sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Estou aqui....

Não pessoal, não morri.
Mas sou uma pessoa que tem um problema crónico e grave, provindo certamente de algum trauma profundo que habita escondido no meu subconsciente - zero (Z-E-R-O) tolerância à dor, e pânico (é mesmo pânico) de médicos. Já vos tinha dito isto mas reforço. Toda eu me transformo em suores frios, tremores e vómitos, isto nos momentos antes de entrar num consultório. Fico descontrolada, a voz treme, as mãos ficam húmidas e geladas e os pés dormentes. E como vos tinha reportado iniciei uma caça às doenças, porque depois de ser mãe, e por incrível que pareça, o medo dos médicos foi suplantado pelo medo de não ver o meu rabanadas infernal a crescer.
Isto para vos enquadrar o que lá vem.
Sempre me gabei dos meus dentes bonitos e saudáveis, que nunca me causaram problemas ou dores. Sempre exibi aos 7 ventos o espetacular que a minha boca é, que a última vez que pus as minhas reais patinhas num dentista foi aos 8 anos, e a memória que tenho é de gritos, lágrimas e estalos da minha mãe para estar sossegada (por isso feitas as contas, faz 20 anos que não ia a um dentista, e juro-vos que até o Rabanadas nascer num tive uma dorzinha se quer). Mas depois o meu puto nasceu. E os problemas começaram a dar de si. E eu enchi este corpinho de coragem e lá fui ao dentista.
Levei a desanda da vida. Com razão, vá, lá dou a mão à palmatória. E dei início a um verdadeiro filme de terror...
Por isso, nos próximos dias vou andar nesta maluqueira, que é ter vómitos de nervos nos dois dias que precedem a consulta, e dor, muita dor, TANTA dor, nos dias que tenho de sentar o traseiro naquela sala de tortura chinesa. Mas vou ser forte e munir-me de pensamentos bonitos (e drogas para enfrentar o momento).
Ah, e não me venham com a tanga que não dói. A mim dói. Tudo. Até a cara do dentista me faz doer a alma...
Aicaporra....

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