quinta-feira, 4 de março de 2010

6.30 da manhã, despertador acorda rabujas, num chinfrinim desgraçado, fodido da vida com a escuridão que ainda inunda o quarto. De olhos ainda fechados, meto apenas um dedo fora do edredon e carrego numa tecla qualquer para ter a certeza que ele volta a guinchar comigo passados 15m. Os olhos não abrem mas a cabeça dispara a mil... porque preciso desta mais meia hora todas as manhãs em que já estou acordada mas ainda não abri os olhos. Preciso de deixar a minha mente vaguear entre sonho e realidade, deixa-la atordoada, confusa, a despertar devagarinho e ao seu ritmo. Porque de manhã, eu, que sou um anjo de pessoa, acordo sempre com instintos assassinos, com sede de sangue alheio. E como sou absolutamente desvairada pelo meu Deus grego, e para bem dele, faço isto todas as manhãs, apesar dele detestar ter de acordar antes de ser obrigatório levantar. Mas eu preciso. Pronto. Tem de ser. O conforto de saber que já acordei mas não preciso de me levantar. Sorrio sempre, com o focinho debaixo da almofada. CABOM.

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