quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sono. E caos.

Às vezes é um abismo estranho esta minha cabeça. Micro segundos que passam e a sensação de efemeridade dá cabo de mim. No fundo eu sou uma preguiçosa. Todos me gozam porque digo que mal posso esperar por chegar a velha. Ui c’a maravilha, vida: check. Cansa-me esta correria. E às vezes nem sei porque corro, mas corro e corro e corro. Credo, que canseira. A minha vida espremida ao detalhe é um caos assustador e maravilhoso. Tenho brinquedos no fundo dos lençóis, banana e bolacha maria coladas no chão, cheirinho a bebé nas toalhas de banho. Tenho uma gripe e não tenho tempo de a curar. E um trabalho que, bom é melhor não falar nisso. Acho que pari os meus neurónios com o meus filhos e agora toda eu sou amor e medo e cansaço. Uma cena completamente irracional e ilógica.
Morro de saudades do meu avô. Oh Santito já manda no banco? Oh avô... Então não mando? Rezo por si todos os dias. E eu por si avô...
E volta aquela sensação esquisita de pressa e medo que o tempo passe. Olho para o Manuel e quero que ele cresça e durma e coma sozinho. Olho para o salpico e tenho saudades dos caracóis de bebé.
Tenho tantas saudades do meu avô. Ria-se muito baixinho e chorava sempre, e limpava as lágrima de riso com as costas das mãos. Acreditava tanto em mim, que quando penso nisso fico com vontade de largar tudo, e escrever romances no meu jardim a fumar charros e beber vinho branco. Estou a brincar. Mais ou menos.

Caos. Mãe, está a ler-me? Precisava taaanto que dormisse hoje com o Abdul. Tenho quilos de sonhos para pôr em dia.

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