terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Eu por norma sou refilona. Acho que é fácil perceber isso. Ás vezes zango-me comigo mesma, não é muito justo que com a minha sorte eu me ponha a refilar porque o miúdo não dorme, o despertador não tocou, ou o raio que o valha. Mas refilo imenso. Tudo é dramático em mim.
Outras vezes acho que é essa minha característica que me salva de mim mesma, do caos que às vezes tenho instalado na alma. Atiro cá para fora em palavrões e pronto, estou limpa.
Os meus filhos estão a crescer a uma velocidade estonteante. De hoje a uma semana o meu caracóis de sol faz 5 anos, e temos tido ultimamente novos desafios nesta corrida alucinante que é a de educar (enquanto amamos, trabalhamos, corremos contra o tempo).
O meu pequenino gigante diz pópó, e se lhe perguntam como faz a mãe ele imita o som de uma vaca. Um ano e meio e já me chama de vaca, mas é amoroso, dá vontade de lhe dar beijos na boca a toda a hora. 
Depois há as notícias, essas filhas da puta que nos dão socos no estômago logo pela manhã. E eu já não me queixo. Só anseio de forma animalesca que tudo fique assim, nada mude: um gordão que me chama de vaca com grunhos alegres,  um caracóis de sol que me beija na boca mesmo quando está de castigo. Fiquem assim, felizes para sempre está bem?


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