quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Amar é assim uma cena complicada. Amar implica entrega, amar é deixar crescer cá dentro um jardim, assim com rosas, salsa, vinha virgem e amores perfeitos. Eu não consigo explicar bem o que é isto de amar. Perguntem a um puto de 5 anos que certezamente vos dará a descrição perfeita do que é o amor em apenas 4 palavras, Depois na nossa vida dividimos o amor por tipos, assim categorizado como os vinhos por castas. Amamos os nossos pais. Um amor que evolui com o tempo, que passa de devoção cega e animal, a desilusão porque são humanos, e volta a crescer desta vez cheio de dares e receberes. Amamos os nossos irmãos. Sempre. Cada um à sua maneira, mas amamos, por mais que berremos, discordemos, discutamos. Amamos os nossos amigos, mas amar amar mesmo, por norma só amamos dois ou três. Amamos a nossa metade.  Amamos assim já com o corpo, com calor e entrega, amamos em cada segundo que nos redescobrimos, redefinimos. Amamos os filhos. Ai esses amamos de uma forma tresloucada e desvairada, amamos tanto que dói, é estranho este amor. Com alguma sorte amamo-nos a nós proprios. Nem sempre mas às vezes.
Quando se ama assim, amar mesmo, com o corpo e com a alma, inevitavelmente temos alturas em que sofremos. Porque nos desiludem. Porque os desiludimos. Porque eles sofrem. Porque sim. Quando amamos assim, no sangue, nas tripas, no coração, sempre e sem se não, amamos e sofremos os dois juntos e de cada vez...

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