segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ferver é bom

Eu sou uma mulher fervida... Quem me conhece sabe do que falo. A minha capacidade de odiar é quase tão grande como a de amar (quase mesmo quase)!
Não consigo é mais forte que eu. A indiferença não faz parte do meu dicionário sentimental. Ou amo ou odeio. Ponto final. Parágrafo.
Há quem diga que quem sofre com isto sou eu, mas verdade seja dita... Sinto-me sempre viva, tão viva por ser assim. O meu coração coitadito às vezes queixa-se porque raramente consegue ter um momento de paz. Está sempre desvairado, quase a saltar-me do peito, ora por bons motivos, ora por maus.
Ora não que eu odeie tanta gente como a que amo, nada disso. Mas há umas pessoazinhas, assim algumas, que alimentam quase de forma obesa o meu lado lunar. E às vezes, consoante a dose de McDonald's que essas pessoas atiram à desgarrada ao meu lado lunar, fico a modos que obsessiva. Tão obsessiva que, para além de lhes inventar formas das mais macabras de tortura sempre que as vejo, começo a sonhar com elas (e é aqui que entra a parte do "se calhar é melhor psiquiatra").
No auge da minha obsessão odiosa, eu começo então a disparar queixas e insultos à mãe ao pai, ao marido aos manos... "Porque a gaja fez-me isto, acreditas? Porque cheira mal! Porque está absolutamente desformatada, ó práquele buço, se é possível?!"...
Sou assim não há nada a fazer.
Disse-me a minha mãe depois de um verdadeiro bombardeamento à ala de Talibã
"Querida, faça como Jesus, ame-a como a si mesma!..."
O caraças!!! Por algum motivo aquela espécie rara está na história e é mais conhecido que o Elvis! Digam-me meus queridos leitores, existe alguém neste mundo que consiga fazer essa anormalidade de amar o próximo (não os que gostamos, os que odiamos!) como a nós próprios???
Eu cá não, gosto muito de ser humana. E fervida. E instável. E pecadora... Atire a primeira pedra quem não concorda comigo (tá quieto oh Ghandi, ninguém tá a falar contigo!).

Sem comentários:

Enviar um comentário