sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Já não escrevo há muito tempo, é verdade, mas ultimamente tenho vivido muita coisa, falha-se-me a capacidade de mandar cá para fora, é que fiz 30 anos, já vos tinha dito, e parecendo que não 30 já é muita fruta, depois foi o trabalho, muito, o filho que cresce e nem sempre consigo acompanhar, é a expectativa do amanhã, gerir expectativas é fodido, há sempre um misto de medo e esperança, uma confusão interior do caraças, veio o Natal que é uma altura bonita, sim senhor, junta-se a família, as crianças em euforia, mas faltou-me um pilar de todo o tamanho, faltou-me o meu avô, oh santito gosto tanto de a ver, e natal sem avô fica assim como o presépio sem o menino Jesus, também me irrita a loucura dos presentes a exigência das famílias que agora são muitas e o Natal é só dia e meio, mas gosto das arvores enfeitadas, do cheiro a sobremesa, da lareira acesa e das gargalhadas de quem amamos, há também o meu feitio, parece que muda dia sim dia não, não sei o que se passa sinto-me sempre numa mutação cansativa, e a falta de tempo, isso sim, é uma real bosta que uma pessoa se for a ver bem, a vida são dois dias e às vezes tenhom um medo do caralho de não a aproveitar como deve de ser.

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