quinta-feira, 25 de março de 2010

Pequenos monstros

O pequeno Leandro foi encontrado hoje, passado um mês de se ter atirado (ou de ter sido atirado) a um rio de forma a por fim às agressões de que era alvo na escola.
O pequeno Leandro, de apenas 12 anos, desistiu da vida, ou foi obrigado a desistir, depois de ter sido alvo de brincadeiras maliciosas dos seus colegas.
Há umas semanas li também uma notícia, de um professor de música que se atirou da ponte 25 de Abril, deixando um bilhete em que culpava o 9º B da sua decisão desesperada de pôr fim a um seguimento de tortura psicologica de que era alvo na escola onde leccionava.

(pausa de 4 minutos. inspira. expira.)

É impressão minha ou estamos a criar pequenos monstros?
Onde está aquela imagem lírica, de inocência e pureza ligada às crianças? Dexai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus, já JC bradava no Novo Testamento! E de repente, começamos à olhar em volta e saiem-nos notícias destas nos jornais portugueses em menos de 2 meses...

Num mundo onde corremos em vez de vivermos, onde berramos em vez de conversarmos, onde vemos tv em vez de jantarmos em família, onde carregamos as crianças com todos os possíveis brinquedos em vez de os educarmos, as coisas vão-se desenrolando sem que ninguém se dê conta das consequências de tanta correria, tanto atropelamento de tempo...

Ainda não sou mãe. Hei-de ser. E prometo boas lambadas nas fraldas. Monstros crescidos não há muito a fazer. Pequenos monstros não se admite.

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