segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Adeus vida de prenha!!

E cá estou eu, a bela da tata, sentadinha mais uma vez no seu sofá, na última noite que me espera barriguda... A partir de amanhã, adeus improvisos de fins de semana, adeus café na cama com cigarros, adeus carro com pelos de cão e lancheiras e lixo... A partir de amanhã digo adeus a uma vida sem filhos (bem, na verdade, desde que engravidei que muita dessa vida, abraçada a imperiais no miradouro da Graça até mais não, foi ao ar), e de mão dada ao meu Adonis lá vou eu de madrugada, para o hospital, para aquele que será certamente o dia mais longo da minha vida.
Digo adeus a muita coisa... Mas digo também olá.
Olá a um amor incondiconal que há 9 meses cresce dentro de mim. Olá a uma nova aprendizagem, cheia de sobresaltos, alegrias e medos. Digo olá aquilo que certamente será a melhor experiência desta vida (se não mesmo uma das razões primárias de estarmos vivos)... A experiência de ser mãe... Ao lado do melhor marido, amante, amigo, companheiro e companhia deste mundo... e que apartir de amanhã, será também o melhor pai.... No doubpt about it!!
Wish me luck!!!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Estou neste momento sentadinha no meu sofá, na minha casa... No lar que projectamos, eu e o meu Adonis, desde Agosto... O canto que decidimos, contra todos os "conselhos" de família, construir para ver crescer o Salpiquinho... E claro, como bons apaixonados que somos, como amantes da natureza e do ar livre, esta decisão também teve em conta a nossa vontade de sermos felizes!
O meu coração está agora indeciso, entre o excitamento de estrear cada cantinho da nossa casa, e a ansiedade que precede o provavelmente dia mais importante da minha vida... que é já na Terça-Feira. Já a minha sábia avozinha diz: Deus escreve direito por linhas tortas, e a mudança de casa nesta altura, parece um bocejo quentinho da vida para nos dar ânimo, coragem e alegria.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A menos de uma semana de parir...

- saudade de tornozelos em vez de troncos
- saudade de andar de forma feminina (sem a mão nos rins, e com a pernoca máfechadita)
- saudade de comer sushi com uma garrafa de vinho branco so para mim
- saudade de fumar um maço de tabaco de enfiada
- saudade de vestir o 34 (É ISSO MESMO TRINTAEQUATRO)

e ainda assim... cheia de medo do que terás de enfrentar cá fora meu pequenote... saltito entre o desejo louco de te ver, e a vontade maternal de te proteger cá dentro de mim....

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Temos pena mas é a viding

Tentem perceber malta, a minha vida, para quem a espreita de fora, está um verdadeiro aborrecimento (enfase no érre). É verdade, podioa estar a aculturar-me, a ler kant e platão, ou porque não o DN... Podia ver as notícias a tempo e horas, e escrever sobre o estado das coisas... Mas não me apetece peva. Passo o tempo a pensar no tempo que passa (ou não passa, isso depende de como acordo de manhã, depois de noites atribuladas entre arranjar posição e idas esquizofrenicamente frequentes à casa de banho). Podia voltar a comunicar com velhas amigas, ou mesmo as novas, a contar as coisas da vida, ou a relembrar o passado.
Mas não. Não me apetece. Prefiro aconchegar esta nova versão de cara bolacha maria à almofada e nada fazer, nada pensar. Prefiro navegar ao acaso no Facebook, nos blogs que aí andam. Prefiro atrofiar. Talvez porque tenha pena de mim. Talvez porque sou, naturalmente inculta e mentalmente perguiçosa. Talvez porque deteste esperar e nunca na vida dei por mim a esperar taaanta coisa.
Perdão a quem me liga e não atendo. Perdão a quem me lê e inevitavelmente solta um bocejo. Perdão a quem se preocupa comigo e eu não falo. Mas estou em banho maria. A ganhar bactérias e imunidades para o que lá vem.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É claro que tenho medo... É claro que me passam na alma todos os sentimentos, desde os mais puros aos mais assustadores... É claro que na vida nem tudo é só rir... E a espera apimenta a ansiedade... Mas depois, estou deitada, olho pela janela, e ele mexe... Mexe e mostra-me a vontade que tem de viver, de se mostrar ao mundo, de me ver... E eu penso: que minúsculo é afinal este sacrifício que eu, que quis ser mãe, tenho de fazer? Ao pé do que tu, meu pequenino, vais ter ainda de enfrentar?
Custa-me a espera, custa-me a falta de confiança que às vezes me assombra de noite... custa-me a dúvida e o medo. Mas o meu amor por ti supera tudo. Acho que já te conheço... e cheira-me que és danadinho de beijar, tal e qual o teu pai...

As aventuras de uma prenha em casa da avó (parte III)

Faço corridas com o meu avô de 91 anos até à casa de banho... e ele ganha-me....