segunda-feira, 11 de abril de 2016

Ele abraçou-me e disse-me:
- Mãe, vou fazer um poder para tu mais nunca (nunca mais em salpiquez) ires para o xéu.
- Como assim salpico?
- Então quando tu morreres eu faço pffrraupum, um poder e tu não vais para o xéu.
- Não queres que a mãe vá para o céu quando morrer?
- Não. Quero-te sempre aqui.

E rachou-me a alma de receio e tristeza também, porque o meu pequenino começa a perceber o fim, a mortalidade das coisas, a saudade. Rachou-se a meio a alma porque apesar de mórbida esta foi a declaração de amor mais profunda do meu príncipe loiro e crescido.
Rachou-se também porque espelho nele um medo meu. Aquele que é inevitável. O do fim. O da mortalidade das coisas. (Então e a fé? Não sei da fé. Tenho-a mas sem rédea, não sei usa-la quando preciso).
Eu não sei lidar com isso, isto, oh caraças que angustia.

Falemos de sexo filho, pode ser?

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