terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Sempre que abro o blogger e venho para aqui desbobinar palavras fico com a sensação que me repito. Over and over again...
Não sei bem o que é, venho no comboio, por norma ouço musicas nostálgicas, à minha volta caras estranhas, que vida terá cada uma destas pessoas?, e lá fora a expectativa de um novo dia que rebenta. Mas que será, inevitavelmente, pouco diferente do de ontem ou anteontem... E então abro o blogger porque parece que tenho assim carradas de cenas cá dentro, e quando as começo a organizar pimbas. Cá venho eu novamente, necessariamente, obrigatoriamente, constatar que este mundo é pequeno e grande demais. Foda-se não sei porque decidi ser mãe, juro-vos que às vezes não sei. Quanto aos vossos enfim, cada um sabe de si, mas aos meus, oh céus, a sério, este mundo não lhes cabe. 
Falávamos no outro dia entre amigas desta coisa estranha e brutal que se sente quando de um útero nos é disparado um filho. O constante sofrimento. E perguntaram-me, porque sofro eu, tenho medo que duas criaturas pequenas, sorridentes e sempre cagadas de areia e de terra sejam infelizes? Bom, infelizes ainda não, não têm idade para isso. Mas, por exemplo, já tive vontade de espancar um cabrão de um pai natal que não perguntou ao meu filho mais velho o que ele queria para o natal, depois de perguntar a todos os amiguinhos da escola (barbudo filho da puta). Ou de pregar uma rasteira a um estuporzinho de olhos tortos que não emprestou o carrinho precisamente ao meu jóia mais velho. Nada de significativo portanto, mas que vontade de agarrar no mundo e moldá-lo tipo plasticina em castelos de gomas, princesas com poderes, coelhinos de peluche fofinhos para o meu pequeno esfregar no nariz sempre que lhe apetece. Isso e espancar um cabrão de um pai natal.

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