segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Roda Viva, vida que roda

Fecho os olhos... primeiro ao de leve, depois cerro-os com força. Inspiro até ao limite dos meus pulmões, apuro os ouvidos, deixo as memórias nadarem sozinhas, sem controlo, sem porquê, sem se quê...
O dom da vida surpreende-me cada vez mais, à medida que vou amadurecendo, à medida que a própria vida me eleva, ou me derrota. É minha por um lado, por outro não me pertence. Ilude-me, crio constantes ilusões convencida que traço objectivos, cumpro planos, construo sonhos. E ela roda, sozinha, deixando-me sonhar umas vezes, deixando-me cair outras. A vida é minha mas não me pertence.
Nasço, creço, envelheço, morro. Acordo, arranjo-me, venho trabalhar, vou para casa, janto, durmo. E de vez em quando vem um trovão que me altera a rotina. De vez em quando vem um dia de sol que vira de pernas para o ar a roda viva. Eu acho que me conheço, mas surpreendo-me quase sempre com reacções inesperadas, sentimentos novos, emoções soberbas.
Amo-te vida. Mas às vezes és mazinha...

3 comentários:

  1. Olá !!!!! Minha querida..... Um Grande abraço cheio de força e garra!!!! Tu és forte!

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  2. Muito bom! Gostei...
    São esses trovões que dão gosto à vida!

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