domingo, 28 de junho de 2015

Putos de buço a mandar-me à merda


Os meus filhos estão crescidos. O mais velho então, dá-me bailes diários de Independência e sofisticação intelectual, as piadinhas de outrora já são, tantas vezes, respondidas com um Oh mããe…

O meu recém nascido escuro e de 12 kilos vai fazer um ano. Está uma gracinha que só visto, às 3 da manhã senta-se e bate palminhas. Um ano, onde já se viu isto.

Estou à espera daquele momento em que, sem eu estar de todo à espera, os meus filhos me mandam à  merda de voz grossa e buço… Não sei se estou preparada.

Por outro lado, a independência deles é espetacular porque nos liberta a nós. Quando somos pais, não sabemos, mas viramos escravos. Escravos de horas, de sopas, de biberãos, de fraldas atafulhadas com merda. E super heróis também, constantemente a salva-los da morte, ou à beira da piscina, ou de boca aberta prontos a engolir uma carocha de meio kilo. Nem nos apercebemos, porque eles são manhosos, mas de repente não mandamos nas nossas horas, as conversas são constantemente interrompidas com um BOA, PARA COM ISSO, OLHA QUE CAIS, PALIMHAS OLARÉ PALMINHAS! E poder acabar uma conversa, ou uma refeição é de facto um luxo. Afinal sim, estou preparada para ser mandada à merda por putos de buço. Quero beber uma garrafa de vinho inteira sentada. Sem me levantar uma única vez.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Decisões

Todos os dias tomamos decisões na nossa vida. Todos os segundos são, aliás, decisões que tomamos. Se viramos  à esquerda, se viramos à direita, se sorrimos ou se vamos sérios, se tomamos o pequeno almoço em casa, se o tomamos antes em frente ao computador. E todas as decisões que tomamos têm, inevitavelmente, consequências.
Eu não me considero uma pessoa ambiciosa. Pausa. Mentira. Eu sou a pessoa mais ambiciosa deste mundo. Porque anseio a felicidade, minha e dos meus. E por isso, toda a minha vida é delimitada por micro e macro decisões que considero no momento que as tomo que me levarão neste sentido: o de ser e fazer felizes queres que amo.
Moro a uma hora e meia do meu local de trabalho. Tenho de ir de carro até ao comboio, faço 40m de caminho, saio com a multidão dos subúrbios e ainda me esperam cerca de 20 m de caminhada. Ás vezes, depois daquelas estóicas noites do Manuel, chego ao escritório (ainda vazio por pelo menos uma hora) impreterivelmente às 8:30 da manhã, e tenho vontade de chorar de cansaço... Porque depois começa o dia, os mails, os telefones, as horas a passar. E eu, mesmo que esteja num dia com menos trabalho, passo o dia sempre na pressão da hora que tenho de sair, impreterivelmente às 4:30, para poder apanhar o meu segundo filho às 6:30 na escola.
Não me queixo, mas sei que sou criticada, sei que sou olhada por todos os outros que tantas vezes é pelas 4:30 que começam desenfreadamente a trabalhar. E me olham de esguelha, olha-me esta sortuda, ainda vai para a praia. E sim, tem dias, com finais de tarde mornos e solarengos, que ainda consigo ir com os meus dois filhos molhar os pés no mar.
Foi a decisão que tomei para a minha vida. Esta de ver os meus filhos sujos de terra. Esta de ser eu a dar-lhes banho todos os dias para os deitar cedo e sem remorsos para um copo de vinho a sós com o meu marido. 
Não serei rica de certeza. Corro inclusive o risco de ser empurrada para o lado (ou para fora...) numa altura de restruturações profundas no sítio onde trabalho. Mas foi esta a decisão que tomei. A de ser feliz.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Desculpem a ausência.
Nem sei bem que vos diga, estou tipo bué estranha. Imaginem que tenho uma lesão tipica de que "pratica muita atividade fisica". Só para verem o nível da coisa. Ganda smile.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tempo


Ontem, enjoada e cansada da gastroenterite que me lançou numa espécie de coma versão detox apurada, tive de sair para ir buscar os meus filhos à tarde. Normalmente vou sempre buscar o mais novo primeiro que me recebe numa gatinhada frenética e suicida com grunhos de alegria (dito assim parece estranho mas é um amor). Fui alertada para a festa. E eu para mim, oh fonix, mas que festa, se já foi o dia da mãe, dia do pai, dia da criança…. Festa de final de ano mãe.

Festa de final de ano?... COMO ASSIM???? Aquela que eu ainda ontem, pançuda e exausta, fui ver o meu salpico loirinho mascarado à santos populares, cantar com ojamigos na rua “A primavera chegooooou”???

Essa mesmo.



Oh caraças. Que o tempo está a voar. Que agora vou ver não um boneco de caracóis cantar um hino à primavera, mas um rapagão a fazer uma demonstração de judo, com outro gigantesco ser de um ano ao colo.

Ainda não estou em mim com o sprint que o tempo me está a dar….

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Um feriado à maneira

Pois que se chega a casa, com a boca toda anestesiada depois de quase duas horas no dentista, mal disposta e cansada. E a má disposição lança-me na casa de banho até 3 kilos depois. Feriado passado a dormir, literalmente a dormir, com uma tosta integral no bucho, e duas crianças carregadas de energia a destruírem uma casa e a paciência de um santo Adonis...

Hoje estou melhorzinha, obrigada. Mas ainda mal me consigo mexer...

terça-feira, 9 de junho de 2015

três semanas :)

e faz três semana que não fumo. diz a app que instalei que já já vão quase 500 cigarros não fumados (nojo) e quase 100 euros poupados. Independentemente disto, e melhor que tudo isto, tenho muito mais energia, as jolas sabem-me igualmente bem, tenho mais tolerância com os meus filhos, tenho sensações de euforia tipo a vida é bela e tal e coiso, de tal forma que comecei a correr... enfim. who he fuck are you?
:)