sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Já não escrevo há muito tempo, é verdade, mas ultimamente tenho vivido muita coisa, falha-se-me a capacidade de mandar cá para fora, é que fiz 30 anos, já vos tinha dito, e parecendo que não 30 já é muita fruta, depois foi o trabalho, muito, o filho que cresce e nem sempre consigo acompanhar, é a expectativa do amanhã, gerir expectativas é fodido, há sempre um misto de medo e esperança, uma confusão interior do caraças, veio o Natal que é uma altura bonita, sim senhor, junta-se a família, as crianças em euforia, mas faltou-me um pilar de todo o tamanho, faltou-me o meu avô, oh santito gosto tanto de a ver, e natal sem avô fica assim como o presépio sem o menino Jesus, também me irrita a loucura dos presentes a exigência das famílias que agora são muitas e o Natal é só dia e meio, mas gosto das arvores enfeitadas, do cheiro a sobremesa, da lareira acesa e das gargalhadas de quem amamos, há também o meu feitio, parece que muda dia sim dia não, não sei o que se passa sinto-me sempre numa mutação cansativa, e a falta de tempo, isso sim, é uma real bosta que uma pessoa se for a ver bem, a vida são dois dias e às vezes tenhom um medo do caralho de não a aproveitar como deve de ser.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Oh trintona?! Quem eu?????

Assim de repente, sem eu dar bem conta como, fiz trinta anos. Trinta, assim, sem dó nem piedade. É que, para mim, trinta é assim muuuuito à frente. Pois se eu me lembro de escrever as idades nos meus pais nas fichas de inicio de anos escolares e eles estarem nos trinta como é que caraças eu já lá cheguei? Trinta anos de vida fez aqui o je, ex universitária (mas não foi ainda ontem???)a ex estagiária, ex noiva, ex miúda. Trabalho já há 8 anos, estou efetiva, casei e sou mãe de um puto que diz fodaxe. Comprei casa, tenho um cão, conduzo, pago as minhas contas. Acorda Tata Maria, que essa miúda de ontem que pedia semanada para comprar tabaco às escondidas, fez-se mulher, uma trintona aliás. E não, os teus pais já passaram os 50, os teus pais já são a-v-ó-s. Estou que não me aguento. Agora vou ali à casa de banho procurar cabelos brancos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Ouve a tua mãe

_ Amo mi mãe. Também te amo, sabes filho? Mas olha, tenho de te dizer porque te vejo crescer sem pedir licença, e não tarda és homem feito e eu velha gaga. Amo-te muito, amando-me sempre primeiro. Não precisas de franzir esse sobrolho. Não me amo mais, amo apenas primeiro. É tão simples como as mascaras de oxigénio que caiem primeiro para as mães nos aviões. É que antes de ser tua mãe, era mulher sabias meu amor? E não sou uma mulher qualquer filho, sou exigente. Acho que sabes isso sempre que te ralho porque queres maaiiiis qualquer coisa. Não tolero algumas coisas, e a primeira de todas é que não saibas aproveitar essa vida que te corre nas veias, essa vida que te dei. Não te quero para mim eternamente, mas exijo que sejas feliz, ou pelo menos, que nunca desistas de lutar por seres feliz. Cada qual sabe de si, mas olha filho, dá-me cá essa mão gorda e olha-me nos olhos. Amo-te assim com a força de um tsunami, louca e desvairadamente, mas amo-me primeiro, porque te quero feliz, e toda a gente sabe que a melhor forma de ensinar é dando o exemplo. E eu quero dar-to sempre, mostrando-te não só que sou feliz, como faço por ser feliz. Não tenho medo da tristeza, ela faz parte da vida, e tempera-nos a alegria sempre que se vai embora. Erro muito, e por mais que me esforce sei que o farei contigo também. Mas isso é viver. Cair e aprender. Ouve-me bem filho, porque ninguém te amará como eu te amo. Não olhes para trás, vai sempre em frente. Ama-te desmedidamente. Cai e levanta-te. Bebe a vida de shot. Chora muito, as lágrimas lavam-nos a alma, e infeliz é aquele que não sabe chorar. Ri-te mais. Quando amares entrega-te, não tenhas medo de sofrer, atira-te ao abismo do calor da paixão, faz amor debaixo da lua. Apaixona-te pela primeira, segunda e terceira vez. Planta uma árvore. Faz um filho. Escreve um livro. Faz-te homem e sê feliz. Estou-me cagando se tiras um curso ou se viras carpinteiro, mas ai de ti que não sejas feliz. Vou estar aqui de olho em ti. Um beijo da tua mãe.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Aqui estou eu, desde as 7:35 à espera que algum comboio dos declarados serviços minimos, com o maravilhoso som de fundo num looping esquizofrenico 'srs passageiros informamos que por motivos de greve estão a haver ALGUMAS perturbações na circulação' e eu com uma vontade alucinante de me atirar feita desvairada à puta da coluna que me diz esta frase consecutivamente e parti-la ao pontapé..

sábado, 2 de novembro de 2013

Esgotam-se-me os temas as vezes... não é bem os temas, é a forma de os mandar cá para fora. Escrever sempre  foi para mim uma lavagem da alma e do coração. Neste momento estou para aqui cheia de vontade de escrever mas nem sei bem por onde comece. Tenho como som de fundo as gargalhadas completamente histéricas do meu salpico, que brinca com o meu adonis numa tentativa de adiar o banho. Acendi a lareira, e está uma noite linda, aqui no campo onde moro.
Hoje trouxe a minha avó cá a casa. Aproveitamos o sol e sentamo-nos lá fora. comemos ameijoas e salmão grelhado, a acompanhar um vinho do meu cunhado. Ouvia-a, meu deus como adoro ouvi-la, lá no alto da sua sabedoria de 89 anos, toda ela muito direita, toda ela impecável  e divertida com o seu copo de vinho. Diz-me que viver é bom. Só assim. Olha filha, que coisa tão boa estar aqui consigo, dê-me cá mais um copinho, viver é tão bom não é? E eu sorrio. Caramba, às vezes inquieto-me com merdices que não interessam ao menino Jesus, e vem a minha avó, senhora de si e do mundo, que enterrou em dois anos um filho e o seu companheiro por 68 anos de vida, e diz-me, sorrindo matreira atrás do vinho que beberica, que viver é bom. Toma lá e embrulha. É isso mesmo, viver é bom....

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sabes uma coisa?

É tudo relativo, sabes mana? Sou uma pita, bem sei, mas tenho uma avó milenar que me ensina a arte de viver com a alma, tenho um avô aviador no céu, e tive de aprender a matar saudades sem o ver. E sei, sabendo que sou uma pita, que é tudo relativo. Que a pimenta da dor é temperada pelo tempo, que ora acrescenta, ora retira, mexe a panela que é a nossa vida com uma força hoje que amanhã será outra. O meu filho agora cozinha comigo à noite, acho que já te tinha dito. Sobe uma cadeira, e guincha de felicidade ao colocar o sal e a pimenta na carne. Depois de o fazer lambe os dedos gordos e trinca pedras de sal. Ralho com ele, mas vejo o prazer que lhe dá, a pedra temperada. Depois pede-me agua, e vai-se a fortaleza de mar na boca. Porque tudo é relativo, e a nossa vida vai sendo temperada ora com mãos gordas e inexperientes, que atiram pedregulhos de sal, ora com mãos sábias e calmas, que sabem a quantidade certa de sabor que nos dá prazer. O que hoje nos faz felizes não é necessariamente o que precisamos para amanhã. A verdade é esta. Por isso, vale-nos despejar a alma de certezas, porque sabes, a única que podemos ter seguramente, é que um dia passaremos a estrela como o meu avô. Tudo o resto é relativo, tão relativo… mas é bom sentir, engolir as lágrimas quentes, saborear-lhes o calor salgado, saber que cada uma delas significa uma coisa, e que às vezes não significa nada. E o que hoje as faz correr, não será necessariamente o que nos fará chorar amanhã. E depois há magia da tempestade que passa, do sol que volta a brilhar, e que sabe, sem duvida, tão melhor depois da queda que dói. Já te disse uma e outra vez. Tudo é relativo. O que nos move hoje, não será o que nos fará andar amanhã. Andes ou pares, chores ou rias, eu estarei aqui.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fodaxe digo eu!

O que é que podia ser pior do que sair do dentista com o orçamento de 1000 euros para me devolverem o sorriso, com meio cranio anestesiado? Uma viagem de 45m de comboio na linha de sintra EM PÉ, uma molha do caralho para chegar ao carro, e, molhada que nem um pinto e com a sensação que metade da minha cara morreu, O CARRO NÃO PEGAR NO CABRÃO DO DIA A SEGUIR Á INSPEÇÃO!!!!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Parece que não mas tem tudo a ver

Perguntam-me, qual a grande diferença na tua vida desde que foste mãe? Esta até parece daquelas perguntas de rasteira daqueles exames filhos da puta dos tempos de faculdade em que as que errávamos descontavam no resultado final... e sim, este é um exercício quase impossível, o de nomear a graaande diferença em mim, na minha vida, desde que me estoirou um salpico na vida. Tudo começou na gravidez, logo uma prova de fogo à minha capacidade de amar o ainda invisível. Mais que esse amor, que já vinha testando na espécie de fé que habita em mim, foi a paciência... a capacidade de esperar (quem me conhece sabe que não sou pessoa dada a espera). Depois foi o choque, eh caraças que de repente conseguir lavar os dentes sem sair de escantilhão para socorrer um choro esfaimado virou o momento áureo do dia. A falta de tempo para mim aliada ao cansaço profundo das primeiras noites de um filho (no meu caso as primeiras noites foram cerca de 360, mais uma prova aqui para a amante do sono) foi de facto um estalo na fronha. Mas depois isto do tempo é de facto relativo, e num instante de pânico passa-se a paixão, assim numa velocidade estonteante. Ai que o menino sorri, e o refego benzadeus, vontade de te morder esses pés. O cheiro, o sorriso, as primeiras palavras. A vida encaixa-se nesta nova realidade de uma forma tão natural que quando damos por nós, oh diabo, que já não sei viver sem este meu pequeno ser infernal. Toda eu me derreto, toda eu me desmancho naqueles abraços, risinhos, vozinha estridente na birra e no 'amo mi mãe' que me diz meloso. E com este amor vem uma espécie de pânico miudinho. É este um estado de espirito que acompanha lado a lado este amor soberbo e tsunamico, um pânico miudinho que o miúdo sofra, que caia, que se magoe... é estupido, bem sei, todos nós sofremos e é aliás da dor que tiramos a maior parte das grandes lições de vida. Mas uma coisa é sermos nós a sofrer. Outra são os nossos filhos.
Isto tudo para vos dizer que, depois de muito matutar na grande diferença na minha vida, e vem ela regada com o tudo o que descrevo a cima, é que ganhei um medo que nunca tive. O medo de morrer, de deixar de ver aqueles refegos virarem corpo de homem, de não lhe acompanhar o crescimento, a primeira redação, a primeira bezana, a primeira queca (aqui não é acompanhar acompanhar, mas vocês percebem o que eu quero dizer). Pior. O ele passar por tudo isso e não se lembrar de mim, a desgraçada que o pariu e o ama assim para lá de desvairadamente.
Coisa meia mórbida esta, mas que me tem acompanhado alguns pensamentos, este pânico miudinho, ai jesus se eu lhe falto, quem o amará assim de corpo, alma e coração como eu?
Maneira que estou numa fase de bullets. Dar prioridade àquilo que é importante, redefinir novos hábitos, tornar-me, caramba, numa espécie de mulher saudável.
Mi aguardem.

Aqui à beira chuva plantada

Tata divaga entre o escrever sobre trabalhar com femeas, resoluções drásticas já tomadas sem sucesso noutras alturas da vida, ou falar do tempo....

sábado, 19 de outubro de 2013

Está na hora de reveres os teus hábitos tata maria...

Estoira o quadro de eletricidade (coisa de pobre, para ligar o secador tenho de desligar o termoacumulador e por aí em diante). Na sala ouve-se uma vozinha estridente: Mau! Fodaxe!
Assim mesmo. Na hora certa. No momento oportuno. Sozinho e sem espectadores. Fo-da-xe.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ir ou ficar... FICAR

Diariamente somos bombardeados com noticias terríveis. Já aqui falei varias vezes da minha desistência quase absoluta de acompanhar o que se passa no mundo, e no meu piqueno Portugal mais especificamente. Um país que se afunda, ou vá, para os mais optimistas, que agora parou de cair a pique e ficou nos 3000 m de profundidade. Eba. Depois vieram as autárquicas, aquele fenómeno que ate às a eleições dá para ir gargalhando com o humor despropositado de campanhas feitas por amadores. Depois vota-se e lá temos um cabrão de um Isaltino, o melhor estereótipo do que se passa em Portugal, com corrupção e roubo a pintarem lhe o curriculum, a ser enaltecido tal e qual um Gandi. Logo depois tenho amigos próximos a passarem por situações que, em tempos de estudantes, julgámos impossíveis… ordenados em atraso, desemprego, contas para pagar acumuladas na mesa da entrada. E entretanto estamos a crescer, casámos e começámos a ter filhos. Há que dizer que a minha geração tem um par de tomates que tomaram muitos toiros… isto de ver a queda a pique, a falta de dinheiro, a instabilidade profissional que faz parte da nossa realidade, e ainda assim assentarmos e começarmos a procriar que nem doidos, é preciso coragem… hajam malucos como nós a garantir as reformas do amanhã, só por isso devíamos ter uma benesse qualquer, tipo desconto de 90% no IVA ou uma merda assim (coelho se me lês aponta aí esta). Adiante. O que acontece, inevitavelmente, é começarmos a ver os nossos melhores, cheios de garra e curriculum, a fazerem a malinha e a porem-se na alheta. Txau aí Portugal, cá vou eu para onde me reconheçam. Uma nova geração da gaiola dourada despoletou nos últimos anos, mas agora não somos sopeiras nem obreiros, vamos e vingamos lá fora de salto alto e fato e gravata. Muitas vezes, o pior, é que não é uma opção. Temos de ir e ponto final, e é ver nos no Dubai, Angola, Brasil… fico triste. A sério que fico. Tenho a certeza absoluta, que por mais que procuremos não existe coisa mai linda do que este país à beira mar plantado. E depois as nossas pessoas, que, é verdade, batem palminhas a cabrões como o Isaltino ou o grande nilas do Sócrates, mas epa, como o nosso povo não há… o espírito de vizinhança, as almoçaradas, o bom receber que nos caracteriza. E fico triste porque vejo neste ciclo um final para lá de horroroso. Os bons a basarem, e os que ficam a sobreviverem, muitas vezes a desistirem entrando no ritmo tuga do subsidio seguido de trabalho temporário, muitas vezes os dois ao mesmo tempo. Eu cá estou no meu cantinho, muito sossegadinha a ver se não chamo a atenção. Tenho o ordenado certo ao fim do mês, uma casa comprada com um CH especial, seguro de saúde, o puto na escola, ate tenho um cão. Chego ali a minha terriola e tapo os ouvidinhos, fecho os olhos e deito a língua de fora tal e qual os putos ‘NÃO VEJO NÃO OIÇO O AR É DE TODOS LALALAL’. Deus me livre de sair daqui. Adoro a minha jola a 80 centimos numa esplanada em cima do mar, adoro caracóis em tascos, comprar alface na praça e ser beijocada por aquelas velhas desdentadas. Adoro os nossos bolos, o senhor do café que já me conhece, traz-me o café cheio sem eu pedir e oferece uma guloseima ao salpico porque não fez birras à noite. Foda-se adoro esta merda juro. Por isso fecho mesmo com força os olhinhos, como faz o meu puto, convencida que por não ver também não me veem… mas a verdade e que rezo todos os dias para não ter que chegar ao dia em que fazemos as continhas à vida, e chegamos à conclusão que o melhor é bazar.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Das certezas...

Certezas na vida tenho cada vez menos… é engraçado ver o tempo a passar e notar aquelas certezas que nos invadem tão seguras a adolescência serem completamente aniquiladas. A sabedoria do tempo que passa recheia-nos apenas de duvidas… ora então que merda é esta, o que estamos de facto a aprender? Dá-me para isto às vezes, uma nostalgia profunda, um medo do incerto, do amanhã, o não saber nunca que raio de surpresa nos reservará a vida já ali ao virar da esquina. Hoje sei apenas o que me da o dia a dia. Sei que sou de facto tão mais segura de mim comparando-me com o tempo em que era certa de tanta coisa. Chego a casa todos os dias depois de um dia de trabalho, trago o meu filho na anca, que me abraça desmedidamente, lambendo-me de um amor que demonstra sem reservas. Sei que estou cansada mas há sempre tempo para o ouvir naquela fala disléxica de voz aguda, para me rir com as suas saídas geniais, de lhe ler uma historia e beijar-lhe cada cantinho daquele corpo gorducho que saiu de dentro de mim. Sei que tenho de lhe preparar o jantar, agora ele está grande, coloco lhe uma cadeira ao meu lado e ele lava a alface comigo. Pede me todos os dias arroz com cáni, aquilo e uma paixão por comer como nunca vi. Sei que adoro ouvir o portão a abrir, e ver chegar o meu marido, o homem que escolhi para meu companheiro e amante, pai daquilo que de melhor sai de mim. Gosto de o ver chegar, correr para o meu filho, ver aquelas brincadeiras malucas de pai e filho, numa intimidade só deles que eu não sei acompanhar. Sei isto apenas. O agora que me enche até a exaustão, não me sobra tempo nem estado de espírito para a tristeza, graças a deus. Mas tenho medo às vezes caraças. Tenho medo do incerto, tenho medo do virar dos segundos, do que pode ser quebrado neste meu agora tão cheio e cúmplice. Deita-se o salpico, sobra tempo agora para a conversa de adultos. Abrem se duas sagres, que isto é casal para entornar minis ate mais não, e falo lhe dos meus medos, falo lhe de como a cada segundo que passa há mais uma certeza que vai à vida, que o amo, meu deus, tão desmedidamente, que não me imagino sem ele, sem isto que construímos. E ele, tão mais sábio e calmo que eu dá-me a mão ouve-me, acalma-me, que sim, de facto que certezas teremos? Mas olha para isto, para este segundo que virou, para a vida que juntos construímos, olha para o hoje, que existe graças ao ontem, não é bom? O que interessa realmente o amanhã? Não. Realmente não interessa nada.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Hoje lembrei-me de si, avô estrela, avo aviador... mentira, não foi hoje, não há dia que não me lembre de si, quando vejo passar um avião, quando ouço a antena 2, quando vejo o meu filho crescer e se enlaça um nó tão grande por não poder partilhar isso consigo. Mas hoje lembrei-me com mais força, mais saudade, hoje foi como se por segundos me tivesse esquecido que o avô já ca não está e desse de caras pela primeira vez com o seu lugar vazio no sofá de casa da avó.
Vinha para casa cansada e com pressa, e o sol já se estava a despedir do dia de hoje, na estrada que vai de Sintra a Colares. Avô, nem lhe sei descrever a beleza daquela luz de final de dia, o contraste da luz com as nuvens ao fundo, o ar que parece ficar mais limpo depois da primeira chuva. E de repente senti uma vontade tão grande de o abraçar, senti saudades da sua voz quando entrava em sua casa a cantar para mim "tu vas três bien, madame la marquise", oh avô, não sei como lidar com esta realidade sem si... tenho momentos, como os de hoje, que finjo que ninguém me disse nada, finjo que não sei que a avó está vestida de preto, finjo que não reparo que o seu robe de chambre de toda a vida já não esta pendurado na casa de banho, finjo que não sei de nada. Só para enganar a saudade por alguns segundos. Mas não resulta avô, não resulta. Sinto tanto a sua falta....

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ando cheia de trabalho (nos dias de hoje temos mais é de agradecer nosso senhor ser bondoso connosco e carregar-nos com uma carrada de trabalho para justificar a belíssima fortuna que nos cai na conta ao final do mês), mas dizia eu, ando cheia de trabalho. A verdade é que sou privilegiada, tenho trabalho e um horário espetacular que me permite ser também uma mãe presente. mas ultimamente tenho saído tarde, e estive fora dois dias, maneiras que para o salpicadas sobra o ralhete da noite para dormir, já que de manha não me cruzo com a sua pequena pessoa. Com isto, e estamos a falar de três semanas, cai o belo do remorso, aquele sentimento que vive em conjunto com um amor as vezes ate ridículo de tão gigante que é de qualquer mãe. E cai o remorso porque mal o vejo, e quando vejo estou cansada e sem paciência para perder hora e meia a adormecer a fera (que talvez como consequência de tudo isto nos tem presenteado com uma adoráveis birras para se deitar). E isto põe-me a pensar, a mim que ate tenho sorte e consigo gozar aquela coisa maravilhosa carregada de caracóis que me traz minis quando me vê cansada, que esta merda deste mundo está todo trocado. Andamos todos a correr atrás nem sei bem do quê, mas corremos desesperadamente, passando por cima de coisas tao lineares como o simples gozar estar vivo, ter uma família maravilhosa, e ser mãe. E ando nesta nostalgia desenfreada e o meu homem traz a "musica no coração" e de repente vejo o filme da minha infância, carregado da magia do era uma vez e do felizes para sempre, e ora que porra, vejo que nem nestas merdas soubemos dar continuidade ao que é bonito, romântico e sonhador. As porcarias que passam na televisão e cinema são inevitavelmente trágicas, com raptos, violações e sexo infiel, já não há a magia dos contos de fadas em porra nenhuma. Esta merda deste texto não esta a fazer sentido nenhum, mas não interessa, estou cansada e estou triste, o meu filho acabou de chorar de corpo e alma porque não me queria a adormece-lo.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

até já

Malta que me lê, bem sei que mal têm dormido na ânsia de mais um post aqui da tata, mas venho por este meio informar-vos que este blog vai andar mais parado. Não entrem já todos em histeria, calma, que prometo não desaparecer, virei mandar as minhas bojardas sempre que possa e que me inspire, claro está. Até lá há para aí um histórico brutal de textos brilhantes à vossa direita. Grande bem haja sim?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Post irritante

Como já disse voltei ao ram ram, o dia a dia que começa com um despertador voltou e  com ele o trabalho e correria... Mas o dia acaba e depois de uma hora e meia de viagem de regresso tenho o privilégio de chegar a um mundo à parte, com jardim, salpico sujo de terra e um dia ainda longo para gozar. Isto é um post irritante, bem sei, mas estou agora aqui fora ao som de grilos e ondas do mar, jantar ao lume, salpico com o pai a ver se atrasa a hora do sono, um bom copo de vinho branco a fazer-me companhia e penso... Mas que mais posso eu querer?

Voltei, tenho a cabeça cheia, o corpo dorido de férias, uma orgulho quase obsceno pela cria que me cresce lá em casa, tão espertalhão raio do puto, aprendi novos truques para o domar (conhecem o poder de um gelado?). Custa voltar, oh se custa, mas tambem sei que é a rotina que me proporciona a possibilidade de viver aqueles momentos, tambem sei que a vida é ciclica, começa no dia que roda para a noite, a semana para o fim de semana, o trabalho para as férias, e passa rápido, muito rápido. Isto para dizer que tenho a mente a borbulhar de ideias, uma nova vontade de escrever, mas ainda estou assim como que anestesiada e mandriona, ainda a retomar a coisa. Ora viva malta.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Então e as férias tata??

Pois que as férias correm às mil maravilhas... Começamos com uma semana na costa vicentina ( Paradise) e agora estamos por casa, que,  convenhamos não de está nada mal. Temos aproveitado cada segundo do meu rabanada que resolveu começar a crescer a uma velocidade estonteante. Temos tido praia, descanso, namoro, boa comida e bons gins e jolas. No meio disto tudo sobra pouco tempo para pensar mas dou por mim muitas vezes com uma frase em modo repeat na mona: paraíso é isto... Mesmo com birras, ressacas e saídas da praia  com criançada aos guincho, lancheiras, baldes e um caloraça do camano...
Porque sem dúvida, a felicidade encontra-se apenas em momentos, e eu tenho estado banhada neles... God bless  you Love!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

É só mais um motivo para me mostrar ora que porra

Ando assim meia bucólica, agora deu-me para mini contos e tudo, mas não ando a leste do paraíso. Tenho visto algumas merdas, só algumas, aquelas que me aparecem 327 vezes no FB e por esse motivo não consigo deixar de ver. E então a menina Quiqui disse umas baboseiras quaisquer, no alto do seu berço de ouro, que, claro, são logo enfiadas em letras garrafais ao lado de uma piscina na comporta, e a malta ui jesus que fica toda indignada. Como pode ser isto. Puta da tia sabe lá o que é ter fome e o camano. E fazem-se grupos, e a blogosfera insurge-se e escreve brutas crónicas cheias de coments e shares a inaltecer-lhes o ego, surge uma desculpa boa para desatar tudo a barafustar, desatar tudo a mostrar que fala bem, pensa bem, conhece a vida dura e o caralho. Estou-me cagando se diz a quiqui que brinca aos pobrezinhos na comporta, ou se diz o Manuel Jaquim do taxi que queria era uma cabrão de um Marx a matar esta gente toda, de que vale o que eles dizem? Interessa mesmo aquela merda daquela reportagem? Não é muito mais gozar com os pobrezinhos ter o filho da mãe do Socrates a falar na RTP 1 sobre a nossa economia? Revoltem-se pessoas, mas com o que vale a pena revoltar, sim?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O mar de Sara

- Ninguém sabe o mar que há em mim mãe. Estava calor, a praia estoirava de gente, areia, chapéus de sol e lancheiras. Gritos de crianças, as ondas moles, o homem das bolas de berlim, o casal de velhos, tão surdo que berrava incoerências um ao outro. A mãe desmontava o estaminé, com o pequenino ao colo que chorava com falta de sesta. O pai apanhava os brinquedos espalhados numa extensão de areia muito maior do que a que haviam definido quando chegaram. Sara, sentada na piscina de plástico do irmão, despejava a água para a areia a ferver com a ajuda de um pequeno molde em forma de estrela. - Despacha-te sara, ajuda o pai e trás os brinquedos. Manuel chorava ao colo da mãe, inconsolável sem chucha e sem sesta, o pai entretanto parara e cumprimentava o Nadador Salvador. - Ninguém sabe, mãe, ninguém sabe o mar que há em mim.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dois Velhos, um livro...

Lá fora chove, o vento uiva no pinheiro, que, contra todas as expectativas ainda vive. A lareira crepita, já não tem recuperador, optaram mais tarde pelo antigo mesmo, que deixa cheiro a raposino e cinzas no ar. Toca Mozzart no Ipod, de seguida Jack Johnson que há décadas que não lança nada de novo. Está escuro, a luz é só do fogo, os telefones estão desligados até porque, sabem os miúdos que neste dia não vale de nada ligarem porque não lhes atendem. Este dia é deles. Rugas que contam caminhada maravilhosa, mãos antigas que se enlaçam como há 50 anos atrás. Não precisam de palavras, há um livro inteiro escrito a dois, numa cumplicidade que nunca se esmoreceu, pelo contrário, ganhou corpo com o tempo, os problemas, as desilusões, as infinitas alegrias de uma vida inteira juntos. E a musica continua aleatória, e o vento que bate no pinheiro que ainda se ergue velho e cansado.
- Tens fome?
- Não, tu tens?
- Não….
Não falam mas pensam juntos, relembram o primeiro beijo, o passeio à beira mar, o casamento, lindo e feliz, o nascimento do primeiro filho, cheio de sobressaltos mas tão intenso, como manda a lei de um primeiro, depois do segundo e terceiro. Lembram as dores também, mas estão longe e cicatrizadas, de seguida os netos, a correria, as conversas com vinho branco. Falam sem nada dizer, dois velhos juntos uma vida inteira, de mão dada 50 anos depois, dois velhos cujo amor crepita como o fogo na lareira agora aberta.
- Casas comigo?
Ela ri-se, beija-lhe o pescoço apertando-lhe a mão, e de olhos fechados ao som do vento que uiva lá fora, reponde-lhe: caso pois…

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em mood filosfia bipolar

Queria pegar em ti, pela mão, devagarinho, e fugir do mundo. Queria ir contigo até mais longe que o longe, por baixo do mar, a cima do Evereste, queria pegar em ti, pela mão devagarinho, não olhar para trás, e fugir do mundo. Mas não há Everestes tão altos que passem de baixo do mar, a lei não é essa, em cima é no alto, em baixo é no baixo mesmo. Foda-se para isto, que tudo tem de ter lógica, nos sonhos é muito melhor, nos sonhos eu respiro no mar, salto um prédio e voo mais alto, sem questões, sem lógica, sem regras caralho, apesar de poder ser devorada por um tubarão voador. Por isso mesmo não se foge do mundo, foge-se no mundo, e eu queria mesmo era o do…

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Parece que nos dias de hoje há uma aversão à tristeza. Mais que aversão, a tristeza é encarada como doença, tabu como sexo nos países islamicos. Estar triste contagia, as pessoas panicam, comunicam todas entre si, unem-se numa equipa de combate à doença, todos muito solidários e afincos, ah coitado, está triste, que horror como foi isso acontecer, fala, vamos sair, anima-te, come, bebe, dança, pula, fala, porque não falas,FALA NÃOFIQUESTRISTE!!! Ora que porra. Não é a tristeza antítese na alegria? Não seremos mais sábios se soubermos viver os dois estados, de igual maneira, com igual entrega? Mas somos todos uns patetas alegres? Enfim. Bom dia a todos. PS: Não paniquem, estou aqui a filosofar, não estou triste ouviram?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

E então? novidades pequenotes? O cavaco disse o quê? E o princepesinho já nasceu ou quê? Alguém sabe com quantos dedos de dilatação está a kate? O guilherme está com ela?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Onda pequenina

Era uma vez uma onda pequenina, tão pequenina que ainda nem era bem onda, era vontade de ser onda.. Projectada de um soluço do mundo, reflexo de um céu estrelado cheio de aviadores e Amor, a onda pequenina ainda não era mas vinha já carregada de vontade de ser. Era uma vez uma onda pequenina, tão pequenina que nem se dava por ela no grande oceano, tímida e lenta a onda pequenina era sobretudo vontade. O mundo que roda sempre parou por segundos e a onda pequenina, tão pequenina que os peixes que a atravessavam não a viam, perdeu o balanço e parou... O mar grande e sábio viu a onda pequenina parar antes de bater na areia, sorriu, envolveu-a e disse baixinho e grave: amo-te muito onda pequenina. Até breve. E a onda pequenina fechou os olhos e foi-se, sem chegar a ser mas toda ela esperança.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nada no mundo é mais do contra do que o tempo. Teima em acelerar nos momentos que o queremos eterno, teima em molengar quando o queremos longe...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

"Mããããnhimmmm…. Pááááíiiii" Duas da manhã. Adonis levanta-se traz salpico para junto de nós. Está doente o meu pequenino, e fica assim desgovernado. “Dói… dói pai”. Mexe na barriga. Adonis abraça-o, eu ouço e sinto tudo ao meu lado, no quentinho do amor, “xiu… vai passar”. Besnico respira mais calmo, vira-se para o meu lado, oiço-lhe a xuxa “óiá mãe…” diz baixinho. Enrola os dedos gordos no meu cabelo, encosta-se ao meu pescoço, cheira-me, suga-me como se de remédio me tratasse, “óiá mãe…”, fecha os olhos, sinto-lhe a respiração mais profunda, a xuxa, o cheiro que é nosso. Adoro ser mãe, juro… mesmo às duas da manhã com dói na barriga.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sobre o Cavaco e a salvação da pátria

Ora então o boneco de cera do nosso PR, surge das trevas e consegue impressionar toda a gente propondo uma ménage entre CDS, PS e PSD. Muito bem. Cá por mim, e assim comássim, se é para lixar isto tudo, então proponha mesmo uma orgia com Verdes, Jerónimos, Bloco de Esquerda, Panicas Careca Histérico, Passos e Inseguro. E metam a troika a filmar isto tudo para entretermos a Europa e o mundo. Está bonito. Sousa Tavares. Desculpa. Tinhas razão afinal.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Estou triste...

Ando sem graça nenhuma, agora que me deu para isto de falar da crise, greves e o camano, mas cá vou eu outra vez...
Não há novidade nenhuma, bem sei, tudo o que é humorista, dramaturgo ou visionário já falou ou está a falar sobre isto, mas eu tenho de vos dizer portugueses de Portugal, estou triste... Gaspar deu de frosques em câmara rápida, algo extremamente invulgar para... a... sua... pessoa, e o tuga fica contente(eu tb sou tuga, tb fiquei contente). Mas depois, oh diabo, metem-me a gaja dos swaps e com aquela cara de o que tu precisas sei eu no lugar da lesma morta?... Então mas.... Pera lá agora a bicha histérica do portas e diz que não quer mais brincar a isto amua e baza? A sério? E a malta vai para o marquês pedir a demissão do governo?
Temos o caldo entornado, portugueses do meu Portugal, porque eu tenho uma novidade para vos dar... A dívida não é do governo, é nossa... E tudo o que temos vindo a sofrer até agora vai pelo cano abaixo. De nada nos vai servir o destrono dos maus que, pasmem-se, serão substituídos por novos mauzões mas com estes anos de sacrifício perdidos. Foda-se é que estou mesmo triste...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A propósito do post anterior (resposta a ti minha antiga)

Caralhadas à parte, e sem comentários faxos de frangos na praia, a propósito da greve de hoje. E dos professores em dia de exame. E dos transportes dia sim dia não. E do mês passado. E do outro, e enfim, a propósito das greves consecutivas num país feito num faralho, a precisar de aumentar a produtividade, a precisar sabe deus do quê, a minha opinião:
A greve é um direito. Disso não tenho dúvidas. E, pasmem-se, até considero uma ferramenta útil em casos extremos e quando utilizada apenas em caso extremos. Se vira birra não serve para nada porque as birras, como sabem, resolvem-se sendo ignoradas.
O que se tem passado em Portugal para mim é uma vergonha. E é uma vergonha que começa naqueles que nos governam, não só os hoje, mas os de ontem, os que nos deixaram chegar a este estado, com uma dívida pública a pssar do ridículo, com um desemprego assustador, com a subida abismal de reformas antecipadas, com uma segurança social na falência, sem dinheiro para os velhos de hoje quanto mais os de amanhã. Tenho vergonha de nós que os pusemos lá, nós que os mantivemos lá enquanto nos deu jeito, nós que tão bem soubemos gozar regalias insuportáveis, subsídios estoirados, cartões de crédito a pagar cartões de crédito (e não, não acho que a culpa seja dos bancos). Tenho vergonha também de ver como estamos agora, tenho vergonha de passar todos os dias na Segurança Social às 7 da manhã e ver filas intermináveis, tenho vergonha da pobreza que se alastra como um cancro mesmo ao nosso lado, nos mendigos que aumentam, nas famílias que não têm como pagar as escolas e muito menos os impostos. Mas não concordo com a greve. Não concordo porque não surte efeito nenhum, não concordo porque me irrita, porque não considero que sirva ao fim ao cabo para nada. Porque o país não pára, só atrasa, porque quem ainda tem sorte de ter um emprego vê o dia todo fodido para chegar ao local de trabalho, porque não se muda nada, não altera nada, só chateia, só provoca improdutividade num país já de si tão improdutivo. Falem-me da manifestação que se lixe a troika, organizada por cidadão impartidários como eu, marcada para um sábado para que não lixasse a vida a ninguém, e essa sim com uma adesão brutalmente assustadora, e aí concordo. Apoio. E a TSU foi comer no cu. Agora greves sucedidas de greves? Comboios inexistentes vezes e vezes sem fim? Para quê? Para eu, que ganho mal e porcamente e pago 60 euros de passe ver a minha vida toda atravancada, ter de largar o miúdo uma hora mais cedo na escola, meter-me num trânsito absurdo e ainda gastar 10 euros de taxi para chegar três horas atrasada a um emprego que graças a deus ainda tenho? Eh pah, não. Não concordo. E mais urticária me provoca quando as praias estão cheias neste dia. Se um grevista deve ficar virado para  uma parede? Não. Mas tambem não acho que deva encher a lancheira, pegar na familia e ir curtir um dia de praia. É isto.

Eu bem sei que ando arisca....

Mas com franqueza, (já sei que o que vou falar é um tema cliché e supé badalado para qlq capitalista que se preze), CARALHO PARA AS GREVES. É isso. Aliás, greve... não é greve caralho nenhum, é um belíssimo dia de final de Junho, com as temperaturas a rondar os 40Cº, e a porra de carcavelos a abarrotar de povo, a merda da ponte entupida PARA O LADO DE LÁ, com as enchentes nas praias da caparica recheadas de lancheiras com frango, tangas tigresa e pelos no sovaco.
É isto a merda do nosso país.
Puta que vos pariu.

(hoje podia ter feito uma viagem para o Algarve a 50 KM/H em vez de vir trabalhar, demorei T-R-Ê-S HORAS na mesma...)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Voltei do sol para um escritório com chuva na janela. Está bonito. As férias foram maravilhosas e recomendam-se, o miudo consegue a proeza de estar a cada minuto mais apetecível, a cada segundo amplica o meu coração em tamanho, em capacidade de amar, em coisas boas, sempre boas. Eu por cá estou contente, feliz mesmo. Apesar da chuva. Apesar do frio. Estou-me cagando, cá dentro é Verão.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bom dia malta tensa

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Adeus Rodrigo

Este blog está de luto... Mais que luto este blog está triste, tão triste... Este blog cor de rosa hj está triste. Porque este blog é de uma mãe, e as mães sabem como são estas coisas de sentir um vazio no coração, uma sensação e pânico de raiva e impotência quando ssabem noticias como a da partida do pequeno Rodrigo. Assim, sem mais nem menos, um menino sorridente pouco mais velho que o meu sardanico, um menino que moveu uma causa tão nobre, lutou feito gente grande, um menino, apenas um menino, engolido pelo cancro, esse filho da puta...
Por isso hj este blog está de luto, está triste, sem palavras, este blog que até tem uma espécie de fé, está zangado, não percebe o porquê destas coisas, o porquê de uma criança (pouco mais velha que o meu sardanico, já vos disse) ter partido ontem, depois de tanto lutar, depois de tanto sofrer... Este blog, hoje, está de luto, está triste, e está a tentar acreditar na história da estrelinha no céu...
Adeus Rodrigo...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Então diz que vem frio, logo a partir de sexta que é quando começo as tão merecidas férias, além disso o miúdo está com um conjuntivite de tal forma que mais parece que tem aliens a crescer nos olhos, uma pessoa está chateada, mas tudo bem, não há problema ,  apanha-se o comboio rumo a mais um dia e fica-se parada uma porrada de tempo no Cacém (ai que estou mesmo atrasada porra), então e porquê? Não faço puto já que nesta porra desta Linha nunca mas nunca, NUNCA dizem mais do "Disturbios na linha, lamentamos o incómodo causado"... A sério? E eu a achar que era só para podermos todos, nós os suburbanos,  apreciar bem apertadinhos a vista da estação do Cacém... Caralho.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

A vida que é corno

Ás vezes a vida é corno. Não sei como algumas pessoas conseguem, acho que eu mesma sem dar por ela consigo, não sempre, mas às vezes, mas como eu dizia, sendo a vida corno, que às vezes o é, há pessoas que conseguem ser alegres.
Ser alegre não é ser feliz, até porque felicidade não conjuga com o verbo ser, conjuga antes com o estar, e por isso devemos sabê-lo e aproveitá-lo, quando assim estamos. Ser alegre é já característica, traço de personalidade, ser alegre é mais difícil, porque estar feliz, depende de fora, ser alegre vem de dentro. Estou agora a ler o maravilhoso Mar Morto do grande grandíssimo Jorge Amado. E que escrita aquela, que lá está, relata o triste de forma alegre, jovial, tão tão invejável quem sabe ser assim.
Mas estou-me a perder, isto é porque tenho o coração num tumulto que só visto, o que eu queria dizer, é que a vida, essa pega traiçoeira, é corno, é mesmo filha da mãe, e lá está, resolve pegar em quem está feliz, e lançar-lhe um cancro, uma morte, uma dor funda e escura, um toma lá e vê o que fazes agora com isto tudo. E é corno mesmo, uma merda, uma injustiça pegada, que isso de justiça está-se cagando a vida, não sabe o que é e corre tudo a eito. Mas há quem seja diferente, há quem cale a própria vida, e tantas vezes a própria morte, e receba estas rasteira, enfrente a vida pelos cornos, e seja, ainda assim, alegre... E cala-nos, cala-vos, cala tudo, ensina-nos, nós que temos pena de nós, nós que até estamos felizes, mas não sabemos ser alegres, ensina-nos pois, a olhar para dentro, para o que temos, o que queremos, e valorizar a vida, essa grandessíssima cabra.
Tia valente, tia querida, tia das sms's e mails quando a minha vida pregou-me rasteira, tia do campo e passarinhos, tia mãe, tia mulher, tia do cancro que está teimoso, a sua pessoa inspira-me... a sua alegria vencerá esta merda toda.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Já vou tarde....

Então temos um comentador importante, um opinion maker (UUUUuuuuUUU), a chamar o Cavaco de palhaço... Tudo bem, até pode ser, mas caramba, que merda é esta? O nosso presidente até tem as suas coisas caricatas, até lhe falta uma ou outra palavra em situação de crise como a que vivemos actualmente, até posso, eu, mera mortal dona de um blog lido pela família e pouco mais, chamá-lo do que bem me apetecer, mas tu filho, tu jornalista, comentador, escritor, tu, desculpa lá, mas não podes. Podes dizer que está montado o circo, podes comentar o teu desacordo com a política do senhor, mas chamá-lo de palhaço? Então o que é isto, estamos na tasca da esquina caralho?
Mais coisas que me tenham escapado?...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Afaga-me o ego Rabanadas da minha alma!

Coisa mailinda de sua mãe já se faz útil! Está uma mulher cabisbaixa, cansada e tudo mais, em pleno final de dia a dar de jantar à sua cria, quando começa a dar no Panda, aquele maravilhoso Xanax pediátrico, uma musica muita nilas com barbies extremamente sexys a dançarem ballet, de forma feminina, coordenada, impecáveis! Entre duas colheradas de arroz diz a minha cria:
- ÓIA! É A MÃE!!!!
Não é de se beijar na boca???

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Já não me sei triste, a verdade é esta... Houve um tempo em que toda eu era lágrima, amante da dor, adepta da tristeza, porque era assim que me inspirava, era assim que me descobria. Mas hoje não me sei triste, não sei o que fazer  com um coração dorido, não gosto do sabor salgado das lágrimas, não sei o que fazer com tudo isto... Houve um tempo em que a infelicidade me definia, mas hoje não sei viver assim...
Deixo-me estar, já mais calma, mais eu, e que se lixe, ora que porra! Entre o ser e o estar há uma grande diferença. Bom dia a todos!

sábado, 18 de maio de 2013

Então e agora como é? O meu mundo agora amputado, inválido, deficiente deverá encaixar-se na vida que entretanto cagou de alto e continuou? Como faço isso? Como se retoma agora a vida?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Meu avô aviador

É impossível, escrever isto sem ter uma lágrima a querer fugir ao meu comando. Mas, querido avô, não quero que me saibas triste... Há inevitavelmente uma tristeza associada à saudade imensa que já me invade corpo e alma, mas existem também as memórias, essas grandes fortalezas que sempre cultivaste em ti, e em nós...
Ontem quando soube que tinhas partido, tive a certeza que estavas agora em paz. O avô aviador, aéreo, distraído nos seus pensamentos, mas sempre atento. O avô  dos abraços tão grandes, dos elogios longos, porque nunca tiveste medo de nos dizer, a nós, os teus santitos,como eramos importantes para ti. E, embora calado, embora às vezes até achassemos que não, eu sei que tudo vias, sei que nos tinhas sempre presentes nas tuas orações de voz baixa e fé ao alto.
Meu querido avô, esta é uma homenagem à pessoa incrivelmente boa que foste, aos feitos maravilhosos que fizeste em vida, tanta vida. Para que saibas que nunca esqueceremos os teus beaufighters, os teus barcos à vela, a tua coragem em plena segunda guerra quando deste essa mão forte a uma judia em pânico num restaurante em França. Nunca esqueceremos esse amor inigualável, alimentado uma vida inteira de 68 anos, pela nossa avó, nossa matriarca, nossa guia na vida. Ficarás sempre aqui, junto de nós, meu avô aviador e aéreo, o avô das torradas e marmelada, o avô das sestas, dos passeios, e idas à praia de robe de chambre com pão e bananas para o almoço, o avô fanático do sport, como dizias. És tão grande avô, que não é por não te vermos que te vamos esquecer.
Foste embora, e nós queriamos-te eterno.
Descansa em paz.
E olha por nós.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

Na vida acontece inevitavelmente darmos as coisas por adquiridas. Não sei que raio de gene humano é este, que nos rega a mente de constante insatisfação, uma porra de um queixume, porque ganhamos menos, não gostamos do que fazemos, queríamos sair mais cedo, queríamos férias no Brasil, queríamos, queríamos queríamos…


Mas temos saúde, temos filhos, temos amor. Temos família, temos cervejas ao final do dia, temos tanta coisa que não damos valor, e às vezes, a vida resolve rebentar-nos com um sismo em cima, abalando-nos as certezas, derrubando paredes mestras que, por terem sempre lá estado, passámos por elas sem as olhar.

Estes últimos dias passei por um desses. Sou uma pessoa privilegiada, mais que privilegiada, sou infinitamente abençoada, porque tenho comigo os meus avós. Mais que avós, são eles referências brutais na minha vida, são as companhias de fim de semana, os passeios na praia em miúda, são gelados, brinquedos e baloiços, ave-marias de olhos fechados, beijinhos tão diferentes de todos porque são eles treinados com uma geração de avanço. Juntos há quase 70 anos, os meus avós são os dois, cada um à sua maneira, uma aorta gorda no meu coração.

E de repente tenho o meu avô aviador, o avô dos barcos à vela e ski com 80 anos, o avô do golf e sestas, Marinha e Força Aérea, o avô, o meu avô, no hospital. Entrada com falta de ar sem previsão de saída. Pior a cada dia, médicos que falam sem nos olhar nos olhos, uma réstia de vida quando o beijei de garganta apertada a testa enrugada. A morte assusta-nos caramba, mas o sofrimento de quem amamos é avassalador. Foram dias que a alma andou num pêndulo de ânsia egoísta do quero-te aqui para mim sempre, ao leva-o rápido, acaba com isto depressa. E a minha avó, pequenina e assustada, mas sempre um furacão de força, sempre ali, incansável de lágrima nos olhos, mão na mão, palavras trocadas entre os dois numa cumplicidade que depois de 70 anos juntos ninguém consegue superar.

Pois bem, graças a Deus, foi um susto, que este cabrão deste destino faz-nos destas, e o avô acorda de um sono estranho, faz gracinhas, ralha, e ri-se para a minha avó, que já perdeu o olhar assustado e lhe dá caldos de mão fechada, novamente segura de si, novamente dona do seu destino.

Obrigada… Obrigada, infinitamente obrigada…

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Onde andas Tata de um raio?

A rever prioridades, a cimentar memórias para que nunca me fujam, a lamber desenfreadamente a minha cria, que a cada dia que passa está mais apetecível, a trabalhar, a apanhar sustos de morte, seguidos de alegrias incomparáveis, a aprender, lá está, que isto na vida nem com 100 anos se sabe tudo...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Já é oficial e por isso não podia deixar de vos escrever, especialmente a ti, querida amiga, que és mulher e tão igual a mim em tantas coisas...
A melhor maneira de vos felicitar, para mim, passa sempre pela palavra gravada, não numa folha de papel, mas neste espaço que é só meu... E por isso queria-vos dizer parabéns, mil vezes parabéns! Porque há tantos clichês sobre este assunto, mas eu posso falar-vos por experiência própria, posso dizer-vos com toda a segurança possível aquilo que eu senti, posso garantir-vos que o medo é normal, é alias a primeira prova de que entramos nesta maravilhosa aventura que é ser mãe/pai... Posso garantir-vos que a euforia do teste positivo, o medo/alegria histérica do que segue, a sensação esquisita de vazio, de que devíamos estar a sentir mais qualquer coisa, oh meu deus que não nasci para isto, tudo isso é normal, tudo isso faz parte da nossa reconstrução pessoal, desta vez no papel de pais... Posso garantir-vos que o amor inicialmente inexistente vai ganhando cor a cada ecografia, e dimensão a casa pontapé, explodindo num  fogo indescritível quando o vemos pelo primeira vez... Aquela coisa pequenina, meu deus o nosso filho... Minha querida amiga, posso garantir-te a ti, que és tão parecida comigo em tantas coisas, que vais ter momentos difíceis mas vais dar início a aventura mais alucinante da tua vida!
Parabéns meus queridos! Mil vezes parabéns!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Uma pessoa está aqui a dois mil à hora, sem tempo se quer para respirar, abre o facebook e depara-se com a maravilha das maravilhas... Então não é que o paneleiro filho de uma grande e gorda senhora da vida, ladrão de um raio, aldrabão, vigarista, dissimulado e fingido, descarado e ordinário, cobarde de merda VEM COMENTAR A NOSSA ECONOMIA, aquela porcaria, num programa exclusivo para a sua inacreditável pessoa, na RTP?? A sério? A SERIO MESMO??

Estou sem grandes forças para reagir, juro, os últimos dias têm sido estafantes, o meu filho anda com sede de mim e não me deixa dormir, as emoções têm sido muitas, o trabalho também, mas oh que caraças não posso crer numa coisa destas... Com todas as revoltas e manifestações indignadas que têm havido posso dizer que nunca me senti tão achincalhada como agora... É como se estivesse sentadinha, muito sossegada, a sorrir e a agradecer enquanto me escrevem um enorme O de gigante otaria na testa... Opa a sério.. A sério...

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia do pai, teu e meu

Hoje é dia do pai, um dia duplamente cheio para mim que sou filha e mãe. Hoje é dia de homenagem a ti, meu pai, por uma vida cheia que me ofereceste, e a ti meu amor que fazes de mim mãe orgulhosa e mulher completa...
Hoje é o dia que celebramos a soma de todos os dias, desde o dia zero para mim como pessoa, o dia que abri os olhos para o mundo pela primeira vez, e senti a tua mão forte e protectora na minha, um porto seguro com vista para o amanhã. Hoje celebro também a soma de todos os dias desde o dia zero do meu nenuco, aquele pequeno grande ser, que transformou o homem da minha vida num grande pai.
Hoje não sendo o meu dia, é um dia muito meu, porque simboliza a importância, a grandeza, a magia e cumplicidade do pai que deus me deu, e do pai que escolhi para o meu filho. Dia do pai, é hoje o vosso dia. Parabéns e um infinito obrigado!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Parabéns mano de mim

São já vinte cinco anos de ti, e vinte cinco de mim mais rica... Hoje é o teu dia, o dia que comemoras um quarto de século de uma caminhada que te torna cada vez melhor a ti, e cada vez mais orgulhosa a mim. São já muitos anos mas continuas o meu bebê homem, o meu casulo pequenino que me faz sentir um pouco mãe/irmã, muito irmã/amiga. A tua vida preencheu 25 anos da minha, e por isso hoje é também o meu dia. Que muitos mais 25 anos de nós venham, para que continues a direito essa caminhada que te faz homem, um grande homem! Parabéns meu bebê, sem os 25 anos de ti eu seria muito mais vazia!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Boa sorte chefe...

Quem me vai lendo (até porque, na sua maioria, quem me lê sabe quem sou) já me vai conhecendo. Tenho as minhas manias. Fumo. Bebo. Digo palavrões. Tenho sono às 9 da noite e antes de ser mãe já o tinha às 10. Não faço exercício (detesto que me cansem), e quando o faço o prazer que tiro é igual ao de levar com um pau com picos na cabeça. Quando odeio, odeio mesmo assim com a força toda. Mas quando adoro, adoro assim com alma toda. Não consigo não gostar e gostar. Ou amo, ou odeio, assim mesmo, à bruta.


Isto tudo para dizer o quê... nem sei bem. É que neste momento estou numa área cinzenta, e se há coisa que não gosto (aliás odeio) é de estar no limbo. Porque, surgiu uma oportunidade para alguém de quem gosto muito, que será boa de certeza, mas que significa que essa pessoa deixará de fazer parte da minha vida. Bem, não é bem da minha vida, é da minha rotina, porque se me marcam as pessoas ficam cá, para sempre. E isto é uma coisa que me chateia. Amigos que vão para fora. Família que se ausenta. Chefes que seguem a sua carreira. É bom, eu sei, mas o que querem? Á laia de Facebook, boto aqui um ganda clique: "Não gosto disto".

Mas quero que chegue e vença. Quero que mantenha essa juventude e boa disposição. Quero que continue a poder ouvir opera aos guinchos, de ruga franzida na testa. Quero que se passe com o ar condicionado e mande tudo pelo ar. E depois se arrependa e dance pimba com alguém que passa. Quero continuar a saber notícias da minha nora. Quero que o Benfica perca (porque agora o seu mau humor já não me afetará :)). Quero que continue a comer sementes empurradas com litros de chá. Quero que tenha muito sucesso e seja ainda mais feliz. Boa sorte chefe!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Morreu o porta-chaves e eu aqui com pensamentos ditaturiais

Diz que morreu o Chaves, o último ditador comuna, vivá democracia, isto calha bem num dia de chuva que uma pessoa sai de casa às sete e catorze para chegar ao trabalho às nove e porra vinte seis, depois de, claro, levar com notícias de cavalos nos hambúrgues, caca nas almôndegas daquela loja que nos mandam cortar árvores para montar um porcaria de uma estante; de sabermos que se calhar a TSU (tomai no cu) vai voltar à ordem do dia, mesmo depois de nos sacarem uma fatia gorda no ordenado para a merda do IRS, que por sinal, este ano nos reembolsará muito menos, quiça até pagaremos, nós os da merda da classe média que não saímos dos mil ao mês, não somos pobres, não temos vantagens fiscais/crechais/salarias/transportais/medicinais, nem somos ricos, mas pagamos à la banqueiro; mas estava eu a dizer, o comuna morreu, olé olé, e eu nem conseguir perceber bem como nem quando nem onde, porque estava ocupada a ser esmigalhada num comboio 1 horas e doze atrasado, devido à greve, esse cabrão desse direito que todos temos desde a Grandola, e que efectivamente é util, extremamente util, para conseguir o que se quer: lixar a vida a toda a gente.

segunda-feira, 4 de março de 2013

MAMÃE

Mãe para mim ao telefone: Dá Deus nozes a quem não tem dentes. Eu sou uma noz e tu és uma desdentada.

Arranca...
Ontem foi dia de festa. Basicamente o meu miúdo teve direito a três dias consecutivos de parabéns a você, gomas e presentes, assim à laia de ciganito, que é o que ele é! Mas ontem foi "A" festa! Com smartis, insufláveis, bolo, montes de amigos, e o panda! Foi maravilhoso, o panda de 2 metros a entrar e a criançada toda a subir pelos pais a cima aos guinchos. O meu salpico agarrou-se aos braços do pai com tal força que de certeza lhe arrancou dois bifes, pobre adonis... Mas depois o panda tirou a cabeça, e o salpico viu que era o seu padrinho, meu maninho lindo, e então foram abracinhos, e sapatadas na focinheira do bicho...
Ontem foi um dia cansativo, com barulho, muita música infantil, muitos saltos de cabeça dentro do insuflavel (medo, não percebo a tendência suicida dos miúdos!), muitos presentes, balões e animação! Ontem fizemos o meu filho feliz, por isso hoje estou dorida mas muito, muito feliz!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Dois anos, faz amanhã....

Faz amanhã dois anos meu amor, que saíste de mim para seres tu. Mentira, já eras tu há muito tempo. Já eras tu nos meus sonhos, já eras tu nos pontapés, já eras tu nesse coraçãozinho que, afinal de contas, batia tão bem...
Faz amanhã dois anos que a tua madrinha me acordou de um sono drogado e irreal mas me entregar, só por meio minuto, essa pessoa pequenina, linda de morrer, perfeita, que há tanto tempo, já eras tu..
Faz amanhã dois anos que o meu coração triplicou de tamanho para te receber por inteiro, para entrares, reinares, e me ensinares este amor tão grande que é o de ser mãe, a tua mãe...
Faz amanhã dois anos que comprovaste o que eu já sabia e transformaste o homem que amo no melhor pai do mundo... E também por isso o passei a amar um bocadinho mais.
Dois anos, meu amor... Já faz dois anos que de miúda passei a mulher, dois anos que reencontrei uma fé que não sentia desde criança, dois anos que fui mais, cresci mais, formei-me mais, com essa pessoa pequenina, que desde sempre, já eras tu.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sem dúvida nenhum, estamos a viver uma era difícil, dominada pela insegurança, instabilidade, incerteza, uma carrada de in's que não acaba mais.  Tenho a certeza que os meus netos estudarão esta época como uma época de viragem. Já estou a ver os livros de história e geografia, cheio de imagens de filas na segurança social, pessoas com ar assustado, greves e manifestações às vezes violentas, com polícias à mocada e atrasados mentais a mandar pedras pelo ar.
Confesso que sou um bocado "desligada" dessas coisas. Desligada no sentido egoísta da coisa, no sentido de ainda tenho o meu ordenado e seguro de saúde e CH em ordem. Desligada porque, apesar da crise, a minha vidinha corre normalmente. Acordo com o despertador as 6:15, tomo o pequeno almoço a correr, quando tenho tempo lambo a minha cria, tomo duche, arranco para o comboio. Pago o passe, chego ao trabalho, faço log in, abro e-mails, pago a creche, a luz, a zon, e a água (que apesar de bancária sou conta débitos em conta, depois da valente debitada de milequarentaetrês euros de luz). Ao fim do dia, apanho o miudo na escola, pergunto como se portou, ena, já fez chichi no penico, ponho-lhe o casaco, o gorro, mais beijos, carro conosco. Canto o Noddy, dou-lhe banho, faço jantar e chega Adonis. Beijo na boca, dança de caricas os maricas a três, chá, bonecos e cama com o pequeno. E depois somos nós. Só então temos ordem de soltura para os medos, às chatices, as questões então e o amanhã? Falar com um copo de vinho, falar sem medo, e se mandassemos tudo à merda, e se largássemos tudo?... Falar só porque sim, sem filtro, sem racicíonio prévio, mandar cá para fora tudo tipo gastroentrite emocional. Txim txim meu amor. Lá dentro o miúdo dorme, no seu quarto aquecido e colorido, no forno torra uma pizza caseira, a garrafa de vinho vai a meio, lá fora está frio e ouvem-se as corujas e o mar. E se largássemos esta merda toda?....

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hoje foi dia de santo ordenado, la no sítio onde trabalho. Hoje recebi o que vou passar a receber para o resto de dois mil e... Trinta e quatro? Sei lá, foda-se, o que sei é que fui comida à grande pelo cabresto do vi...tor...gas...par mais a sua patrulha de comiloes de ordenado alheio. Violaram-me o ordenado, e não posso fazer queixa a ninguém! O que sei é que pago taxas com sobretaxas, tal e qual um milionário com a diferença de uns quantos zeros no que fica líquido para pagar a vida, que entretanto está mais cara. Pois que quem me lê já me vai conhecendo, que de comuna só tenho a roupa estragada, acho o conceito de igualdade bonito mas não é eficiente, não me venham cá com merdas que se recebessemos o mesmo por fazer muito ou nada, era a nadar que todos estávamos, mas caramba, isto já é de mais! Gaspar, filho, grandola pra ti e pó coelho aqui da fascista tata, heim! Ide, como diz o outro, tomar no traseiro. Vou ali pagar a creche do miúdo e já venho...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Isto de ser mãe

Vinha aqui a ouvir o meu Peter Gabriel, ansiosa por chegar a casa e poder apertar-te bem juntinho de mim (hj foste às picas e foste um valente), e dei por mim nervosa... Ao meu lado vem uma mãe, mais nova que eu, carregando dois miúdos pouco mais velhos que tu... Está cansada, vê-se no tom que lhes fala, nas olheiras que a ocupam... Sem querer fazemos sempre juízos de valor, é inevitável... Também inevitáveis são as constantes comparações dos meus com os teus, os teus com os dos outros... O meu já dorme a noite toda, o meu come sozinho, o meu nunca faz birras, o meu diz austrolopiteco desde os 2 meses... Por tendência comparamos, mas que porra, porquê?? Cada miúdo é um miúdo, cada pessoa é única e irrepetível... E aí está toda a magia da coisa, meu amor... Tu, que vens das entranhas de mim, és tu, unicamente tu... Claro que dá medo, o teu pai que te conte a angústia que sinto sempre que sozinho sobes uma cadeira... Mas tenho sempre orgulho em ti. És valente meu pequenino, desde a minha barriga que és valente!
E não, nem sempre adormeces sozinho, às vezes ainda me acordas, não dizes otorrinolaringologia, e cagas a sala toda às refeições... Mas ris-te quando dizes mãe, e tudo o que eu quero de ti é que sejas feliz...

Eterna Juventude...

Tenho um bocadinho de medo desta senhora... E o braço?... Ai credo.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Miúdo começa a usar o penico. Por enquanto tudo bem fica lá sentadinho meia hora todo contente, faz birra monumental para sair, mas xixi que é bom nicles... A ver vamos como corre mais esta aventura!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tão pouco pode fazer a diferença

Mais uma iniciativa maravilhosa da minha blogger preferida...

Estaciono o carro. Guardo o tablet- cujo GPS me orientou até aqui- depressa na mala, não vá ninguém estar a ver-me e ainda ser assaltada. O prédio, no bairro social com má fama, não tem varandas. Fico sem fôlego a subir as escadas até ao terceiro andar.


Bato à porta, nervosa. Relembro-me do horror das "visitas domiciliárias" que era obrigada a fazer enquanto trabalhei na Casa Pia. Não gosto de ser invasiva mas a enfermeira que me acompanha pediu-me ajuda. Irá fazer o penso ao rapaz que tem uma escara no pé. Das feias. Seria importante eu conhecê-lo, diz ela. Voltei a ser psicóloga social.

Lá dentro o Isnaba abre-nos a porta. A casa imaculada e limpa tem poucos móveis, importante para que o Isanaba se consiga mover à vontade, na sua cadeira de rodas. 17 anos, cor de chocolate, grande, extraordinariamente bonito. Recebe-nos com um sorriso.

Olha-me nos olhos, não me teme. Foi atropelado na província, lá na Guiné e ficou paraplégico. Ri perante as minhas tentativas de arranhar o crioulo, que a minha amiga Catarina me ensinou. Veio para Portugal tentar voltar a andar, o pai morreu entretanto e o tio paterno prometeu fazer tudo por ele. E fez. Trouxe-o para Portugal, mudou toda a sua vida para perseguir o desejo do sobrinho voltar a andar, trouxe a mulher, depois as filhas, a mais velha chegou há um mês. Já não via os pais há muito tempo mas sabia que os pais vieram fazer o que tinha que ser feito, ajudar o primo, porque a família é responsabilidade de todos. A mãe do Isnaba e os irmãos ficaram lá na Guiné, telefonam-se quando há dinheiro.

O Isnaba não se queixa. Adora o tio. Serve de skate humano para a prima pequenina, que se põe em pé no seu colo, enquanto ele faz deslizar as rodas da cadeira. São oito pessoas agora lá em casa para três quartos. Um é só para o Isnaba, os outros membros da família desdobram-se entre beliches, esteiras no chão e um sofá de pele corcomida que lhes ofereceram. Nunca se queixam. "Quando eu começar a andar vai valer a pena o sacrifício de todos. Vou compensá-los".

O Isnaba não vai à escola desde que saiu do hospital. As enfermeiras do centro de saúde têm-lhe feito o penso ao domicílio. Sente falta de ver gente diferente, sorri o Isnaba e pisca-me o olho, galanteador. "Às vezes- todos os dias- venho aqui para a janela e vejo a vida lá fora. Tenho saudades da chuva. Na Guiné chove muito, sabe?". A Câmara Municipal está a tentar encontrar um apartamento num rés-do-chão para a família do Isnaba, em que uma simples rampa possa ser a ponte para o mundo, ainda que um mundo sobre as rodas que, dificilmente, abandonará.

Entretanto, faz-me um click: um computador. Preciso de um computador com ligação à Internet. Um computador que lhe traga notícias do Mundo, vídeos da Guiné, quem sabe a integração num projecto de tele-escola. Preciso de um computador que lhe traga um facebook, poder reencontrar os ex-colegas da enfermaria do hospital, novos amigos. Preciso de abrir o Mundo para o Isnaba, ainda sem chuva, ainda que abrindo-lhe apenas mais uma janela.

O Isnaba não sai de casa há meses, um ano talvez e os seus 17 anos fazem-no crescer e um dia o Mundo talvez não lhe caiba. Preciso de um computador para lhe devolver, devagarinho, o Mundo. Um computador. Para começar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dia dos namorados

Porque hoje é dia dos namorados, e sim, sou paneleira e lamechas, não podia deixar de aproveitar esta ocasião, para te dizer uma outra vez, que te amo. Não me canso, nem tenho vergonha de dizer, amo-te, amo-te, amo-te. Amo-te assim a sério, aquele amor urgente, aquele amor que é sangue que corre nas veias. Já lá vão 6 anos de casamento e outros 7 de namoro, somando são tantos anos que juntos nos construímos.  O tempo não nos arrefece, pelo contrário, aquece, incendeia em mim força, vontade, ternura, loucura de viver. Estás sempre ali, meu amor, entre cada batida do meu coração, estás aqui dentro implantado, autentico imperador de mim. Olho para trás, e parece que foi ontem, meu deus, éramos tão miúdos…. Olha para nós agora, meu amor, adultos feitos, casados, pais do melhor fruto deste amor. Somos capazes de tudo. Sabias? Juntos somos capazes de tudo… Ficas comigo para sempre?...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Adónis já regressou da neve

...e eu tenho uma admiração para lá de profunda por todas as mães solteiras deste mundo. A sério.
O crianço já está crescido (valha-me deus que está quase com dois anos) e a interação é cada vez mais... como dizer.... mágica. Isso. Mágica, sem comparação possível. Conversámos (ele responde-me com "Dim's" e "Não's" e "Mais's" e "MAUMAU's" mas percebe tudo que lhe digo), brincamos, vemos televisão enroscados, ele olha-me nos olhos, assim olhar mesmo e diz que me ama quando passa aqueles dedinhos gordos na minha cara. Mas sem dúvida, maternidade a dois é bem mais fácil...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eu até estava bem disposta hoje de manhã. Juro. O meu Rabanada infernal não acordou durante a noite, acordei a horas, apanhei o comboio a tempo cheguei ao escritório e havia bolo de chocolate. Tudo bons presságios para um dia correr bem. Até que resolvo espreitar as notícias. Mas que porra de país é este senhores? Mas que merda de sociedade é esta?

Há jovens grávidas carenciadas a quem os técnicos da Segurança Social estão a aconselhar a abortar, apesar de manifestarem o desejo de ter os filhos. A denúncia é feita por associações da sociedade civil, que asseguram haver casos em que é dito às mães que a consequência de prosseguirem com a gravidez será ficarem sem a criança.
«Cada vez conheço mais casos desses. Muitas vezes, são raparigas que estão até institucionalizadas e que são pressionadas para abortar», afirma Leonor Ribeiro e Castro, do grupo pró-vida Missão Mãos Erguidas. A ameaça, conta a activista, é clara: «Dizem-lhes que, se não abortarem, tiram-lhes os bebés. Há uma cultura de medo, que é preciso denunciar. Isto não é proteger os menores. Há coacção psicológica».
Leonor Ribeiro e Castro diz que, muitas vezes, as gravidezes chegam até ao fim e é através de advogados do movimento que lidera que as mães lutam pela guarda da criança. «Tive um caso de uma mãe que, após uma cesariana, esteve quase dois meses a dormir numa cadeira num hospital, porque se recusava a sair de lá sem o filho e tinha medo de ficar sem ele. Elas sentem isto como um castigo por não terem abortado

in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=67782

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Entretanto Adónis parte no Sábado rumo à neve. Isto é um tema de discussão desde que nos conhecemos. Eu que me agarro tal e qual pega monstro a uma parede quando me põem em cima de uns patins (que ele me obrigou a experimentar na nossa fase inicial de namoro, aquela fase em que nós, miúdas, queremos imenso impressionar e somos incapazes de dizer VAITU), eu, aquela que sobe três degraus em desiquilibrio eminente com pânico de alturas (para mim meio metro é altura), euzinha, a tata, em cima de umas tábuas a descer por montanhas geladas, escorredias e perigosas abaixo... YEAHRIGHT. De qualquer das formas, não é pelo facto de eu encarar uma ida à neve tal e qual como encaro uma ida às vacinas com o meu filho doente, que o meu deus grego, aquela maravilha de homem, não pode ir fazer uma das coisas mais gosta na vida (muito depois de mim). E como somos ultra modernos e confiantes ele vai, e eu fico.
No ano passado foi espetacular, o salpico, já em modo só acordo para um biberão por noite, resolveu, nessa precisa semana, acordar às 2 e assim ficar até. às. sete. da. manhã. Às sete, na minha cama, lá era vencido pelo sono e voltava a acordar, fresco que nem uma alface às. oito. da. manhã.
Por isso, filho querido, já estás um homem, a mãe gosta para lá de muito de ti mas se resolves virar talibã noturno meto-te num avião e mando-te squiar com o pai, oubisteis?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A verdade é que as vezes instala-se um desânimo... Não é bem desânimo, como dizer... Incomodo vá, incomodo na alma. Pode ser do eixo que rodam as hormonas nesse momento, pode ser dos flashs invasivos e barulhentos, esses cabrestos desses headlines que me entram pelos olhos a dentro sem a minha permissão... Crise, cortes, desemprego e o caralho. Pode ser tanta coisa. Mas a verdade é que tenho alturas que sinto mais isto, este incomodo na alma...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Porque não tens escrito tata?

Porque nem sempre a inspiração me invade, porque ando (maldita palavra) cansada, porque o meu miúdo sofreu o seu primeiro trauma com o meu fim de semana em Paris e a carência tomou posse de 89% da sua personalidade, porque fiquei com uma gastroenterite e o meu minorca, que não pode ver nada, imitou-me, porque voltei a fumar e o arrependimento é nulo, porque enfim, a vida tem corrido depressa. E é isso.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estou neste momento num doa meus antigos spots... Daqui consigo ver o que outrora foi a minha janela do quarto... Estou aqui a ouvir os sons do eléctrico que passa, a música e chilout como se quer, a vista é deslumbrante, a animação é muita, já regada com umas quantas imperiais... De vez em quando sabe bem matar saudades do passado...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entrei no elevador, cumprimentei um amigo, perguntei-lhe pela criança, xinamen, já quase um ano, é verdade o tempo passa a correr, não tarda estão a mandar-nos à merda. E ficou-me aqui a enevoar a mente, tenho de te dizer isto, filho, que a puta do tempo passa a correr, e amanhã já não me vais sorrir assim só porque entrei no teu quarto, provavelmente nem vais ter paciência para me ouvires dizer o quanto gosto de ti, não porque não gostes tu de mim, mas porque a adolescência terá coisas tão mais sérias para pensares. E por isso tenho de te dizer já, agora, porque tenho medo de me esquecer, o quanto amo o cheiro do teu pescocinho, quero que saibas um dia, porque tenho medo de já não saber dizer, a delicia que são os teus dedos gordos dos pés, e o formigueiro de calor que sinto com as tuas gargalhadas quentinhas a pedir MAAAIS beijos, mais dentadas, mais snifadelas desse teu eu pequenino de quase dois anos.
Senti uma urgência de te dizer, mas ainda não percebes por isso escrevo para leres quando perceberes, que te amo desvairadamente, que morro com as tuas mãozinhas rechonchudas, com os refegos nos pulsos, com as dentadinhas que me dás na bochechas, derreto-me quando encostas a tua cabecinha suada e a cheirar a bebé na minha, cedo mais eu em ti sempre que me olhas deliciado, sempre que me fazes sentir mãe. A tua mãe.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Então e a vida?

Tudo bem, tudo em ordem,a viagem foi assim qualquer coisa de sonho, aquela cidade parece que foi imaginada por um deus qualquer, parece uma fantasia de um miúdo com a mania das grandezas mas depois vai-se a ver e existe mesmo, passeamos muito, namoramos ainda mais, conversamos sem interrupções, petiscamos, enfim, maravilhoso, em podendo eu era turista 360 dias por ano.
Quando chegamos o miúdo fingiu que não me conhecia e desprezou-me umas boas horas, mas assim desprezo mesmo, mostrou uma capacidade de me por nervosa e de queixo a tremer como nunca pensei que um serzinho pequenino e amoroso como aquela peste que lá tenho em casa fosse capaz de fazer. De resto, tudo a andar, em principio hoje compro um maço de tabaco, mas de resto tudo em ordem.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Teste de resistência

Vou escrever esta merda toda sem pontos finais sem nada só para experienciarem um décimo dos nervos que invadem: numa de deixa lá mudar de vida comprei o champix e uma semana depois deixei de fumar até aqui tudo bonito até me estava a sentir estranhamente calma e feliz tão feliz que marquei uma viagem a Paris para mim e para o adónis, salpico tu ficas na avó que pode ser que te façamos um mano, uau isto de deixar de fumar é espetacular uma pessoa mama m&m’s como se não houvesse amanhã e já está, duas semanas antes da partida salpico fica doente, mas doente mesmo febrões tosse e vomitado, muito bonito, uma semana em casa, noites nem vê-las, mau humor instalado, mesmo entranhado quando adónis fica também mega doente em conjunto com mamãe, minha salvadora em situações de crise, passa-se o fim de semana em e rodeada de viroses e ranho alheio,  casa num caos, adónis amarelo, salpico mega carente e eu perfeitamente exausta e profundamente rabugenta, segunda chega vou finalmente trabalhar, quase a chegar ao Rossio adónis liga-me porque a praga de lagartas do pinheiro (é verdade, tinha-me esquecido do carreirinho com1025 largartas felpudas e venenosas que passearam alegremente no meu jardim durante o fim de semana) está manifestar-se na cara do salpico, todo ele salpicado de babas, mãe liga segundos depois informando que a gripe é grave, antibiótico e tudo, coisa para ficar uma semana em casa, não dá para ficar com salpico no fim de semana que vamos para a porra de Paris, e eu fervo, ai que fervo, mas que porra de azar é este, passam os dias, salpico tem a cara que parece um bicho e quando o vou buscar à escola (ontem) as pernas tb já estão atacadas, saio histérica ligo adónis bora para as urgências, foda-se que isto já é de mais, urgências connosco, amanhã é quinta e sexta vamos (ou íamos) para Paris, Maria a salvadora, cunhada e madrinha do meu coração tem duas salpicadas mas ofereceu-se para ficar com o meu, mas assim não dá e se isto é viral, entro na sala do doutor, salpico sai à mãe e mal vê um gajo vestido de branco trepa por mim a cima aos guinchos, tanto guincha que projecta um km de vomitado em mim e no médico, tome lá um anti histamínico e pisgue-se daqui, eu pisgo-me, farmácia de serviço depois de 45m de espera não tem o caralho do anti histamínico, amanhã logo se vê, hj de manhã fico eu com salpico para ele dormir mais um bocadinho, saio para ir a farmácia e depois deixá-lo na escola, vou a casa da avó esperar que a farmácia abra, salpico agarra-se ao jarro de vinho tinto da avó e parece-me toda cagado a cheirar a bezano, ai a minha vida, AIAPORRADAMINHAVIDA, farmácia comigo, dê-me pff este remédio e a Yasmin, pelamordedeus para eu não fazer mais coisinhas destas, ele ri-se dá-me outro remédio que aquele, logo aquele, está esgotado há uma porrada de tempo, quero chorar, quero fumar, quero dormir, vou a casa visto o menino, deixo-o na escola, e eis-me aqui no quim, nervosa, tinhosa, raivosa... E é isto. Ponto. Final.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Olá a todos não faleci nem nada que se pareça, estou, alias, de volta ao comboio que se tornou o meu momento, o meu espaço, mas continuando não faleci meus leitores estive apenas ausente numa lida tão exigente que é esta de ser mãe, mãe no choro, mãe na birra, mãe nas noites interrompidas cento e noventa vezes por acessos de tosse com direito a vomitado projectado à exorcista, mãe no colo e cafuné, mãe nas fúrias rgeadas de vontade de fumar, mãe no come a sopa vá laaaaaa não chores, pronto toma lá as uvas, mãe a dançar os maricas dos caricas, ausentei-me por isso para me entregar ininterruptamente ao cansaço profundo, ao caga para mim e toda eu sou mãe, mãe mãe mãe, infinitamente, exaustivamente mãe... E queria tanto um cigarro...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Welcome 2013

Acabaram de me dizer que há que ter muita cautela com as actividades que se escolhem fazer no primeiro dia do ano, pois será uma espécie de previsão do que nos espera o resto do ano.

Perguntem-me lá: Oh Tata, e então o que fizeste no dia 1? Amor? Corridas? Comeste sushi? Saltaste de paraquedas? Fizeste mais bebés?

...
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Não foda-se, passei dia 01 a medir a febre e a enfiar supositórios no miúdo. Belíssimo presságio para 2013, belíssimo!
Hum? Cansada?Quem, e .....zzzzZZZZZzZZZzzzzzzzzz