-me. Tanques e fronteiras e invasões, num povo que sobrevive com vodka aos 30 graus negativos mete-me uma cagufa do camano. Agora vem o Obama e as ONUs e o caralho meterem-se ao barulho não tarda estamos aí todos aos estoiros. Mas tambem não era sobre isso que vos queria falar. Bem, francamente já não faço puto de ideia o que me fez abrir o blogger. ... Foda-se ...

Amor a dobrar

quinta-feira, 13 de março de 2014

Estrelinhas e fadas dos dentes

Há uma estrelinha no céu que deve estar toda contente.


Sempre gostei da imagem reileónica de que as estrelas são as pessoas que amamos e estão lá em cima a piscar freneticamente para nós. Acho bonito, a sério que acho, fico só meia azamboada porque, ainda na linha infantilóide da coisa, as estrelas só aparecem de noite, pelo que de dia os mortos cagam para nós, tirando o morto que vive no sol que deve ser o Gandhi e gosta de todos.

Isto de crescer é mesmo complicado. Uma pessoa vai-se desfazendo de crenças e clichés, cria argumentos todos sustentados, lógicos e racionais, e de repente está todo fodido cheio de duvidas, angustias e sem acreditar em nada. Ou isso, ou então é-se preguiçoso intelectual como eu e não se pensa muito nas coisas para evitar crises existenciais.

De qualquer das formas quando é preciso todos nós conseguimos agarraramo-nos a fé, crenças ou mitos que nos dissipem a tristeza ou medo. Pelo menos eu. Quando o meu avô aviador resolveu levar metade do meu coração com ele para sempre fiz isso. Mentalizei-me com muita força que não há problema, não lhe sinto os abraços longos e apertados mas ele está com certeza a olhar por mim.

Por isso, invariavelmente, fico com uma espécie de soluço no peito, misturado com um sorriso orgulhoso, porque sei que o meu avô Manuel está todo inchado com o pequeno Manuel que cresce dentro de mim.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ia escrever sobre o dia dos 3 anos do meu filho, aquela coisinha loira de caracóis, que me pediu de presente de anos ovo dichucuiáti, ia contar-vos o programa que tínhamos, que seria acordar e levá-lo ao toys’r’us, chegar lá e soltá-lo, agora vai à tua vida, escolhe o que mais gostas, é assim um fetiche que me persegue desde que nasci, mesmo sabendo que provavelmente ele ficaria preso nas caixas de pagamento onde estão as gomas e os smartis, ia contar-vos que por este motivo não tínhamos nada embrulhado dentro do armário, para aquele dia de 01 de Março, dia em que (oh meu deus) completou mais um ano aquela pessoa que veio de mim, e depois de uma noite estranhamente mexida, acorda o miúdo a arder em febre, e pior, a vomitar e enjoado, cantámos-lhe os parabéns depois do vimitado, e ele chorava a dizer “num canta mãe num canta”, ia contar-vos isto mesmo, que se adiou a festa e o dia passado de três em três horas a medir febre, e ele chorando enjoado e febril, que queria ovo, xóumovo mãe, e eu de coração nas mãos, a ver-lhe aquelas bochechas gordas encarnadas, sem lhe poder dar o que ele mais queria, que era uma puta de um ovo de chocolate. Ia contar-vos esta odisseia toda, que me levou a passar a tarde do feriado de carnaval no modelo, a encher um carrinho de gomas, smartis e confetis, um carrinho de sonho para qualquer puto, para lhe dar, uma semana depois, a festa de sonho, carregada daquilo que ele mais gosta, que é só açúcar, não é nem bicicleta, nem legos, nem o caraças, são mesmo calorias.
Mas não vos conto. A minha mão está ocupada a sentir um bebé que mexe dentro de mim…

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

eu se fosse homem era paneleiro

Nas leituras de sites de prenhas:
"Tenha em atenção os desejos pouco normais de comer terra ou lascas de gelo. Este estado é mais conhecido por pica e é causado por um deficiência em ferro."

...

(Adonis a próxima vez que me apanhares a pastar leva-me devagarinho ao médico. É falta de ferro e eu posso morder)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Isto não é um baby blog

É só uma baby fase.

Atão, à noite, casal brasa exaurido, Salpico de pilhas duracel aos saltos.
Eu pançuda a lavar os dentes na casa de banho, Adonis a bricar com puto eletrico no quarto.
Puto estica-se:
 _ TU CÁIA-TE.
(eu rio-me sem som)
_ Psht. Então, o que é isto? Ai ai, vamos lá a baixar a bolinha.
_ XAUPICO NÃO BAIXA A BÓINHA. XAUPICO MAN-DA!
Adonis sem reacção no quarto. Eu e barriga a rebolar no chão a rir.
Isto era para dar um estalo ou um abraço? Ai que educar é tão fodido...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Coisas que enervam uma prenha já de si ansiosa

Como fruta (blec). Cortei completemente no alcool (shuif). Cortei em 85% a cafeína (AHHHHHHH). Como sopa todos os dias (oh yeah). Como verdes todos os dias para além da sopa (cross my heart). Ando a pé (canseira). Deixei de dar colo ao meu bebé de 16 kg (xenta mãe, tá cu dóidói?). Besunto-me em cremes todas as manhãs (moro em Sintra, o frio é mentira). Tomo as vitaminas certinhas (sem necessidade de despertador). Deito-me cedo (haveria de haver vantagens certo?). Uso cinta (triste...). Bebo água como se não houvesse amanhã.

Saio à rua para fumar um dos pouquíssimos e finíssimos e fraquíssimos (putaquepariu) dos cigarros que fumo por dia.
_ ESTÁS A FUMAR GRÁVIDA???? ISSO FAZ MAL AO BEBÉÉÉÉÉÉ!!!!
_ (idetomarnocudeumnegrodetrêsmetros) AHHH.... A sério? Obrigadíssima, olha que não fazia ideia, estava convencidíssima que fazia bem, mil obrigadas pelo (caralho) do alerta!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Aventuras de uma prenha (II)

Ar de xitex abusivo: - Salpico quem é que vai ter um mano, quem é quem é quem é?????? Ar seríssimo impávido e sereno: - O Matim. Ar de apanhada desprevenida - Ai sim? Boa. Mas o Salpico tambem vai ter!!! UAU!!!! Ar serissimo impávido e sereno: - Não mãe, é o matim. Eu tentando passar um xitex extremo: - E O SALPICO!! UUUUAAAAAUUUUUUUU Ar zangado: - N-Ã-O M-Ã-E! (pausa, muito sério olhando para mim) É o matim. ......

Aventuras de uma prenha (I)

Ar de xitex abusivo: O Salpico quer um mano? Ar impavido e sereno entrando no carro: Não pexija (precisa) mãe, bigadu. ...

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Bom, então é assim.

Uma mulher engravida, as hormonas disparam, o sono altera, as emoções ficam ao rubro, a esperança mistura-se com o medo, a espera parece interminável, os comentários de terceiros arruínam-nos, a obsessão dispara, a fome também, não se deixa de fumar com remorsos e impotência, a expectativa é deliciosa e palpitante, o maivelho diz mano e bebé na barriga, as lágrimas são fáceis e irracionais, a roupa deixa de servir gradualmente, o cabelo encarapinha, o pavor de inchar como da primeira vez assalta-nos, o dias sobrepõem-se ininterruptamente de uma forma estranha, o sol emigrou como a nossa malta jovem, o nariz entupiu há mês e meio, as insónias são uma realidade (juro), o medo de não amar um segundo como se ama um primeiro impõe-se, a logística futura assusta, os neurónios emigraram com o sol e os tugas, o cansaço é avassalador, a alegria paneleira é esmagadora. Isto tudo para explicar porque fechei o blog há um mês e agora eis-me aqui novamente. E por aí? Novidades?

Cucucrucucu

Estava a brincar, voltei, já não vivo sem esta merda cor de rosa. E estou grávida de 18 semanas. Olá malta!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Uma amiga minha que também andou nisto dos blogs, alertou-me uma vez para conter a vontade de publicitar demasiado o tensão hormonal. Porque um dia ia querer escrever coisas mas não as ia querer assim expostas ao mundo. A verdade é que este blog não é de todo anónimo, muitos me conhecem, e isso começa a ser um bocado limitativo. Assim, como resolução para este ano, aqui a tata está a ponderar serissimamente em terminar este blog. A ver...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Desejos para 2014 tata?

Tudo muito brega e cliché, mas para 2014 quero só e apenas, mais esperança, mais dias quentes, mais calma e paciência, mais sapiência, mais fé, tanta mais fé, mais respostas e menos perguntas, mais gargalhadas do meu filho, mais imperiais em esplanadas à beira mar, mais entrecosto grelhado na brasa, mais beijos na boca daqueles que me deixam tonta, mais conversas profundas à luz da lua, mais daquele dar de mão cúmplice quando temos orgulho juntos do filho que estamos a criar, mais saídas com amigos, mais noites bem dormidas, mais força de vontade para combater o que não gosto, mais sushi feito por mim, mais inspiração, mais força. Para 2014 só quero mais, só um pouco mais de tudo aquilo que 2013 tão bem me presenteou… sou exigente o que querem?