quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Se Portugal está numa de se assumir, então aqui vou eu

Para os dias de hoje eu sou estereotipada na prateleira dos incultos... aliás, sou praticamente analfabeta! Porque não devoro jornais, nem fóruns económicos, nem teatros ou exposições...
Porque se me arrepiam os pelitos dos braços só de pensar em enfiar-me numa galeria qualquer, a regalar a vista com arte modernóesquizofrenica, atrás de uma guia carregada de frustrações sexuais com 3 japonocas, 4 friques, e 3 senhores de meia idade... quando lá fora transborda ar puro, esplanadas carregadas de cerveja, pessoas a viver... Epá não há nada a fazer... Não curto dessas cenas de cultura! Pronto, assumi-me. Saí do armário feita doidona.
Hoje em dia tenho tão pouco tempo para mim, que, a fazer uma das coisas que mais gosto na vida, que é precisamente ler, não me vou por a ler as baboseiras pessimistas que para aí se escrevem, com brutos romances na mesa de cabeceira, carentes da minha atenção! Nem tão pouco me vou enfiar no CCB para exposições de fotografias de mulheres altamente sinistras do nosso mui nobre berardo (morzinho, não me arrastas para outra destas, tji garanto!), quando posso sentar o rabiosque na areia num guicho qualquer, só a ver o mar... E mais! A partir de hoje vou ser odiada na blogosfera, mas estou numa de me assumir... estão preparados? Então aqui vai..........
ODEIO ir ao cinema! detesto, iac! enfiar-me numa sala escura cheiadopovão a mascar pipocas, e eu, absolutamente "àrasca" para fumar, desesperada por um intervalo que às vezes não vem! Quando posso botar do pijamão de flanela, esticar o pernil no sofá, abracadinha a um maço de tabaco e ao meu mais que tudo... com direito a paragens para ir a casa de banho, encher a chavena de chá ou atender o telemovel...
E pronto... Era isto. A mim basta-me passar os olhos nas manchetes online, e ouvir o telejornal enquanto engomo feita sopeira. Mais que isto, não obrigada! Que aqui o je nasceu para ver o céu, rir, conversar, e beber cervejas ao por de sol!
Tenho dito.

1 comentário:

  1. A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
    Querer mais é perder isto, e ser infeliz.
    Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXXII"
    Heterónimo de Fernando Pessoa

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