quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mapas da Vida, corta mato para a felicidade

Ás vezes, assim só às vezes, eu gostava de ter um livro de instruções. O meu próprio livro de instruções. Páginas e páginas de funções matemáticas que me explicassem por A mais B porque reajo de certa maneira em certas situações...
Ataque de neurohisteria nervosa quando vejo o meu mais que tudo olhar para um mulherão 15 vezes mais deslumbrante que eu: Antes de ponderar o salto em queda livre da janela mais próxima para lhe desviar as atenções, abriria o livro, página 312, versíclulo 1458: Situação A: olhos tortos com direito a mega oculos cor de rosa aos 6 anos + cabelo ralinho e canino canino até aos 8 anos = a comentários infelizes do tipo "ah és uma rapariguinha, que fofinha", numa criança altamente pindérica que rezumia os seus sonhos ao cabelo da pequena sereia + sapatos de laçarote da Branca de Neve = probabilidade de gerar alguma insegurança em situações que possa, de alguma forma, ver o cabelo da pequena sereia em alguém que não ela. Pimbas! Estava tudo explicado. Era escusado aproximar-me de olhar alucinado da janela feita louca por causa de um olhar não maior que microsegundos do meu mais que tudo a uma boazuda qualquer...
Gostava muito, mas às vezes, só às vezes, de perceber porque dispara o meu coração, em saltos tristes, assombrados, sofucados, em algumas situações, e noutras fioca impavido e sereno, bocejando no seu bater ritmado... Às vezes, mas só às vezes mesmo, gostava de saber porque parece que consigo perdoar inteiramente um sadam hussein, mas o facto da minha irmã me ter roubado uns brincos me deixa piursa e incapaz de perdoar...
Mas isto é só às vezes!
Porque no geral, e mesmo sendo eu uma mulher que gosta de rotinas, eu adoro as surpresas que a minha personalidade me prega, as rasteiras absurdas do meu coração, as vagas absolutamente inesperadas de alegria que me afogam a alma simplesmente porque sim.
Se há coisa boa nesta vida é precisamente não haver um mapa para a felicidade, uma função matemática para a coisa... se assim fossemos seriamos robots, e os robots não têm lágrimas...

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