quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ando cheia de trabalho (nos dias de hoje temos mais é de agradecer nosso senhor ser bondoso connosco e carregar-nos com uma carrada de trabalho para justificar a belíssima fortuna que nos cai na conta ao final do mês), mas dizia eu, ando cheia de trabalho. A verdade é que sou privilegiada, tenho trabalho e um horário espetacular que me permite ser também uma mãe presente. mas ultimamente tenho saído tarde, e estive fora dois dias, maneiras que para o salpicadas sobra o ralhete da noite para dormir, já que de manha não me cruzo com a sua pequena pessoa. Com isto, e estamos a falar de três semanas, cai o belo do remorso, aquele sentimento que vive em conjunto com um amor as vezes ate ridículo de tão gigante que é de qualquer mãe. E cai o remorso porque mal o vejo, e quando vejo estou cansada e sem paciência para perder hora e meia a adormecer a fera (que talvez como consequência de tudo isto nos tem presenteado com uma adoráveis birras para se deitar). E isto põe-me a pensar, a mim que ate tenho sorte e consigo gozar aquela coisa maravilhosa carregada de caracóis que me traz minis quando me vê cansada, que esta merda deste mundo está todo trocado. Andamos todos a correr atrás nem sei bem do quê, mas corremos desesperadamente, passando por cima de coisas tao lineares como o simples gozar estar vivo, ter uma família maravilhosa, e ser mãe. E ando nesta nostalgia desenfreada e o meu homem traz a "musica no coração" e de repente vejo o filme da minha infância, carregado da magia do era uma vez e do felizes para sempre, e ora que porra, vejo que nem nestas merdas soubemos dar continuidade ao que é bonito, romântico e sonhador. As porcarias que passam na televisão e cinema são inevitavelmente trágicas, com raptos, violações e sexo infiel, já não há a magia dos contos de fadas em porra nenhuma. Esta merda deste texto não esta a fazer sentido nenhum, mas não interessa, estou cansada e estou triste, o meu filho acabou de chorar de corpo e alma porque não me queria a adormece-lo.

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