terça-feira, 13 de maio de 2014

Saudades com um ano

Passei de criança a mulher com uma base católica. Cresci a saber rezar o terço, a oração dos fiéis na missa, a saber quando me devo levantar e sentar. Cresci orientada para aquilo que a Igreja nos prega, fui batizada, fiz primeira comuninhão, profissão de fé e crisma. Na altura de me juntar com a pessoa que amo, fiz questão de ser abençoada numa igreja, com comunhão e oração na altura de trocar as alianças. Tenho por isso enraizada no meu coração a cultura critã.
Fé.
Fé é diferente.
Tenho alturas em que a sinto de tal forma que parece que a posso agarrar e mostrar ao mundo. Tenho outras que não a sinto, prevejo-a apenas, mais com esperança do que com crença. Pilar de fé, para mim, foram e são os meus avós. E hoje, dia da Nossa Senhora dos portugueses faz um ano que tive de passar a olhar para esse pilar com os olhos do coração. E o meu coração, às vezes, fecha-me os olhos à bruta deixando-me às escuras.
Tenho saudades, tantas saudades que dói...
No dia de Nossa Senhora, símbolo de mãe, alvo de uma enorme devoção do meu avô, relembro o dia em que a minha vida ficou mais pobre, sem aquele pai ao quadrado, sem aquele poço sem fundo de bondade, altruísmo, e orgulho nos seus.
Hoje, é o seu dia avô Manuel. O dia de Nossa Senhora de Fátima.
Olhe por mim sim?

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