quinta-feira, 12 de junho de 2014

Uma vez mais à espera. Odeio esperar, já vos disse?
As coisas momentâneas tem um poder sobre mim terrível, de inevitabilidade e eternidade. Assim, quando estou a sofrer sofro de corpo e alma, como se o destino me estivesse a colocar naquela situação de forma eterna. Por isso  lido tão mal com a espera. Ah que só faltam 4 semanas, tem paciência. Paciência uma porra. 4 semanas com medo, com dores, 4 semanas a ver o tempo ir devagarinho como tudo custa-me uma vida. Se vale a pena? Sou impaciente mas não sou estúpida, claro que vale. Olho para a minha amostrinha de gente, coisa mais querida, tão preocupado com a mãe, e sei que vale a pena. Vale isto que estou a passar e muito mais. Mas não é por isso que passa a ser fácil.
Bom, estive internada, contrações fortes, depois daquele enxovalho de maleitas que me deixaram de banda. E eu sou uma pessoa que lida mal, muito mal, não só com a espera mas com os hospitais também. O que torna o tempo de espera num hospital um verdadeiro terror. Já estou de volta a casa, sossegadinha como manda a lei, aliviada, mas sempre cm aquela pontadinha de ai Jesus e se?
Sabiam que os elefantes estão dois anos prenhos? Tá-se bem... afinal tá-se beeeeeeeem.......

(visita do nenuco, delirou com a cama articulada e mostrou 258 vezes à enfermeira o meu soro: Óia o dódoi da mãe xôdotoia, ÓIA!!!)

domingo, 8 de junho de 2014

De baixa...

Como aproveitar uma baixa de gravidez para suporto repouso? Começa-se com um filho mais velho doente, segue-se uma gastroenterite e finaliza-se com umas dores de costas de me fazerem chorar feita criança...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Bandidos, é agora ou nunca

É assim. Aproveitar que vamos cá andar com finais de champions, rock in rios e afins, que os aeroportos nos despejam cá milhares de pessoas cheias da guito nos bolsos, para lançar uma operação policial especialérrima, que é nada mais nada menos do que...... recolher tam(inspira)pinhas(expira). E para quê, perguntam vocês?? Então para fazer uma importantíssima Bandeira de Portugal de tam(inspira)pas(expira), ora para que é que haveria de ser?!
Agora vou só ali à casa de banho porque estou com algumas contrações histéricas e venho já.
Divirtam-se a ler a notícias abaixo.

ins-pi-ra

São polícias, mas saíram do patrulhamento para dar "caça" às tampinhas. São precisas 20 toneladas para fazer uma bandeira de Portugal gigante para o dia 10 de Junho.

O projecto, denominado "Bandeira da Esperança" e anunciado pelo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, visa apoiar a selecção nacional de futebol e algumas instituições de solidariedade social, mas tem também outro intuito: que a bandeira entre no livro de recordes do Guinness.
O problema, diz o Sindicato Unificado de Polícias (SUP), é que os polícias envolvidos na iniciativa não são voluntários e até perderam o direito às folgas. À Renascença, o presidente do sindicato, Peixoto Rodrigues, diz que nunca pensou que o envolvimento "chegasse ao ponto de colocar cerca de 15 polícias diariamente a separar tampinhas".
"A polícia retirou elementos da área operacional, cortando-lhes até as folgas, para estarem a fazer aquele serviço, que não faz parte dos conteúdos funcionais da polícia e em nada contribui para uma boa imagem dos polícias e da PSP", critica.
Peixoto Rodrigues lamenta que, "quando recentemente a polícia apresentou uma nova imagem, continua-se a assistir, internamente, a este tipo de comportamentos".
O presidente do SUP diz ainda à Renascença que já se queixou ao Comando de Lisboa e, na reunião que teve, ficou com a ideia que a direcção não sabia que o trabalho não está a ser feito de forma voluntária.
Peixoto Rodrigues afirma que avançou com a denúncia porque recebeu "telefonicamente e pessoalmente queixas de elementos policiais que se sentem de alguma forma constrangidos por estarem a fazerem aquele tipo de serviço e até se sentem humilhados".
Contactado pela Renascença, fonte oficial do comando da PSP promete investigar se há agentes a separar tampas contra a sua vontade, mas sublinha que se trata de um projecto altruísta e humanitário, que deve ser concretizado de forma voluntária

quinta-feira, 22 de maio de 2014

90 anos de vóvó

- Tou, mãe? Estã com a avó?
- Sim, diga.
- Olhe, diga à avó que o presente de anos da avó chega segunda feira. (silêncio) Diga-lhe que mandei vir de espanha a Vogue com o Critiano Ronaldo tooodo nu!!!
(Mãe foi repetindo enquanto eu falava, oiço avó lá atrás)
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

(pausa para respirar do xitex. e finaliza da seguinte forma)
- Pena aquela Irina à frente.....Não faz mal, recorto-lhe a cara e meto a minha!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Maravilhas da prenhez

Estou de 31 semanas de um puto que me ocupa todo o tronco, tou que não me aguento, entre pontapés, contrações e dores estranhas. Tenho imensa fome constantemente depois como uma merda de um tremoço e fico com uma azia que até ando de lado, uma merda de um fogo que se me sobe por aqui a cima. À noite para me virar na cama estou a pensar montar um guindaste que me auxilie, porque de cada vez que o faço acordo e o esforço é tal que parece que acabei de correr uma maratona. já para nao falar de cãibras sinistras, que me fazem atirar da cama baixo aos grunhos de dor, e o Adonis, desgraçado sem perceber nada, a achar que estou em pleno trabalho de parto, aos coices no chão tipo foca fora de água.


Estou de 31 semanas, praticamente a rebentar pelas costuras. Quando morrer a primeira coisa que pergunto a Deus é o porquê de tanto tempo nisto.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Coisas que não faço questão de ouvir

AHHHH CREDO AGORA É QUE TE VI, OLHMÉSSAS MAMAS, E ESSA BARRIGA, TÁS TÃO GRÁVIDA MULHER, CREDO
Não. Não fico feliz. Mesmo. Foda-se.

TÁS A COMER DE NOVO?
Não estou a estou a contar acaros caralho, não se vê logo?

terça-feira, 13 de maio de 2014

Saudades com um ano

Passei de criança a mulher com uma base católica. Cresci a saber rezar o terço, a oração dos fiéis na missa, a saber quando me devo levantar e sentar. Cresci orientada para aquilo que a Igreja nos prega, fui batizada, fiz primeira comuninhão, profissão de fé e crisma. Na altura de me juntar com a pessoa que amo, fiz questão de ser abençoada numa igreja, com comunhão e oração na altura de trocar as alianças. Tenho por isso enraizada no meu coração a cultura critã.
Fé.
Fé é diferente.
Tenho alturas em que a sinto de tal forma que parece que a posso agarrar e mostrar ao mundo. Tenho outras que não a sinto, prevejo-a apenas, mais com esperança do que com crença. Pilar de fé, para mim, foram e são os meus avós. E hoje, dia da Nossa Senhora dos portugueses faz um ano que tive de passar a olhar para esse pilar com os olhos do coração. E o meu coração, às vezes, fecha-me os olhos à bruta deixando-me às escuras.
Tenho saudades, tantas saudades que dói...
No dia de Nossa Senhora, símbolo de mãe, alvo de uma enorme devoção do meu avô, relembro o dia em que a minha vida ficou mais pobre, sem aquele pai ao quadrado, sem aquele poço sem fundo de bondade, altruísmo, e orgulho nos seus.
Hoje, é o seu dia avô Manuel. O dia de Nossa Senhora de Fátima.
Olhe por mim sim?