sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cá vamos nós para mais um ano... O que quero para 2012:
- Ler mais
- Manter os mails em dia
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite
- Fazer exercício para não chocar ninguem no verão com a minha flacidez pós parto
- Dormir pelo menos 5 horas por noite (válásalpico)
- Começar a guiar além Sintra
- Não deixar de fumar
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite (VÁLÁCABRÃOZINHOMAILINDODESUAMÃE)
- Sair mais
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite (juro-tequesecomumanonãodormiresVENDO-TE)
- Comer de forma mais saudável
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite
- Dormir pelo menos 5 horas seguidas por noite

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ah, é verdade, e já viram o anuncio da coca cola?
Um grande bem haja senhores da publicidade, é disto que todos precismos!
(não posso por link porque não tenho acesso ao youtube, mas vejm, vale a pena!)
E pronto, passou-se mais um Natal. Presentes à parte, fritos à parte, e correrias à parte, foi bonito ver o meu pimpolho todo bonitinho no meio da família. Foi bonito porque há um ano ainda morava na minha barriga e as espectativas não eram boas, e agora era vê-lo a gatinhar e a pôr-se de pé agarrado a qualquer coisa. Claro que às 9 da noite já não se aguentava nas canelas e o acumulado de cansaço e salas com pessoas a fumar deu-lhe direito a uma bronquiolite bem farfalhuda...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

E pronto. Amanhã é Natal. E se o Natal do ano passado foi diferente por um bruto inchaço na barriga, este ano ainda é melhor porque levo um besnico para lá de querido à pendura... a bater palminhas. A dizer adeus. A refilar nas espaçadas entre as colheradas de puré de legumes com alho e cebola e batata e carne...
Uma dádiva, porque há um ano tinha tanto medo... Por isso não posso postar o típico texto antinatalício dos nossos tempos... Porque tenho na minha vida o melhor presente de todos!

De resto, e paneleirices à parte, estou apavorada porque tenho cerca de 34 natais no curto espaço de 2 dias, uma correria desenfreadas pelas minhas famílias e as do Adonis... Já vejo cheio de sono, desconcertado com tanta cara nova e aperto naquelas bochechas, a querer o banho e a caminha dele... aicamedo que quando o puto vira fica doido...

Pai natal. eu não quero livros da loubuiton nem Óculos de 200 euros. No ano passado esgotei a minha wishlist para os próximo 327 anos... escusas de estacionar as renas lá no campo, tá?

Bom Natal pessoa!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

cortei o cabelo.
tive um evento social ontem, com gente crescida e copos de vinho.
dormi 4 horas e não foi por causa de biberons nem fraldas.
tenho sono.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Paira uma bruma de péssimismo aqui no cume dos Ibéricos... Não falo do péssimismo saudosista que banha o fado Lusitano. Falo de um desdém, de uma entrega passiva e deprimente à falta de esperança.
Vejo todos os dias na fila interminável do Centro de Emprego logo às 7 da matina, vejo no telejornal, vejo nos amigos, todos em debandada para o "estrangeiro" aconselhados pelos próprios chefes de Estado.
E tenho pena, a sério que tenho, porque acho ainda a minha triste pátria a mais bonita, nas suas linhas banhadas por mar, na luz de lisboa, no cheiro a lareira na rua onde vivo. Tenho pena porque acho-nos capazes, acho-nos audazes, nós os autores dos Descobrimentos e dos Lusíadas. Mas está-nos nas alma esta inércia apenas espantada no cume do perigo. Está-nos na alma o não protestar, as revoluções de cravos, o "vai-se andado" que não é sim nem é não.
Porque os ingleses fazem planos para os seus que cá desfrutam o que naquela ilha gélida não encontram, e nós, inerciamente continuamos o dia de amanhã igual ao de hoje, invitavelmente igual ao de ontem... Até ao dia... Só até ao dia que espevite o medo para pormos as garras de fora.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

e ainda por cima tenho bueda cenas para opinar, a porra do Natal e a sua consequente quebra de subsídios, a troika, a roupa nova que comprei (tánamoda os fashion blogs), as palminhas do salpico que as bate quando pedimos para dizer adeus e acena todo contente quando cantamos "palminhas olaré!", tenho de falar sobre o meu maravilhoso aniversário de casamento, a minha paixão desmesurada pelo meu Adónis, o atropelamento do mê Bujix, a alegria no trabalho, as banhas novas e a falta de exercício, o corte de cabelo que acho que vou fazer, o frio que tão estranhamente mais uma vez chegou em Dezembro, a minha arvore de natal a piscar à beira da lareira, os jovens universitários da Sábado que roçam as Kátias Irinas da não sei quê dos segredos (normalmente já estou a dormir a essas horas)... Xinapah buéda cenas, nem sei por onde começar...
Andava para aqui num limbo manhoso, de quem sou eu, o que busco, para onde vou, anestesiada por noites a fio interrompidas sem misericórdia pelo meu doce filho, uma puta de uma gravidez que afinal foi só mesmo susto, um cansaço desnivelado, maluco, precoce para a minha idade. Andava neurótica, fodida comigo mesmo na busca da minha nova identidade entre a jovem bebedoura oficial de 14 sagres por noite num miradouro qualquer, e a mãe ansiosa e traumatizada, sempre a correr, sempre atrasada...
Encontrei-me e voltei.
E, foda-se, ainda adoro sagres....

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Em casa, acordada, a fumar, depois de jolas e salada de ovas á beira mar e do homem amado... e o que mais me salta à cabeça... jovens desta vida, disfrutem do tempo enquanto não há filhos (aquelascoisinhasmaifofasquenosenchemaalmaeavida)!!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estado mental do momento

Estou em todo lado sem estar em lado nenhum
Open Space, ar condicionado, Gripe evidente, directas consecutivas na cornadura, e lá vem ele, um espirro... comichão no nariz,, ai, ai, ai... txim (sempre espirrei para dentro, de forma quase imperceptivel). Diz então Dudas - Ai, nem se dá por nada, és tão discreta. Diz a tata: Eu sou uma lady caralho...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tenho o nariz entupido... os ouvidos também. Dentro da cabeça tenho um zumbido de um milhão de abelhas. Dói-me a garganta e as costas. Ardem-me os olhos. Há um ano atrás estaria na caminha a beber chá e a ver séries. Hoje corri para a creche, depois à igreja para tratar do baptizado do salpico, depois casa, sopa, brincadeira, merda esqueci-me da fruta, vou à rua de novo com o besnico atrás, volto, colinho sem beijocas, aspiro-lhe o nariz, aturo a birra pós banho, jantar, e paciência infinita para o pôr na cama, tudo isto vom uma directa em cima dos cornos. Agora sim, estou de mega roupão, com séries a passar na TV, a beber cházinho, e penso... foda-se a vida muda! Ai se muda!


Valha-me a mãezinha que teve comigo hoje neste vaivem, se não cheira-me que tinha distribuido uma palmaditas nas fraldas depois de me atirar violentamente contra uma parede!

sábado, 17 de setembro de 2011

O adeus que nunca te direi

A vida perde-se na rotina. O segundos atropelam-se com obrigações e correrias. O tempo passa, a paciência esgota-se, o tempo imperativamente passa. Sem perdão ele vai e não tem misericórdia dos que, como eu, se deixam afogar no dia a dia. E ficam sempre palavras por dizer. Ficam sempre sorrisos por entregar, tempo a ceder aos que nos rodeiam. Que amamos, sim, sem duvida que amamos. Mas o tempo passa e não o perdemos com eles, porque não faz mal, fica para amanhã. E depois, derepente, tal e qual punhalada nas costas, o segundo virou, e a oportunidade de virarmos a cara para o lado, descentrarmos o coração do nosso próprio umbigo para cedermos uma palavra simpática, um gesto de generosidade, uma pequena prova de amor, por mais infima que seja, esvai-se para sempre, sem piedade. E então apodrecemos a alma com remorsos, porque podiamos ter parado um segundo para sorrir, podiamos ter estendido a mão, podiamos, podiamos, podiamos... Mas não o fizemos. E sempre, quase sempre fica entalado na garganta o adeus que nunca te direi.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alguem me ajude

Como retirar as palavras CANSAÇO ou CANSADA ou DASSETOUCANSADA ou CANSADAPACARALHO do meu vocabulário? Farta de me sentir velha...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E lá foi ele... o meu pecarruchas teve hoje o seu primeiro dia de vida social para pessoas com de 3 palmos... Creche. E eu, que já me andava aqui a debater com um filhadaputa de um nó na garganta só de imaginá-lo, para ali largado, passando de único para mais um nas mãos de pessoas deconhecidas. Para ali, tadicho, a querer que a mãe cante "OLHÓ SPICANINUS DESTA SUA MÃE", a querer o embalo de colo, os passeios na praia, os beijos repenicados na barriga, e nada, um monte de pessoas pequeninas a chorar e as educadoras sem saber ler aquilo que uma mãe lê...
E então de manhãzinha lá foi um casal brasa mais o seu rebento. O Adónis sorridente, encarando esta experiência como a coisa mais natural deste mundo. O salpiquete contente da via por estar a passear logo de manhã com o pai e com a mãe. E eu... a dramática da mãe, olhando-o numa despedida silenciosa destes meses maravilhosos que vivemos os dois. Sabendo que devagar o meu pequinino lá vai aprendendo que a vida não são só rosas, que temos obrigações, tantas!...
Mas verdade seja dita. A visão triste que criei de o ver chorando amargamente numa sala carregada de bebés foi quebrada por uma salinha colorida, cheia de janelas a dar para um pinhal, com 2 auxiliares só para ele e mais dois, todas babadas com as caras novas. E ele, sacaninha, contente da vida com tantas coisas novas para experimentar. Estou sempre a aprender...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

hátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmohátrêsnoitesquenãodurmo

e sinto-me a roçar a loucura...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pergunto-me se estarei a envelhecer… Porque assim de repente, de um momento para o outro, sou constantemente invadida por uma nostalgia, uma necessidade de relembrar o passado… Tudo me faz a alma voar para momentos já vividos, em adolescente, em criança, primeiros momentos de namoro, depois de casada, a minha primeira casa, a gravidez… Não fico necessariamente triste, fico assim esvoaçante entre o sonho e a realidade, com uma ligeira comichão no coração… Sinto, parece-me a mim, que o ser mãe fez nascer uma nova pessoa, e tenho momentos que isso me cria nostalgia… Não estou mais infeliz, acho mesmo que a felicidade plena está no nascimento de um filho, mas relembro com saudade a irresponsabilidade que podia viver antes de assumir o meu papel de mãe. Agora tenho impregnado no meu coração a urgência de viver mais e melhor para poder estar sempre para o meu salpico. Dantes acho que também tinha, mas sem consciência disso. E acho que é essa mesma consciência que me faz divagar no ontem… Num reviver constante e melancólico do que já foi e não mais será…

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Lá no meu trabalho há todo o tipo de personagens.
Há os que pegam ao serbiço 1 m depois as 8.30, almoçam pontualmente ao 12, e impreterivelmente as 4.30 estão a dar de frosques (desdequesoumãeestoumaisoumenosnestes).
Há os chefes, directores sisudos (nem sempre), normalmente vindos de consultorias, e com eng. escrito antes do nome.
Há os comerciais, sempre com um sorriso, que pedem as coisas de fininho, elogiando a roupa ou a figura, para darem prioridade aos seus pedidos.
Há os incompetentesdamerda, que normalmente são os que mais exibem o imenso trabalho que têm, os terríveis horários que levam, o amontoado de e-mails que têm para ver, e depois vai-se a ver e pft, nicles, não fazem puto.
E há ela. A menina do sorriso esparramado na fuça. A que já deu formação e mais que o valha, subiu alucinadamente de cargos graças à sua competência e de repente se viu numa área em nada a ver com a sua proactividade espevitada (esgar). A menina que já tocou os 40, que traz sempre a toilete a combinar com a elegância exigida a uma instituição bancária, com direito a colares de pérolas e malas da chanel, e que mal chega manda logo com um : aiocaralho que hoje tou que não me aguento. E lá vai ela, emperiquitada em passos largos para o seu lugar, pousa as malas malinhas e folhinhos e arrasta-se para o bar para o pequeno almoço. Ri-se de forma louca e desvairada, pede-me descaradamente o meu Adónis para sexo ocasional (tata juro que não era por amor juro que não o beijo na boca, mas deixa.-me lá ter sexo com o teu marido lindo da casa dos vinte!!!). e nos intervalos destas javardices, corre para a casa de banho e leva o mulherio do departamento à falência vendendo colares, fios, brincos e pochetes, absolutamente deliciosas e dignas de sites para crianças (toma lá o troco caralho!).
Antítese pegada é o que eu lhe chamo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Diz a dona esmeralda, patroa do bar do meu trabalho, logo pela fresquinha:
OLHÁMÃEDOSALVADOR
E eu
OLHÁDONAESMERALDA
E ela
Não ficou assim muito gorda pois não?
E eu já em tons de fúria
COMO ASSIM NÃO FIQUEI MUITO GORDA, está a querer dizer que estou um bocado gorda??
E ela com a mesma cara a aviar gelatinas
Pois está, não está como era antes, está mais cheinha, mas valeu a pena só para ter o salvador ou não?
E eu
Vaipáputaquetepariu Dê-me lá uma meia de máquina quente sff

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Velho da Avenida

Todos os dias subo de manhã a Avenida da Liberdade em direcção ao trabalho. Subo devagar, sem pressa, depois do merecido shot de cafeína engolido no Rossio. E todos os dias o vejo, ali, encaixado na escadita logo após o São Jorge. De manhã está normalmente no despertar, lava as mãos e a cara com uma garrafa de água, e varre as folhas secas da entrada do seu lar com um jornal. Tem ao seu lado um saco, sempre arrumado, com as mantas da noite cuidadosamente dobradas. Costuma ter do seu lado um jornal, que, após a lida matinal, lê, sentado no seu terraço. Tem uns olhos grandes e profundo este velho, e dia após dia lhe venho notando estas rotinas. E todos os dias penso, que, fosse eu personagem de um livro, um dia a sua rotina seria diferente, quebrada pela minha voz: Venha meu velho, deixe-me oferecer-klhe um café quente. E sentavamo-nos ali na esplanada mais próxima, bebericando café com leite e pão com manteiga fresca. E o velho, com ternura agradecer-me-ia confiando na minha pessoa palavras há muito entaladas no seu coração...


Sabe menina há muito tempo que não tomava uma refeição quente, e na companhia de uma jovem! Como vê estou velho e cansado, a vida já me pregou muitas rasteiras...


E eu sorriria, naturalmente, sem medo, disponível e curiosa. E ele continuaria...


Acho que a última vez que o fiz, foi com a minha filha, lá em Grândola no nosso jardim. Mas a vida levou-ma. E eu acho que sem ela gosto mais deste meu lar, inundado de luz de dia e de silêncio de noite. Estou sempre acompanhado mas não tenho de falar a ninguém.


E só então eu perceberia a simpatia automática que senti por este velho de olhos profundos. E sorriria bebericando o meu café com leite, contente por poder ter oferecido um bom momento ao velho da avenida.


Mas ao invés, passo por ele, olho-o na privacidade dos meus óculos escuros e penso no egoísmo da minha pressa: não, hoje não é o dia.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Não compreendo as mulheres

Não sou pessoa de ler 300 blogs, mas tenho alguns de eleição. Um deles dá pelo nome do título deste post: Não compreendo as mulheres. É um blog genuíno, directo e engraçado.
E tem piada que, quando lá vou, fico sempre também com essa sensação... Não as compreendo... Só esta frase já diz tudo de si mesma... Em vez de dizer não me compreendo, trespasso este sentimento obscuro para as fêmeas em geral. Porque é muito mais fácil não compreender um grupo, unido por traços comuns e por isso normais, do que efectivamente não compreender o que se passa dentro de mim. Implica uma introspecção, uma procura de auto conhecimento, uma entrega, um cai na real que assusta. E por isso, bem mais fácil, digo logo, encolhendo os ombros com desdém... Não compreendo as mulheres.

De regresso (parte I)

Já consigo fazer reply's e fw's... Já redecorei algumas siglas. Já redescobri a ementa do refeitório na intranet.
Não tarda volto a bombar... Mas hoje não é o dia.

domingo, 21 de agosto de 2011

O bom de voltar ao trabalho...

É sem duvida o fim de semana... e o sorrisão desdentado do meu besnico que me olha às 9 da manhã como quem diz: OLÉ NÃO ME ABANDONASTE SUA VADIA?

Já começo a perceber porque se mimam as crianças em demasia... o sentimento de culpa de as largar o dia inteiro parece que nos devora o coração...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tata está de volta... Tenho saltos altos nos pés (e rezo avidamente a todos os santinhos para não me espalhar ao comprido) rimel no olho, oculos e ar compenetrado. Cheira a computador. Já estou absolutamente exaustade tantos deletes que faço ao e-mail. Morro e saudades do meu besnico e sinto-me tipo salazar à conversa com passos de coelho... estupidamente desactualizada!

sábado, 6 de agosto de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Transborda-me a alma... Fecho os olhos 2 segundos apenas e de repente já lá vão quase 5 meses... E a alma transborda para fora coisas ocultas, que não chorei, que não lembrei, das quais não falei... Olho-te meu pequenino, sem o cansaço das noites, a obrigatoriedade dos biberons, os beijos repenicados e vejo tudo de novo... Aperta-se o coração numa angústia que já passou mas não foi vivida. Vejo agora que não fui corajosa, nem se quer valente. Entrei num estado de espírito dormente, anestesiado, amorfo, e parece que só agora revivo as lágrimas que não chorei.
Irrito-me pela leveza com que deixo as coisas passar... Irrito-me. Porque sim, é verdade, estás aqui, implantado na minha vida, enraizado no meu coração, corres-me nas veias, nos sonhos, no próprio respirar... Já não sei o que digo... estou nostálgica.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

e agora derepente apercebeu-se-me...

...preciso de arranjar os pés, tirar o buço, depilar as pernas, cortar o cabelo, arranjar as mãos, endiretar as costas, reler o dicionário para ganhar vocabulário sem "inhos", perder 4 kilos, rever o armário, procurar os sapatos de salto alto... ai e só tenho NEMUMMÊS!

domingo, 17 de julho de 2011

A menos de 1 mês...

Falta menos de um mês para voltar à carga à vida real... Para me levantar de madrugada, pé no acelerador, comboio e metro (sim porque viver no paraíso tem destas coisas).
Confesso, morro de saudades do trabalho. Não só das amigas, da vida de crescida, dos horários e gargalhadas no café, mas também do trabalho mesmo. Sei que em casa podia perfeitamente exercitar a mente lendo um jornal, actualizando o blog, etc etc, mas a verdade é que em casa amolece-me o espírito... Para além disso o meu pirralho conquista-me todas as atenções, desdobro-me em mil para conseguir gozá-lo, educá-lo, mimá-lo, curti-lo só para mim, como sei que, a menos de um mês, não o poderei fazer mais.
E por isso, ao lado das saudades da vida de crescida e do meu espaço, vem um aperto... Olho para o meu besnico e dá-me vontade de chorar de pensar que a nossa rotina vai ser quebrada... Que não vou estar eu o dia inteiro com ele, a beber cada novidade que constantemente me dá. E tenho medo que ele se sinta abandonado, que não me perdoe... E isto é estupido, eu sei, mas efectivamente... sou mãe.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hoje recebi pressão para voltar a escrever... eu própria várias vezes abro o blogger, mas rapidamente volto a fechar...
Parece que algo mudou dentro de mim, e não sei como escrever, nem sei, aliás se o deva escrever. O meu humor oscila entre uma nostalgia vaga do que já não sou, e a euforia deste novo papel que intensamente vivo desde que nasceu o meu filho. O MEU FILHO... Acho que é isso.
Mas sim, tenho saudades de escrever... Acho que o facto de estar completamente desconectada do mundo (ainda estou para descobrir quem é afinal o FMI...) não ajuda, porque como já aqui referi, faz-me sentir embrutecida.
Mas não me interpretem mal. Acho que nunca conheci a felicidade de forma tão plena! Apenas recordo os momentos que vivia no refeitório, com as minhas colegas mães, e sim, é giro saber que os meninos já andam, ou dizem méda, mas sinceramente, quem quer saber do arrotinho sorrisinho peidinho ou papinha constantemente?...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Amar assim

Um dia meu amor, vou-te contar a história de amor que eu e o teu pai vivemos até te desejarmos... Vou contar-te cada entrelinha, cada sorriso, cada sonho. Vais saber o momento que decidimos que era o dia, que projectamos a vida com mais um membro. Vais saber como demos a mão e choramos quando soubemos que vinhas a caminho... quando te vimos pela primeira vez no médico, e viraste gente apesar de apenas com milimetros... Vais saber a emoção que sentiamos sempre que crecias mais um pouco, a expectativa crescente de te conhecer... A alegria de recebermos as primeiras ropinhas, a procura da casa perfeita para poderes crescer... Um dia meu amor, vais saber o aperto que sentimos quando nos disseram que algo não estava bem. Mas vais saber também que mais um vez demos a mão e juntos decidimos que serias capaz. Um dia meu amor, conto-te cada pedaço da tua história, que é minha e do teu pai também, e vais conhecer o amor incondicional que já sentiamos por ti quando todos os sinais pareciam escuros. Vais saber que nunca desistimos, sempre acreditamos que seriamos capazes, que serias capaz de vencer essa e qualquer outra batalha. Vou contar-te então o dia em que nasceste, que te vimos, pequenino, perfeito, estupidamente nosso. E choramos, eu e o teu pai, porque chorar só cabe a quem é valente e a quem sabe o que é amar assim.

sábado, 21 de maio de 2011

É verdade... este blog perdeu a graça. A minha mãe diz que estou a ficar embrutecida, preciso de ler um livro urgentemente... ou ver o telejornal.... Mas não consigo. Estou para lá de exausta, tenho a mioleira empapada em fraldas e biberons (sim que a história da mama é muito bonita e que faz bem ao menino, mas o meu menino é um alarve e eu não tenho produção leiteira que aguentem a fome dele).
A minha vida mudou. Já não saio de manhã para ir trabalhar, abro o publico online e converso com os colegas sobre FMI's e cenas dessas actuais. Agora a minha vida é outra. Ligo à mamã de manhã e conto-lhe quantas caquinhas fez o menino, ai que hoje bebeu 180ml no biberon, e que se riu quando bocejei. A verdade é que ainda nem 3 meses passaram, e a minha vida mudou. Ganhou tempero. Ganhou um sentido maior que eu. E não sei se isso são coisas que se partilhem assim.
Prometo que volto à carga quando deixar de ficar embrutecida. Nem que seja em Agosto, quando voltar a trabalhar!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Devagar a vida da tata começa a entrar nos eixos... É ver-me de automóbel toda independente, de cá para lá com a criança ao lado... É ver-me toda maluca, de manhã, com tempo para um banho e fazer a cama de lavado e beijocar a criança sem barraria a torto e a direito... E devagarinho, sinto-me a ganhar tino na vida de mãe... Confesso que o inicio foi assustador, que a criança tinha momentos que parecia possuida pelo demo, e eu, como bela fêmea carregada de hormonas histéricas, a culpabilizar-me, ai que a crinaça sofre e é nervosa por minha causa! Mas agora não... Sinto-me mais confiante, conheço-lhe as manhas, as horas, os choros... Amo-lhe os risinhos, os sobrolhos franzidos, os gemidinhos a mamar...
Estou completa. Estou feliz...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Faz tempo que aqui não venho... Mas o objectivo é não aborrecer os meus vagos leitores com histórias de fraldas e caquinhas e biberãos e noites mal dormidas e tudituditudi...

Mas hoje houve um evento importante... Hoje casou a realeza, essa beleza... Um verdadeiro conto de fadas, ela, plebeia, linda, estupenda a arrasar com todo o sangue azul de gengivas roxa e chapéu grenás... Ele sorridente, bem fardado tal e qual príncepe da bela adormecida (com o chapéu, que aquela careca não lembra ao menino Jesus). Os cavalos e os seus arranjos doirados... Os abions em grande parada (achei eu que o meu avô, ex piloto, achou aquilo fraquito fraquito). A raínha, essa marota, tal e qual pintainho toda de amarelo a acenar ao povo amado... E a minha mãe, ao meu lado, tal e qual saloia de colares, limpando as lágrimas, benzendo-se, e pedindo a deus nosso senhor que eles fossem muito felizes... Ai senhor senhor... As coisas que uma doméstica passa...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Isto não é um baby blog

Mazéque aqui a tata está que não se aguenta... Pois que estava plenamente convencida que o médico me ia mandar voltar ás jolas de forma louca e desenfreada, uma vez que a criança me faz intervalos ridiculamente curtos e a mama está que não se aguenta de cansaço, mas aqui o SALPICÃO, este matulão, está a engordar que é um disparate, por isso, basicamente saí do médico com a nota: mana, se o puto quer mama de hora a hora, pois escusado será pô-las para dentro, alimenta mazé a criança que está para lá de saudável! Está sôtôr... Assim o farei...

sábado, 2 de abril de 2011

Mê Bujix, meu primogénito, que dormia enroscadinho a mim no sofá da sala, me acordava de manhã para ir à rua, me lambuzava a focinheira e tudituditudi... Taduxinho, voltou hoje para casa dos papás mas com novas regras depois de 3 meses seriamente estragado em casa da avó (dormidas na cama com aquecedor ligado)... Está na rua, e chove, e ele gane com uma tristeza profunda como se não entendesse que mal fez... E eu estou dividida entre o choro do meu salpico e o ganir desesperado do mê Bujix... Digam-me que o meu piqueno felpudito se vai acostumar à rua RAPIDAMENTE, que aqui a tata tem o coração despedaçado...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

De como nem tudo é romântico

Vá bebé, a mãe dá banho de noite para ver se amoleces, fecha as luzes do quarto, xxxxiiiiu ão faz barulho, mete Mozart baixinho, toma lá a maminha, embalo devagarinho, faz óó meu pequenino, solto um bocejo, porra estou cansada comámerda, vá bebé, é hoje que te acerto os sonos, xxxiu, a mãe está aqui, faz óó, ó que sorrisão grande, vamos lá arrotar, xxxiuuu não faz barulho, devagarinho para não acordares, que amor, a cabeça pende para o lado, EH ganda arroto, a mãe vai-se levantar devagar devagarinho, xxxxxiiiiu, a mãe está aqui, pronto já estás no berço, que amor como ele dorme, entalo-te bem entaladinho, sorrio, cabom ser mãe desta coisa fofa, xalá mazé dormir que já não me aguento nas canelas, fecho os ollho, tá quase, tá quase, TÁ QUASE.... BUÁÁÁÁÁÁÁÁ..... Levanto-me, o que foi meu amor, a mãe está qui, BUÁÁÁÁÁ, xxxiu, toma lá a xuxinha meu amor, olhó Moazzart a tocar, BUÁÁÁÁÁÁ, pronto a mãe pega ao colo taduxinho, daasse, só queria dormir 10 minutos, BUÁÁÁÁÁ, pai toma lá o bebé, tem cólicas faz-lhe aquelas massagens, BUÁÁÁÁÁÁ, pronto, o pai está aqui, xxxxiiiu, faz óó, BUÁÁÁÁ, ai o caraças toma lá aero om, toma a xuxa, BUÁÁÁÁÁ, ai a merda mas o que é que ele tem, são cólicas brasa, BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁ, tadinho tá roxo, vai de cotonet, eh ganda caca, pronto, agora vai fazer óó não é bebé, xxxiiiiu, o pai e a mãe estão aqui, faz óó, BUÁÁÁÁÁÁ, ai o CARAÇAS, MAS O QUE É QUE TU QUERES PUTO, CALA-TE PAH! E andamos neste jogo a noite toda... agora dorme ferradinho aqui ao meu lado, que coisinha mais querida.... e hoje faz um mês de vida...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Meu amor... Contra todas as probabilidades, avisos e conselhos, contra tudo aquilo que me alertaram que seria, a cada dia que passa eu amo-te mais e mais... Este pequeno milagre que encheu as nossas vidas alterou-nos as rotinas, interrompe-nos os jantares e deixa-me exausta à noite... Ainda assim, sempre que acordo de noite para o alimentar, olho para o lado e vejo o meu Adonis, sinto-me mais apaixonada que nunca, mais tua que nunca! És único, irresistível, mágico, e inifinitamente mais apaixonante, principalmente agora que és pai e eu mãe... Obrigada por dares sentido à minha vida.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sócrates foi cocaralho, a hora mudou, a Geração a rasca guincha nas ruas, o japão sofreu a maior desgraça de todos os tempos, o país afunda-se sem mais não, porrada da feia no sporting depois dos cheneses serem chamados a sua salvação... e a tata tá out, noutra, babada, apaixonada, cansada mas feliz... És o meu pequeno grande milagre...

sexta-feira, 18 de março de 2011

É claro que cansa... e assusta, porque estas pessoas pequeninas não falam, só choram... Ás vezes dá falta de ar, quando o almoço fica a meio, o cigarro por fumar, corremos do banho para acudir um choro...Ficamos sem tempo, exaustos (acordar de 3 em 3 horas é obra), às vezes sufocados... Tenho saudades de imperiais ao fim do dia, maços de cigarros fumados de enfiada na cama com café, noites de 10 horas de sono seguidas...
Ainda assim... Estou absolutamente maravilhada com esta cena de ser mãe...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Não há palavras para descrever tudo aquilo que sinto... Provavelmente qualquer mãe que leia isto que escrevo se vai identificar, mas ainda assim, sinto cá dentro uma posse de excluvidade por tudo isto com que a vida me abençoou...
Depois de uma gravidez muito complicada, que previa cenários escuros, nasceu o meu salpiquinho de gente... aquela amostrinha de pessoa, todo cheio de vida, como eu o sentia dentro de mim, todo decidido a provar ao mundo como é superior a diagnósticos e previsões... porque tenho a certeza que ela sabia o amor gigantesco e sem fronteiras que o esperava cá fora, e por isso veio, e venceu!
E eu, depois de estar afastada dele os primeiros 4 dias, estou agora em casa com ele... estupidamente apaixonada por cada gemidinho, cada sorrisinho que me oferece a mamar, cada vez que me chama e eu corro. É um amor em tudo diferente... É um amor que não acaba nunca, que se alimenta de si proprio e se multiplica infinitamente, a cada segundo que passa.
Ser mãe é afinal isto... Estou feliz... É isso...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Adeus vida de prenha!!

E cá estou eu, a bela da tata, sentadinha mais uma vez no seu sofá, na última noite que me espera barriguda... A partir de amanhã, adeus improvisos de fins de semana, adeus café na cama com cigarros, adeus carro com pelos de cão e lancheiras e lixo... A partir de amanhã digo adeus a uma vida sem filhos (bem, na verdade, desde que engravidei que muita dessa vida, abraçada a imperiais no miradouro da Graça até mais não, foi ao ar), e de mão dada ao meu Adonis lá vou eu de madrugada, para o hospital, para aquele que será certamente o dia mais longo da minha vida.
Digo adeus a muita coisa... Mas digo também olá.
Olá a um amor incondiconal que há 9 meses cresce dentro de mim. Olá a uma nova aprendizagem, cheia de sobresaltos, alegrias e medos. Digo olá aquilo que certamente será a melhor experiência desta vida (se não mesmo uma das razões primárias de estarmos vivos)... A experiência de ser mãe... Ao lado do melhor marido, amante, amigo, companheiro e companhia deste mundo... e que apartir de amanhã, será também o melhor pai.... No doubpt about it!!
Wish me luck!!!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estou neste momento sentadinha no meu sofá, na minha casa... No lar que projectamos, eu e o meu Adonis, desde Agosto... O canto que decidimos, contra todos os "conselhos" de família, construir para ver crescer o Salpiquinho... E claro, como bons apaixonados que somos, como amantes da natureza e do ar livre, esta decisão também teve em conta a nossa vontade de sermos felizes!
O meu coração está agora indeciso, entre o excitamento de estrear cada cantinho da nossa casa, e a ansiedade que precede o provavelmente dia mais importante da minha vida... que é já na Terça-Feira. Já a minha sábia avozinha diz: Deus escreve direito por linhas tortas, e a mudança de casa nesta altura, parece um bocejo quentinho da vida para nos dar ânimo, coragem e alegria.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A menos de uma semana de parir...

- saudade de tornozelos em vez de troncos
- saudade de andar de forma feminina (sem a mão nos rins, e com a pernoca máfechadita)
- saudade de comer sushi com uma garrafa de vinho branco so para mim
- saudade de fumar um maço de tabaco de enfiada
- saudade de vestir o 34 (É ISSO MESMO TRINTAEQUATRO)

e ainda assim... cheia de medo do que terás de enfrentar cá fora meu pequenote... saltito entre o desejo louco de te ver, e a vontade maternal de te proteger cá dentro de mim....

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Temos pena mas é a viding

Tentem perceber malta, a minha vida, para quem a espreita de fora, está um verdadeiro aborrecimento (enfase no érre). É verdade, podioa estar a aculturar-me, a ler kant e platão, ou porque não o DN... Podia ver as notícias a tempo e horas, e escrever sobre o estado das coisas... Mas não me apetece peva. Passo o tempo a pensar no tempo que passa (ou não passa, isso depende de como acordo de manhã, depois de noites atribuladas entre arranjar posição e idas esquizofrenicamente frequentes à casa de banho). Podia voltar a comunicar com velhas amigas, ou mesmo as novas, a contar as coisas da vida, ou a relembrar o passado.
Mas não. Não me apetece. Prefiro aconchegar esta nova versão de cara bolacha maria à almofada e nada fazer, nada pensar. Prefiro navegar ao acaso no Facebook, nos blogs que aí andam. Prefiro atrofiar. Talvez porque tenha pena de mim. Talvez porque sou, naturalmente inculta e mentalmente perguiçosa. Talvez porque deteste esperar e nunca na vida dei por mim a esperar taaanta coisa.
Perdão a quem me liga e não atendo. Perdão a quem me lê e inevitavelmente solta um bocejo. Perdão a quem se preocupa comigo e eu não falo. Mas estou em banho maria. A ganhar bactérias e imunidades para o que lá vem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É claro que tenho medo... É claro que me passam na alma todos os sentimentos, desde os mais puros aos mais assustadores... É claro que na vida nem tudo é só rir... E a espera apimenta a ansiedade... Mas depois, estou deitada, olho pela janela, e ele mexe... Mexe e mostra-me a vontade que tem de viver, de se mostrar ao mundo, de me ver... E eu penso: que minúsculo é afinal este sacrifício que eu, que quis ser mãe, tenho de fazer? Ao pé do que tu, meu pequenino, vais ter ainda de enfrentar?
Custa-me a espera, custa-me a falta de confiança que às vezes me assombra de noite... custa-me a dúvida e o medo. Mas o meu amor por ti supera tudo. Acho que já te conheço... e cheira-me que és danadinho de beijar, tal e qual o teu pai...

As aventuras de uma prenha em casa da avó (parte III)

Faço corridas com o meu avô de 91 anos até à casa de banho... e ele ganha-me....

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Força

E sobre a força, que dizer? A mesma que nos queixamos não ter quando merdices nos abalam... Quando falta a auto-estima por causa de uma borbulha... Ou porque queriamos A e recebemos B... A força, essa, que se esconde refundidinha no canto mais pequeno da alma, a sugar-nos energia escondida, um bocadinho só a cada dia que passa, para que não saibamos que ela existe, que nos pertence, que é nossa. E de repente, quando menos esperamos, na maior rasteira, desilusão ou medo, ela vem e arrebata-nos a forma de pensar, domina-nos sem pedir autorização, guia-nos os passos sem nos dar opção de escolha.
Numa das minhas crises de adolescente (para aí porque pesava 52 kilos em vez de 50), uma grande amiga minha disse: Deus (ou a vida, ou o destino, ou buda, ou Ala...) nunca nos dá areia que a nossa camioneta não possa aguentar...Na altura não percebi, ou aliás, achei que ela não podia compreender a dimensão da minha dor, Deus esse ingrato tinha atirado com 15 tonelas e meia de terra para cima da minha pequena trotineta... E agora olho para trás e penso... Querida amiga... que razão tinhas, nos teus sábios 18 aninhos...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Visão das eleições de uma mulher de baixa

Primeira vez desde os meus 18 anos que não vou às urnas... Desta feita fiz parte daquela massa cinzenta sinistra dos 50% de abstenção... Os mesmos que antes do 25 de Abril grunhiam desvairadamente o seu direito de voto! Iac. Mas vá, tenho mais ou menos desculpa, esta cena da maternidade não me deixa espaço a grandes aventuras, como deslocar-me à Graça para ir pôr a cruz no papelinho.
A reter:
O Alegre ficou triste.
O Nobre afiambrou mais votos do que esperava.
E o Cavaco não cavou daqui... Se calhar devias filho, não te espera um ano nada fácil... Quando ainda por cima, e passo a citar, é preciso nascer-se duas vezes para se ser mais sério do que tu, que representas este país de subornos e subornados. Boa sorte, sim?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tristeza é...

...passar em frente a um espelho e pensar rapidamente: ehdesgraçadacagandacoirão, e só depois ter a noção que estava perante o próprio reflexo...
Nunca mais digo mal de gente feia.

As aventuras de uma prenha em casa da avó (parte I)

Sempre fui impaciente. Sou daquele tipo de pessoas que à meia noite do dia do ordenado está especada no homebanking para ver quando este cai. Ou quando envio um e-mail importante, vou dezenas de vezes verificar se já recebi a resposta. Ou quendo escrevo um post novo entro mil vezes no blogger para ver se já tenho comentários (ouviram esta?!). Não gosto de esperar. Nunca gostei. Quero tudo agora, já, imediatamente.
Vaio daí a malvada da vida põe-me nesta encruzilhada... Toma lá minha menina, para ver se amadureces um pouco, enfia-te na cama e espera. Espera que tudo corra bem. Espera pela hora de almoço. Espera pela chegada do Adónis ao final do dia. Espera pela próxima consulta (esta então transcende-me! Eu que nunquinha metia estas delicadas patas num médico, não faço ideia do que é ir ao dentista, e as primeiras análises que fiz foi na medicina no trabalho, agora todas as semanas lá vou eu empestar-me de cheiro a éter para mais um exame qualquer). Espera pelo dia D, que afinal, já só falta 1 mes e picos (UM MÊS?!?!)
E dou por mim a ter de ser valente (é, riam-se à vontade, a mim também me dá vontade rir quando penso que a maior paneleira neste planeta agora tem de ser corajosa). Seringas? Venham elas! Soro na veia? Bora lá nessa! Pontos sabe Deus onde? Who care's?? Se quiserem podem até fazer-me uma cesariana a frio, ali na casa de banho da estação de queluz belas com a navalha da chouriça da hora de almoço. Don't give a dam. Quero é que venhas rápido meu salpiquinho de gente. Rápido, e bem, que é para te poder baixar a fralda e dar-te uma valentíssima palmada nesse rabinho fofo da mãe!!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

À beira da loucura

A tata está de baixa... Marinando devagarinho, alontrando como se não houvesse amanhã... A tata arrasta-se devagar devagarinho da cama para o sofá e do sofá para a cama (já vos contei que estou accampada em casa da melhor avó do mundo enquanto as obras da bibenda do amor não acabam?). Na loucura lá vai a tata à cozinha. Num esforço titânico. Agarrada à pança não vá o puto querer vir mais cedo...
A tata conta os segundo, mais um que passou, já só faltam uns milhares até Março... Ai tempo dum cabrão que quando queremos que corras arrastas-te, quando queremos que molengues sprintas feito doido. Mas é assim a vida da tata. A maternidade exige sacrifício já alguém dizia... E por isso aqui estou eu, de caminha, a contar os cigarros que posso fumar, tentando desesperadamente lembrar-me do que é ter uma cintura, sonhando babada com 123 imperiais geladinhas ao final do dia. Não me estou a queixar pah! Estou estado de graça, bem sei... Oh canecos... Sodade do pecado inconsequente...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

back?..

Muitas são as coisas que têm acontecido na vida da tata... bem, verdade verdadinha é que não me tem apetecido escrever, pronto. Claro que a falta de acesso à net tambem não ajuda, mas a minha alma não tem andado voltada aqui para as tensões hormonais... porque essas cabras malvadas tem estado ocupadas a possuir-me por completo, num desenfreamento desvairado de acontecimentos altamente tensos... e loucamente hormonais... enfim. A ver se é desta que estou de volta à escrita para lá do interessante!!!
See you soon!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011