quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pediatra a aventura

Lá fui eu ontem apoquentada com as sapadas constantes do menino, os dentes que estoiram todos os dias, as birras, cansaço, mau estar genérico. De análises à urina tipo dois em punho (muito giro, saquinho no feijãozinho do bebé e muita paciência xxxxxxxx faz xixi bebé xxxxxxxxxxxxxx) lá fui com o crianço ao pediatra. Um doce, todo bem aperaltadinho, encafuadinho do ovo, bochechas rosadas do frio. Foi entrar na sala e depios de palminhas e murros na mesa de alegria enquanto corria a entrevista inicial começou o filme. Goela afiada, olhar furioso rabanadas mostra o demo que há em si num grito de fúria e contestação. Então bebé, a mãe está aqui, xxxxiu, era uma vez um cavalo que vivia nbum lindo carrocel... e ele, de sobrolho arregalado boca escancarada mostrando o principio dos 70 dentes que lhe rebentam na boca, punhos cerrados e pernas aos coices berrou, mas berrou com todas as forças que lhe restavam de uma manhã cansativa e sem sesta. Eu sorrindo, fingindo que tinha tudo sob controlo, mas nervosa inquieta, ai o cabrão do puto que é que se passa, consigo finalmente desnudá-lo e ele da cor de uma beringela já nem era de tomate, furioso com o incómodo de o despir. O dr aproxima-se calmo na sua sabedoria de 40 anos de pediatria, fala baixinho e começa as medições. Afastei-me com medo como se não tivesse nada a ver com aquilo que mais parecia um filme de terror. Todo ele se contorcia numa fúria eminente, numa revolta que não lhe conhecia, torcia e contorcia-se esmurrava o médico tentava mandar-se da maca abaixo tal e qual kamikasi pequenino. E eu sorrindo, ai que amor o meu menino tanto pulmão credo, mas torcia os dedos nervosa, mas o puto tádoido ouquê? Dotor já em desespero de causa manda-me amarrá-lo, placá-lo daquela fúria agarrando-lhe as mãos e as pernas para lhe ver os ouvidos. E eu obedeci fingindo experiência e calma no assunto quando a vontade era agarrar no miúdo e fugir dali para sempre com vergonha das pessoas que na sala de espera ouviam tudo aquilo.
Resumindo a odisseia o menino está bem e recomenda-se. Valha-lhe a força de vontade, credo, tão definida que tomara eu!

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