sexta-feira, 5 de novembro de 2010

É engraçado ver como efectivamente (é escusado, recuso-me a escrever segundo as regras do novo acordo ortográfico), o triste é melhor recebido do que o feliz. Quando digo recebido, quero dizer admirado. Compreendido. Aceite. Partilhado. Aliás, principalmente partilhado.
Já falei disto várias vezes, mas reparo mesmo em mim própria como a tristeza é muito mais nobre de partilhar e sentir do que a alegria. A alegria irrita. Soa a falso. Parece que é sempre fingida.
A tristeza não. Ah a tristeza aguça-nos a inspiração, apura-nos a inteligência e a nobreza de sentimentos. O culto do triste é intelectualmente tão mais interessante do que o da felicidade.
Isto tudo para dizer que não sei o que escrever. Aliás. Sei. Estou mais feliz que nunca. Tenho uma semente de esperança de 5 meses e pouco a crescer dentro de mim (isto não descrevendo as azias, só o bonito mesmo, o maternal). Comprei a casa dos meus sonhos e as obras começam em breve. Estou a cada segundo que passa mais apaixonada. E isto, convenhamos, é tão nojentinho de se exibir... :)

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