quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Aperto
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
sábado, 25 de outubro de 2014
Finalmente em casa
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Teoria da relatividade
Está tudo bem, ele dorme sossegado, adormece sozinho agarrado ao seu coelhinho, às vezes acorda, sorri para mim, e volta a adormecer. Aqui já me gabaram o menino, ai mãe que bom bebê só tem 3 meses? Abençoada criança! Ai mãe que é um regalo vir aqui só para o ver sorrir, tão sossegadinho mãe, a gente nem o ouve!
E eu fico inchada, com olheiras mas inchada claro... E é engraçado pensar que trocava todos estes elogios pelo meu trombone/dorme no colo/ só me calo a comer de hora a hora que estava saudável em casa há dois meses atrás...
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Parece que há alturas que a vida nos põe à prova. Achamos que a nossa camioneta só dá para 100 kg de areia, nem mais meia grama, e afinal, vai-se a ver e toma lá 18 toneladas e agora salta a ver se não consegues. E realmente conseguimos. parece que um coração elástico de mãe multiplica-nos a força em sintonia com este amor lindo, estranho e às vezes sufocante.
3 meses de Manuel... Não me assustes outra vez assim, está bem?
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Setembro
Lá fora chove e está vento. Moro longe de prédios por isso sente-se logo um temporal nestas condições. Parece que o verão se foi de vez apesar do calor. E esta despedida, nos dias mais curtos, nas praias novamente vazias, nas janelas sarapintadas de água traz consigo a neura do fim antes do recomeço. Odeio esta sensação. Mais pesada agora que estou trancada em casa numa vida regrada de três em três horas quando tudo corre bem. Às vezes parece que vivo ansiando o amanhã e de repente o hoje já se foi e afinal era tão bom....
Esta nostalgia é viciante e assassina. Vou beber um copo de vinho. De janela aberta.
Na verdade sempre gostei do som da chuva, porque não bebê-lo até ao fim?
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Às vezes acho que sou má mãe. Que sou egoísta porque sinto falta do meu tempo e do meu espaço. Às vezes acho que sou má mãe porque tenho momentos em que as costas me doem e eu sinto falta de outro som para além do choro de uma criança. Acho muitas vezes, bem mais do que as que queria, que não nasci para isto, que preciso de ar, de sair, de pensar em algo que não as vezes que o menino cagou. Foda-se que tenho tantos momentos que me sinto uma merda, que quero fugir, fumar uma porra de um cigarro, de me sentar 3 minutos seguidos. Que estou farta de fraldas, farta de me sentir um farrapo humano cujo maior desejo é dormir 3h seguidas. Tenho momentos que estou tão farta desta merda toda! Mas depois eles sorriem. O mais velho chama-me pinxeja, e o pequenino ri-se só com um lado da boca quando lhe pego pela milésima vez... E então acho que não sei fazer mais nada a não ser fazê-los felizes...
Cabrões.
sábado, 30 de agosto de 2014
Eu queria contar-vos as novidades de uma forma cômica e leve. Mas não há nada de cômico e muito menos de leve no desejo urgente de uma boa noite de sono. Sendo que uma boa noite de sono para mim agora seriam 3 intervalos de 3 horas seguidos. Eu já não peço que o meu filho durma toda a noite, credo, não sou tão ambiciosa. Queria só 3 intervalos seguido de 3 horas...
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Um mês...
Um mês de ti Manuel. Um mês de descoberta, um mês de colo excessivo, um mês do teu cheirinho que é tão bom. Meu pequeno e barulhento trombone. Cresce depressa, preciso urgentemente de um sorriso teu.
sábado, 9 de agosto de 2014
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Update
O Manuel mama de duas do duas horas. E acorda pelo meio.
O salpico está com febre.
A instituição para a qual trabalho morreu e agora chama-se novo banco.
Estou oficialmente apavorada.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Olá, o meu nome é tata e sou oficialmente mãe de dois filhos.
Dia 16, conforme agendado, lá fui eu para o hospital. De manhã, o meu adonis levou o meu salpiquinho de gente a escola. Quando vi o carro partir, partiu-se também o meu coração, naquele adeus despegado e seguro do meu filho mais velho. E eu, pançuda e nervosa, a saber que aquele seria o dia que mudaria a sua vida de filho único para sempre.
O parto correu bem, num curto espaço de tempo, que juntou lágrimas, tremores incontroláveis, e por fim aquele choro tão forte que assinalou a chegada do Manuel ao mundo. E eu, toda eu hormonas, num misto de medo, pânico, amor inigualável, chorei todas as lágrimas de uma vida quando o vi pela primeira vez.
Ser mulher é fodido. Não falo pelas dores físicas, mesmo eu que sou a maior paneleira desta terra. Falo do choque brutal a que somos expostas nisto de ser mãe. Falo do medo, do amor tão forte que dói. O meu salpico reagiu maravilhosamente à chegada do mano. O dia que nos foi ver, lá se catapultou novamente uma catarata imensa de emoção e amor, ao vê-lo sorrir nervoso para o Mano. 'O Mano já chegou!' Chegou sim salpico. E sei que será o melhor presente que te poderia ter dado na vida. Mas neste momento, oscilo balançante na alegria imensa, e na a dor sempre que me afastas um bocadinho, defendendo-te do meu inevitável afastamento que vem desde o final da gravidez.
Putas de hormonas.
Mas estou feliz. Vou agora ali chorar um bocadinho, acabei de ver uma mosca suicidar-se de encontro ao vidro da sala.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
A dia e meio de te ver
Count down à séria. Depois de amanhã por esta hora lá estarei eu toda grog com o Manuel nos braços. Estou nervosa como qualquer paneleira que tem medo de hospitais que se preze estaria, mas neste momento o mau estar físico suplanta, e de que maneira, o pavor. Dói-me toda e qualquer articulação deste mutilado corpinho, dói-me a bacia e os rins, tenho as mãos inchadas. Mais que tudo tenho a alma num nervosismo histérico de fêmea mãe, numa curiosidade carregada de beijos por dar ao que lá vem, e numa nostalgia profunda pelo que isso alterará a vida do que já cá está....
Ai tempo de um cabrao... Não sei se te quero urgente, se te quero lento...
sábado, 5 de julho de 2014
Ponto de situação
Falta uma semana e 3 dias.
Fui finalmente pôr as patas na areia.
Engordei até agora 8 kg.
Estou num misto de medo e xitex.
Agora já não há nada a temer, já tenho data marcada mas se o Manuel nos quiser conheces mais cedo pode vir!
O meu salpico goza os últimos momentos como filho único e isso dá-me uma ligeira vontade de chorar.
Estou calma. E feliz. Numa espera que é agora doce...
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Uma vez mais à espera. Odeio esperar, já vos disse?
As coisas momentâneas tem um poder sobre mim terrível, de inevitabilidade e eternidade. Assim, quando estou a sofrer sofro de corpo e alma, como se o destino me estivesse a colocar naquela situação de forma eterna. Por isso lido tão mal com a espera. Ah que só faltam 4 semanas, tem paciência. Paciência uma porra. 4 semanas com medo, com dores, 4 semanas a ver o tempo ir devagarinho como tudo custa-me uma vida. Se vale a pena? Sou impaciente mas não sou estúpida, claro que vale. Olho para a minha amostrinha de gente, coisa mais querida, tão preocupado com a mãe, e sei que vale a pena. Vale isto que estou a passar e muito mais. Mas não é por isso que passa a ser fácil.
Bom, estive internada, contrações fortes, depois daquele enxovalho de maleitas que me deixaram de banda. E eu sou uma pessoa que lida mal, muito mal, não só com a espera mas com os hospitais também. O que torna o tempo de espera num hospital um verdadeiro terror. Já estou de volta a casa, sossegadinha como manda a lei, aliviada, mas sempre cm aquela pontadinha de ai Jesus e se?
Sabiam que os elefantes estão dois anos prenhos? Tá-se bem... afinal tá-se beeeeeeeem.......
(visita do nenuco, delirou com a cama articulada e mostrou 258 vezes à enfermeira o meu soro: Óia o dódoi da mãe xôdotoia, ÓIA!!!)
domingo, 8 de junho de 2014
De baixa...
Como aproveitar uma baixa de gravidez para suporto repouso? Começa-se com um filho mais velho doente, segue-se uma gastroenterite e finaliza-se com umas dores de costas de me fazerem chorar feita criança...
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Bandidos, é agora ou nunca
Agora vou só ali à casa de banho porque estou com algumas contrações histéricas e venho já.
Divirtam-se a ler a notícias abaixo.
ins-pi-ra
São polícias, mas saíram do patrulhamento para dar "caça" às tampinhas. São precisas 20 toneladas para fazer uma bandeira de Portugal gigante para o dia 10 de Junho.
O projecto, denominado "Bandeira da Esperança" e anunciado pelo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, visa apoiar a selecção nacional de futebol e algumas instituições de solidariedade social, mas tem também outro intuito: que a bandeira entre no livro de recordes do Guinness.
O problema, diz o Sindicato Unificado de Polícias (SUP), é que os polícias envolvidos na iniciativa não são voluntários e até perderam o direito às folgas. À Renascença, o presidente do sindicato, Peixoto Rodrigues, diz que nunca pensou que o envolvimento "chegasse ao ponto de colocar cerca de 15 polícias diariamente a separar tampinhas".
"A polícia retirou elementos da área operacional, cortando-lhes até as folgas, para estarem a fazer aquele serviço, que não faz parte dos conteúdos funcionais da polícia e em nada contribui para uma boa imagem dos polícias e da PSP", critica.
Peixoto Rodrigues lamenta que, "quando recentemente a polícia apresentou uma nova imagem, continua-se a assistir, internamente, a este tipo de comportamentos".
O presidente do SUP diz ainda à Renascença que já se queixou ao Comando de Lisboa e, na reunião que teve, ficou com a ideia que a direcção não sabia que o trabalho não está a ser feito de forma voluntária.
Peixoto Rodrigues afirma que avançou com a denúncia porque recebeu "telefonicamente e pessoalmente queixas de elementos policiais que se sentem de alguma forma constrangidos por estarem a fazerem aquele tipo de serviço e até se sentem humilhados".
Contactado pela Renascença, fonte oficial do comando da PSP promete investigar se há agentes a separar tampas contra a sua vontade, mas sublinha que se trata de um projecto altruísta e humanitário, que deve ser concretizado de forma voluntária
quinta-feira, 22 de maio de 2014
90 anos de vóvó
- Sim, diga.
- Olhe, diga à avó que o presente de anos da avó chega segunda feira. (silêncio) Diga-lhe que mandei vir de espanha a Vogue com o Critiano Ronaldo tooodo nu!!!
(Mãe foi repetindo enquanto eu falava, oiço avó lá atrás)
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
(pausa para respirar do xitex. e finaliza da seguinte forma)
- Pena aquela Irina à frente.....Não faz mal, recorto-lhe a cara e meto a minha!
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Maravilhas da prenhez
Estou de 31 semanas, praticamente a rebentar pelas costuras. Quando morrer a primeira coisa que pergunto a Deus é o porquê de tanto tempo nisto.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Coisas que não faço questão de ouvir
Não. Não fico feliz. Mesmo. Foda-se.
TÁS A COMER DE NOVO?
Não estou a estou a contar acaros caralho, não se vê logo?
terça-feira, 13 de maio de 2014
Saudades com um ano
Fé.
Fé é diferente.
Tenho alturas em que a sinto de tal forma que parece que a posso agarrar e mostrar ao mundo. Tenho outras que não a sinto, prevejo-a apenas, mais com esperança do que com crença. Pilar de fé, para mim, foram e são os meus avós. E hoje, dia da Nossa Senhora dos portugueses faz um ano que tive de passar a olhar para esse pilar com os olhos do coração. E o meu coração, às vezes, fecha-me os olhos à bruta deixando-me às escuras.
Tenho saudades, tantas saudades que dói...
No dia de Nossa Senhora, símbolo de mãe, alvo de uma enorme devoção do meu avô, relembro o dia em que a minha vida ficou mais pobre, sem aquele pai ao quadrado, sem aquele poço sem fundo de bondade, altruísmo, e orgulho nos seus.
Hoje, é o seu dia avô Manuel. O dia de Nossa Senhora de Fátima.
Olhe por mim sim?
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Estou feliz…
Falei-vos vagamente que o meu Rabanadas começou com pesadelos. Não sei quem sofria mais, se ele se nós, mas andamos aí 2 mesitos aflitos, oh meu Deus que ele não é feliz, ai Jesus que agora tem medos, onde já se viu, filho meu com medos, e o puto, cabrão como só um puto de 3 anos pode ser, passou do medo real, ao espera aí que se abriu aqui uma janela de oportunidades para ser o boss. E então, entre olheiras e noites interrompidas, colchões no chão e leites a meio da noite, começamos a perceber que estávamos a ser totalmente manipulados por aquele pequeno adorável ser. Salpico não lambas o chão, AI MÃE ÓIA OS LEÕES MÃÃÃÃE, pronto lambe lá a merda do chão.
Estou mesmo mesmo feliz caraças.
A minha barriga está a sofrer uma metamorfose assustadora. Ontem quando adormeci chegava aos pés, hoje de manhã não consigo calçar meias. E mexe-se, tanto mas tanto. Só que custa-me andar, e tenho sono e azia, custa-me o colo que o meu caracolinhos de sol ainda pede.
Às vezes à noite riu-me sozinha com a mão na barriga.
Vai daí que abrimos guerra. Um, dois, três, diga lá outra vez. ACABOU-SE. Xaupico ké, xaupico pode e xaupico manda, foi um reinado que terminou (pausou, eu sei, nós adoramos eternizar estes sucessos). E não é que o puto percebeu. Aceitou. E obedeceu?
Faltam dois meses e meio. E estou feliz à séria.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Amor em forma de tempo
segunda-feira, 31 de março de 2014
Ser mãe e o caraças....
quinta-feira, 27 de março de 2014
Check up de prenha - o desastre, o HORROR
Andei ali 5 meses toda bem comportadinha (ou nervosinha, vá) emagrece umas gramas num mês, engorda outras noutro, tudo muito bonito. Chego hoje à consulta, lá vou eu tipo gado ao controlo habitual: tensão, coração do bebe, agora salte lá para a balança. E eu, habituada a ouvir palminhas nesta fase da consulta ouço “EH LÁ!! O que aconteceu este mês, três quilo de enfiada??”
E eu, sorrio, engasgo-me, coro, três, como três, são mesmo três, viu bem, três??? TRÊS?
Sim, três minha menina, vamo lá a fechar a goela.
Venho chorosa para o escritório, paro para marcar almoço, e enquanto desabafo infelicíssima a minha desgraça, peço, para despedida, um frango com batatas fritas. Muitas, que estou deprimida.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Mãzinha, diz-me tu, a quem saio eu afinal?...
Isto para vos contar, que a 4 meses de eu dar à luz, com uma amor de uma criancinha que descobriu não sei o quê e agora tem pesadelos, mamãe resolveu, depois de 55 anos sem mexer a peida e 7 maços de tabaco no bucho ao dia, começar a fazer ginastica. Ontem foi o seu primeiro dia. Hoje deu entrada no ginásio as 8.30. E saiu. Às. 13. Da tarde.
Teme-se o pior.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Não sei se vos cheguei a dizer mas...
Não vos contei mas fui ver o meu Manuel na semana passada. Penso que perdi cerca de 4,5 kg nesse dia, o que numa gravidez afinal é bom, mas o pior é que acho que também envelheci. Para aí 45 anos. O que faz de mim uma grávida magra e velha. Mas continuando, fui ver o meu Manuel. Entrei naquela sala escura a saborear o meu coração que batia a galope debaixo da língua fazendo-me balbuciar sons pré históricos feita adolescente à frente do brad pit, qualquer coisa como blercgerafclomen em vez de olá doutora. Deitei-me na maca fechei os olhos, e apertei as mãos suadas e geladas. É agora. Seja o que Deus quiser.
E quis Deus que a médica fosse anormalmente paciente, a companhia (que infelizmente não pode ser o meu deus grego) fosse anormalmente reconfortante, e as notícias fossem anormalmente maravilhosas.
É estranho passar tanto tempo numa expectativa disfarçada, num pânico miudinho e frenético e ter de repente, numa horinha apenas depois de 21 longas semanas, uma saída em cascata dos poros de tanta coisa recalcada. A descarga é tão grande que equivale a uma corrida. Ao pé coxinho. Enfiada num fato de ski. Na ponte Vasco da Gama. Ao meio dia de um dia de agosto.
E a felicidade vem em forma de copo de água fresco e cama com lençóis de linho depois da maratona. Uma descarga brutal de tanto tempo de espera, tanto medo guardado, tanta paranóia estúpida.
Cheguei a casa e desmaiei na cama, e acordei no dia seguinte…. grávida do meu segundo filho.
Já vos disse que estou grávida?
quarta-feira, 19 de março de 2014
Dia do pai
Tenho o meu Adonis, aquele deus grego que para além de ser um bife do lombo que benzádeus, consegue ser o melhor pai do mundo.
E depois tenho o meu pai. Que é o meu pai. Também ele o melhor pai do mundo.
Quando se tem um pai como o meu fica difícil atingir assim o patamar de “fonix como é que o mundo inteiro cresceu se não teve um pai como o meu?” É que não é só o melhor. É completamente exclusivo e único e louco e maravilhoso. É exagerado, histérico, saudavelmente descompensado, incrivelmente genuíno, enfim, é o meu pai, um homem de poucos afetos mas com o coração maior que a via lactea.
Aqui há tempos discutia com umas amigas o frustrante que deve ser crescermos e termos de repente os nossos filhos a querem por e dispor nas nossas vidas. Estou aqui a imaginar o meu salpico a dizer-me que não posso fumar, e tenho de beber menos mínis e o caraças. Yeah right.
Mas falávamos disso e diziam as minhas amigas (com óbvia razão) que quando diziam este género de coisas era para bem dos pais, aquele irresponsáveis (que nos criaram sabe deus como) e não fazem nada bem.
Eu não concordo. Enfim, podemos dar uns inputs ao de leve, mas caraças ainda ontem nos limpavam o rabo e agora andamos aqui a mandá-los ir ao médico e a sair de casa e a dormir e a não beber. Para exemplificar, contei-lhes um conversa tipo com o meu pai. Que deixou de fumar e beber aqui há uns tempos, mas sendo ele, lá está, o meu pai, compensou tudo isso com uma fome que não lembra ao urso polar. E anafou um bocadinho (nada de especial, só para ai uns 20 ou 50 kg). E às vezes, digo assim levezinho, oh paizinho rico de minha alma, não beba tanta coca-cola. Ao que ele me responde, com toda a legitimidade, carinho e autoridade que lhe competem: “Vá para o caralho”.
Pimbas. É assim que quero ser também. Porque tenho o melhor pai deste mundo… Gosto tanto de si paizinho....
terça-feira, 18 de março de 2014
E agora título para isto?
quinta-feira, 13 de março de 2014
Estrelinhas e fadas dos dentes
Sempre gostei da imagem reileónica de que as estrelas são as pessoas que amamos e estão lá em cima a piscar freneticamente para nós. Acho bonito, a sério que acho, fico só meia azamboada porque, ainda na linha infantilóide da coisa, as estrelas só aparecem de noite, pelo que de dia os mortos cagam para nós, tirando o morto que vive no sol que deve ser o Gandhi e gosta de todos.
Isto de crescer é mesmo complicado. Uma pessoa vai-se desfazendo de crenças e clichés, cria argumentos todos sustentados, lógicos e racionais, e de repente está todo fodido cheio de duvidas, angustias e sem acreditar em nada. Ou isso, ou então é-se preguiçoso intelectual como eu e não se pensa muito nas coisas para evitar crises existenciais.
De qualquer das formas quando é preciso todos nós conseguimos agarraramo-nos a fé, crenças ou mitos que nos dissipem a tristeza ou medo. Pelo menos eu. Quando o meu avô aviador resolveu levar metade do meu coração com ele para sempre fiz isso. Mentalizei-me com muita força que não há problema, não lhe sinto os abraços longos e apertados mas ele está com certeza a olhar por mim.
Por isso, invariavelmente, fico com uma espécie de soluço no peito, misturado com um sorriso orgulhoso, porque sei que o meu avô Manuel está todo inchado com o pequeno Manuel que cresce dentro de mim.
sexta-feira, 7 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
eu se fosse homem era paneleiro
"Tenha em atenção os desejos pouco normais de comer terra ou lascas de gelo. Este estado é mais conhecido por pica e é causado por um deficiência em ferro."
...
(Adonis a próxima vez que me apanhares a pastar leva-me devagarinho ao médico. É falta de ferro e eu posso morder)
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Isto não é um baby blog
Atão, à noite, casal brasa exaurido, Salpico de pilhas duracel aos saltos.
Eu pançuda a lavar os dentes na casa de banho, Adonis a bricar com puto eletrico no quarto.
Puto estica-se:
_ TU CÁIA-TE.
(eu rio-me sem som)
_ Psht. Então, o que é isto? Ai ai, vamos lá a baixar a bolinha.
_ XAUPICO NÃO BAIXA A BÓINHA. XAUPICO MAN-DA!
Adonis sem reacção no quarto. Eu e barriga a rebolar no chão a rir.
Isto era para dar um estalo ou um abraço? Ai que educar é tão fodido...
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Coisas que enervam uma prenha já de si ansiosa
Saio à rua para fumar um dos pouquíssimos e finíssimos e fraquíssimos (putaquepariu) dos cigarros que fumo por dia.
_ ESTÁS A FUMAR GRÁVIDA???? ISSO FAZ MAL AO BEBÉÉÉÉÉÉ!!!!
_ (idetomarnocudeumnegrodetrêsmetros) AHHH.... A sério? Obrigadíssima, olha que não fazia ideia, estava convencidíssima que fazia bem, mil obrigadas pelo (caralho) do alerta!